O Dementador

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- Bom senhores, anotem as explicações da página 364 sobre bichos papões e estão dispensados.

Avisou Abraham vendo Scorpius sair da sala. Ver seu bicho papão foi o suficiente para entender a atitude do garoto, então chamou a atenção de Albus

- Ache Scorpius e avise a ele que venha em minha sala depois do almoço. - Albus assentiu, saindo da sala após recolher os materiais dos dois e correu pelos corredores a sua procura de Malfoy.

Scorpius entrou no salão comunal da Sonserina onde Polly Chapman estava sentada em uma das poltronas e nem percebeu a morena lhe dar "oi". Apenas passou reto para subir até o dormitório masculino. Logo entrou Albus que encarou a menina, se aproximando.

- Você viu o Malfoy?

- Sim, subiu todo estranho para o dormitório. Oque ele tem?

- Nada, só está indisposto.

Avisou e fez o mesmo caminho que o amigo entrando dentro do dormitório, tentando acha-lo por entre as camas, mas só achou suas roupas jogadas no chão.

Ouviu o som do chuveiro ligado e andou a passos calmos até a porta que estava entre aberta. Olhou para dentro e viu Scorpius nu tomando banho, virou para ver se alguém não estava o observando e ficou por alguns instantes vendo o corpo do palido do loirinho todo molhado, nunca tinha parado para perceber como o corpo de Scorpius era atraente. Uma leve movimentação se fez em sua calça e ao sentir aquilo caiu para trás, fazendo a porta se fechar.

- Quem tá ai? - Pediu Scorpius ao sentir a presença de alguém.

- Droga, droga, droga... - Sussurrou Albus correndo para fora do dormitório. Então tentando fazer-se acreditar que agora estava chegando, entrou batendo os pés no chão.
- Scorpius? Você tá ai? - Pediu com receio.

- Tô tomando banho... - Malfoy ouviu os passos e já imaginava quem podia ser, respirou fundo e pediu coragem para ter que enfrentar as perguntas do amigo. Saiu para fora vestindo sua roupa intima e a calça do uniforme, vendo que Albus estava sentado na ponta de sua cama com as mãos juntas o esperando.

- Olha... Desculpa eu sair correndo... Mas é que eu jamais esperava por aquele bicho papão... - Tentou se justificar terminando de voltar a se vestir, percebendo que o moreno ainda estava de cabeça baixa.

- Desculpa... eu tenho sido o pior amigo de todos. - Falou baixo voltando a encarar Albus, então se aproximou e lhe deu um forte abraço.

- Ah, tudo bem.... Eu te perdoo, mas não vá fazer mais entendeu? - Brincou ele tentando não demonstrar que havia ficado arrepiado com o abraço.

- E sobre o seu bicho papão...

- Não, deixa pra lá Scorpius, por favor. Já vai bastar os outros colegas pegando no meu. Você também não.

- Tá, tudo bem...

- Eu tenho que te falar que o professor pediu para você ir até a sala dele depois da aula.

Os dois riram e então após o clima ficar mais ameno entre os dois, voltaram para o horário do almoço.

Scorpius depois daquele episódio ficou mais presente ao lado de Albus, vendo que realmente era importante para ele. Os dois sentaram-se juntos como de costume na mesa da Sonserina e depois do término Albus avisou ao loiro:

- Vai lá falar com o professor Abraham, nos vemos na aula depois.

- Ok, até mais tarde.

Scorpius seguiu pelo corredor até o terceiro andar, lá esperava encontrar professor Abraham. O velho homem barbado usava trajes em tom pastel estranhamente chamativos, suas mangas da camisa haviam grandes babados como trajes antigos de festa. Ele entrou em sua sala que parecia estar vazia e em um canto escuro algo lhe chamou a atenção. Uma parede feita de tijolos antigos cheia de limo e cascas podres, por entre eles uma fina camada de água escorria. Haviam quatro pequenos buracos feitos e algo parecia se mexer dentro de três. Ele se aproximou mais um pouco e viu retalhos de tecido negro.

Scorbus - Say Something - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora