Tenho algo a dizer

BEM VINDA A REALIDADE

Ultimamente ando sentindo que o mundo está estranho. Pode ser isso ou poder ser só a minha falta de conhecimento sobre o amor. Sei lá, é que as coisas estão tão apertadas, sufocantes, pressionadas, indutivas que, duvido muito que alguém consiga diferenciar o verdadeiro amor.

Confesso que a vida não é como eu esperava e nem como eu via nos filmes de romance. O que é uma pena, porque toda criança cresce idealizando um futuro, sonhando com uma história de amor e, quando chega na fase de amar tem sua primeira decepção, descobrindo que tudo não passa de um conto de fadas. E tudo isso ao nosso terrível hábito de colocar rótulos em tudo.

Não é assim que funciona, sabe? Ou será que é?

Quando não vivemos uma história de amor, parece que nos contentamos com pouco amor, pouco carinho, pouco respeito, pouca atenção. E querendo ou não isso acaba nos machucando e nos destruindo aos poucos também, fazendo com que nos tornemos pessoas que alguns chamam de frios e vazios.

Isso já virou tão normal que é estranho ver pessoas cheias e quentes hoje em dia. Com isso meio que nos conformamos e apenas tentamos realizar nossos desejos do momento.

Com isso, criamos uma carência tão grande que parece que nossa única saída é ficar com alguém que achamos de boa aparência e quando nos decepcionamos, nos fazemos de vítimas e falamos que a pessoa não prestava.

O problema é que a culpa é nossa, é estranho falar isso, mais a culpa é nossa. Eu e você podiamos ter o conhecido antes, poderíamos ter esperado por alguém "melhor", mas decidimos fazer dele/a só mais um.

Acho que devemos começar a entender que as pessoas não são objetos e que não podemos usá-las e descartá-las logo em seguida. Não podemos deixar que nossa carência faça com que sejamos objetos nas mãos das pessoas e nem que façamos elas serem nossos objetos. Entretanto, parece que nos ocupamos com prazeres de momentos que ocupam perfeitamente o lugar do amor, só que como disse, momentos.

Porém, não precisamos ser assim. Eu particularmente não quero fazer parte de uma geração fria e sem amor. Acredito que um dia vou ter minha história de amor que será melhor que as festas que frequento aos finais de semana, dos porres que tomo, e do "rodo" que passo.

Mais pra que essa história acontece preciso fazer alguns sacrifícios, mas acho que está na hora de arriscar, porque enquanto eu me contentar com o pouco, eu nunca receberei o muito.