Um abservação que quero fazer antes de começarem ler!!!
Joan é um homem confuso e ainda se culpa pela morte da mãe. Lá em A babá vão entender mais ou menos o que estou falando. Ele é aquele tipo de pessoa que é grosseiro porém não quer que as pessoas se afastem, então se arrepende! Ele vai desejar Vitória, e como, assim como ela vai se envolver intensamente também! Em alguns momentos ela pode ter umas atitudes imatuturas mas quem nunca não é mesmo? E ainda mais com dezoito anos. Então de boas :) Então é isso!
Boa leitura!!!
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JOAN
A GAROTA parecia ler minha alma, a voz penetrando nos meus ouvidos foi como um calmante. Confesso que não quis ser rude porém ela me intriga, ainda a olho e não consigo imaginar que aquela menininha medrosa cresceu tanto. Ela entra no carro resmungando, esse talvez seja o problema, as pessoas ficam mal estando perto de mim, desistem fácil demais... E talvez eu não tenha mesmo salvação.
Quando eu sair do apartamento, estava disposto a conversar com alguém, Jasmine talvez. Mas quando a vi tão bem segurando o bebê eu não quis ser filho da puta e preocupa-la com meus problemas. Paro o carro em frente a casa de Emily e observo Vitória.
— Peço desculpas por ter me comportado como um troglodita! — Aperto o volante com força. A necessidade de me desculpar me tomando. Ela me olha espantada, sei que já agir muitas vezes como um idiota. E quando falo muitas, conta de quando eramos crianças.
Ela parece um pouco sem saber o que falar, eu não quero que ela fale nada. Mas ela me olha parecendo ler dentro de mim. É um tanto desconcertante.
— Não me peça desculpas se vai fazer de novo. — Dispara seriamente. — Se essa é sua forma de se expressar faça Joan, mas fique ciente de que comigo responderei a altura, não me importo se você é frágil. Todos parece ter medo de falar o que realmente sente perto de você, mas eu não! Ela pisca os olhos negros e eu só presto atenção na sua boca carnuda pintada de vermelho, me falando o que ninguém jamais ousou me falar. Merda!
— Você não sabe de nada!— Digo-lhe friamente. E dou uma risada sem humor. — Já Chegamos!
Ela sai do carro sem falar mais nada, e assim que entra eu arranco em direção a empresa. As palavras dela fica martelando na minha cabeça. Estaciono na minha vaga e saio do carro. Assim que chego no andar da presidência Ângela já vem ao meu encontro.
— Senhor, tem um homem o esperando em sua sala. Ele falou que...
Não a deixo terminar.
— Você o deixou entrar? Mas que tipo de secretária é você porra? — Indago severamente, ela se assusta e abre a boca pra falar algo porém desiste.
Balanço a cabeça negativamente me pondo a caminhar até lá.
— Não devia tratar seus funcionários desse jeito! — O homem está na minha cadeira, virado pra grande janela só que não dá pra vê-lo. Mas sei bem de quem se trata.
— Eu não sei se fico surpreso, feliz ou com raiva da sua audácia Hunter. — Ele ri e se levanta faço uma careta conforme ele reverencia.
— Seu trono vossa majestade! — Zomba. A verdade é que Hunter e eu somos amigos desde que fui estudar na Inglaterra, sua opção sexual nunca em hipotese nenhuma impediu nada em nossa amizade de anos.
Agora o mesmo administra a empresa da família no Brasil. Dou a volta na mesa e me sento.
— O que te trouxe a Nova Iorque? — Indago curioso — E não diga que foi os malditos negócios.
Ele ri
— Problemas com o Cláudio. — Suspira — Um país grande e ao mesmo tempo pequeno. — Estende o celular — Saiu nas revistas de fofoca que Cláudio Basílio estaria com um novo afair.
Fala irônico.
— E você como um covarde foge dos seus problemas é isso mesmo? — O questiono não acreditando. — Eu fiz isso durante anos meu amigo, e acredite em mim. Não serve pra porcaria nenhuma.
Ele não diz mais nada e fica olhando a janela deperso. O telefone toca.
— Sim — Falo ríspido
— O senhor tem uma reunião em dez minutos senhor, com os chineses. — Fala Ângela temerosa do outro lado da linha.
— Prepare a sala de reuniões.
— Já está tudo pronto senhor! Deseja mais alguma coisa?
— Nada. — Murmuro e desligo.
— Estou por aqui um tempo! A gente combina de tomar um uísque qualquer dia. — Apertamos as mãos e ele sai da sala.
Desligo o chuveiro e enrolo a toalha na cintura. As palavras dela de uma semana atrás ainda ecoando na minha mente. Saio do banheiro e encaro o laptop aberto em cima da cama. Eu ainda não posso acreditar! Fotos em desfiles, de langerie, de costas, com homens... Porque estou tão interessado? Merda, ela é tão jovem, tão cheia de vida, tão... Linda! Fecho rapidamente o laptop e vou observar a noite agitada de Nova Iorque pela janela.
E tudo se repete, como todas as noites.
Seis horas da manhã e já me encontro na empresa, eu não consegui dormir a noite, e pra falar a verdade eu não me recordo a última vez em que eu tive uma noite tranquila e pacífica de sono. Já tinha assinado alguns muitos papéis mal tendo noção da hora quando ouço baterem a porta da sala.
— Entra. — Digo firme. No segundo seguinte Thomas adentra a sala acompanhado de Vitória.
Eu não sei que porra é essa mas me sinto feliz no instante em que a vejo, ela me olha porém rapidamente desvia como não estivesse feliz em está aqui. Ela está vestida com um short curto mostrando as coxas torneadas, uma camiseta branca um tanto transparente deixando evidente o sutiã de renda preto, o cabelo preso no alto e os lábios pintados de vermelho. Thomas senta na cadeira em frente a mesa e tira uns papéis da maleta.
— Como vai Thomas? — Pergunto. Ele estende os papéis pra mim. Pego já sabendo que se trata de documentos sobre a presidência do meu pai.
— Bem e você, se adaptou a presidência? — Seu tom é deliberadamente divertido.
— Estou me acostumando, aqui as coisas são mais complicadas, porém dou conta, não deixo nada escapar das minhas mãos antes de sair do jeito que quero! — Falo as últimas palavras a olhando intensamente. Ela baixa o olhar.
Rapidamente volto atenção a Thomas.
— Muito obrigado Thomas, lerei tudo e assinarei o mais rápido. — Damos as mãos e ele se levanta.
— Até outro dia Joan, tenho que almoçar com a minha filha. — Diz e a Beija na testa.
— Claro. Bom almoço... Pra os dois! — Ele agradeçe e saem da sala em seguida.
Depois de minutos ainda continua olhando a porta fechada a minha frente. Merda!
