Encrencada.

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— Namjoon,vai devagar. - pedi apreensiva.

Ele me ignorou. Suas mãos grandes apertavam o volante com tanta força que os nós de seus dedos estavam pálidos.

— Vai acabar nos enfiando em algum poste!

— Por favor, Alana... - começou entredentes — Não fala comigo,estou tentando ao máximo manter minha paciência.

— Ah,jura? Pensei que já tivesse passado dos limites lá na festa. - rebati irônica.

— Sabe que a culpa é toda sua. - ele mantinha o olhar furioso na estrada escura.

— Tá mesmo jogando a culpa em mim por conta da sua possessividade excessiva? Me poupe! Eu só estava tentando me divertir com nossos amigos e você, senhor Kim Namjoon viu coisa onde não tem.

— Ele estava tentando passar a mão em você.

Bufei alto.

— Primeiro; Éric é meu primo,ele me respeita muito. Segundo ; só estávamos tentando dançar antes de sua fúria desnecessária surgir. Terceiro; não sou propriedade sua, então não me trate como tal.

— Chama aquilo de respeito? - levantou a voz — As mãos dele estavam bem abaixo da sua cintura. Todos ali viram que aquilo estava longe de ser uma dança normal!

Encarei seu perfil incrédula.

— Todos quem, Namjoon? Porque pelo que me recordo os convidados ficaram bem chocados quando você partiu pra cima do Éric. Como disseram mesmo...? Ah! A troco de nada!

— Você é tão ingênua Alana ou finge muito bem.

Esse homem estava prestes a me tirar do sério. Queria dar uns bons tapas nele de tanta raiva que sentia no momento. Onde já se viu agredir uma pessoa no meio de uma festa só porque não consegue controlar o ciúme doentio? O amava demais,Joon era perfeito pra mim mas,odiava quando seus defeitos causavam discussão e cólera entre nós.

Ignorei sua última fala,apenas cruzei os braços me encolhendo no banco de couro de seu carro importado. Não via a hora de chegar em casa e tomar um banho. Namjoon vai dormir na casinha de cachorro essa noite,Ah se vai!

Ele ainda dirigia feito louco quando decidi fechar os olhos e contar carneirinhos.

Um bom tempo depois sinto o carro parar,o ouvi descer e logo minha porta foi aberta,premeditei sua próxima ação. Abri os olhos rapidamente o fitando de cara fechada. Ele tinha os braços esticados para me pegar no colo.

— Não precisa. - murmurei saindo do carro sem sua ajuda,passei por ele entrando para sala de estar acendendo a luz. Lar doce lar. Indo diretamente para meu quarto arranquei o salto alto demais os deixando num canto qualquer. No closet separei um pijama de flanela e fui para o chuveiro. Antes de fechar a porta o vi entrar no quarto.

Encarei meu reflexo no espelho. Era essa a escolha certa? Viver ao lado de alguém que mal sabe o próprio limite? Não foi assim quando nos conhecemos,depois de um longo tempo de namoro aceitei viver com ele e então comecei a perceber que Nam era bem mais possessivo que deixou transparecer no início e essa é a terceira vez que arranja encrenca por achar que alguém está passando dos limites comigo.

Isso tem que parar.

— Baby? - deu duas batidas leves na porta trancada.

— Que é,Namjoon?

— A gente precisa conversar. - sua voz saiu abafada.

— Tô no banho agora,usa esse tempo pra pensar no que você fez mais cedo.

No Controle | knjOnde histórias criam vida. Descubra agora