Capítulo 6

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O grito de Kat se transformou em uma risada, Rage e Amy estavam de saída quando Thunder voltou e jogou a esposa para cima, antes de pegá-la nos braços novamente.

-Não acho que jogar sua esposa grávida para o ar seja muito seguro - Rage brincou.

-Isso mesmo Hulk, coloque um pouco de juízo na cabeça do seu irmão - Kat concordou - Ele deve achar que sou um brinquedo, vive me jogando...

-Na cama, mas nunca ouvi reclamações sobre isso - Thunder completou.

-Ainda.

A risada de Rage fez Amy sorrir, acabara de conhecer um lado dele que não tinha visto antes. Ele brincou com as crianças e as colocou para dormir durante a tarde, ver o linhagem quente como o inferno cuidando de pequenos seres a fez amolecer. Kat deixara claro durante a conversa, Rage queria uma vida ao lado dela, toda a vida deles, e estava deixando a decisão nas mãos dela. Amy sequer percebeu que haviam chegado à casa dele até ele parar o carro, estava tendo seu espaço, ele não a forçou a conversar em momento algum.

-Você está com fome?

-Não, obri...

Amy parou quando entendeu o que estava acontecia, Rage não lhe deu espaço, ele estava triste. Ela deveria ter lhe dirigido o olhar antes, teria notado como ele parecia exausto e distante.

-Rage, vamos para a cama, tivemos um longo dia.

Ele não respondeu, acompanhou-a em silêncio e deitou ao lado dela.

-Vamos conversar agora? - ela perguntou.

-Não acho que precisamos.

-Você não parece bem e sempre disse que eu poderia lhe falar tudo, é a sua vez de fazer isso.

Ele tomou uma respiração profunda, não tinha certeza de onde Amy pretendia ir com aquilo, pela forma como o tratou depois da conversa com Kat, ela o teria empurrado para o outro lado do mundo se pudesse.

-O que aconteceu hoje? - ele perguntou.

-Não entendi.

-Você me afastou, não como fez quando achou que estava me obrigando a te ter na minha casa, mas completamente. Amy, você sequer me olhou, até Thunder notou que havia algo de muito errado. Acho que já tenho sua resposta bem clara pela forma como o dia correu.

-Eu precisava pensar, não esperava que as coisas corressem dessa forma. Inferno! Nem imaginei que você poderia ser tão intenso.

-Desculpe por ser um linhagem, todos nós somos intensos, está no nosso DNA.

-Nunca se desculpe por ser um linhagem, quantas vezes preciso dizer que você é perfeito do jeito que é?

-Mas não para você, certo? Eu disse que não queria ir longe antes de saber sua resposta, quase podia ver você saindo quando soubesse em que o sexo implicava, e não menti quando disse que estava arriscando mais do que meus sentimentos com você.

-Cale a boca!

Rage foi pego de surpresa quando Amy subiu em cima dele e o beijou. Ela não conseguiu se mover, duas mãos a prendiam no lugar onde estava, impedindo-a de se mexer contra a ereção que se formava. Um gemido deixou sua garganta quando o aperto do linhagem aumentou, ela queria mais daquele contato. Inferno se Amy não queria rasgar aquelas roupas.

-Você é malditamente quente! - ela sussurrou depois de interromper o beijo.

Ele sorriu, aquele sorriso preguiçoso e convencido para o qual ela havia caído.

-Acredito que estávamos no meio de uma conversa antes que você me atacasse - ele falou.

-Ah sim, eu estava prestes a dizer que quero ser sua companheira, mas você não calava a maldita boca.

-Você está falando sério?

-Não brincaria com isso nem em um milhão de anos. Claro que preciso terminar minha última turnê, mas planejei trabalhar com composição, nunca gostei da parte dos holofotes.

-Puta que pariu! Eu realmente amo você!

-Olá, declaração! Também amo você.

O momento intenso entre eles acabou com um leve beijo. Amy ainda estava deitada sobre ele enquanto brincava com os fios que caiam ao redor do rosto de Rage.

-Agora que temos isso como certo, podemos ter a parte do sexo, gemidos e orgasmos, certo? Estou quase me sentindo mal e achando que sou uma péssima pessoa querendo roubar a sua castidade.

A risada de Rage soou contra ela, ecoando no quarto, Amy amava aquele som, ele parecia tão sexy quando relaxava.

-Você não acharia que eu sou casto se pudesse ver as coisas que penso sobre você.

Ele a virou, ficando por cima dela enquanto a beijava preguiçosamente. A voz engasgou na garganta dela quando Rage mordeu levemente a curva do seu pescoço.

-Você gemendo e gritando meu nome.

Os beijos desceram em direção aos seus seios e ela arfou, a mão dele passeava suavemente pela sua coxa enquanto o outro braço apoiava seu peso.

-Sua boca em torno do meu pau.

Amy abriu mais as pernas quando sentiu os dedos dele se aproximarem de sua entrada, suas mãos agarraram os cabelos escuros depois da leve mordida de Rage na sua cintura. O rosnado dele vibrou contra sua pele no mesmo momento em que dois dedos a penetraram.

-Você está fodidamente molhada, Amy.

-Rage... - ela não reconheceu sua voz naquele gemido.

-Hum?

-Você é um maldito provocador, não é?

Amy pôde sentir o sorriso dele contra a parte interna da sua coxa antes que a mordesse um pouco mais forte. Rage estava no limite, seus instintos vindo abaixo da sua pele, próximo demais da superfície e tudo por causa do cheiro da excitação da sua companheira. Amy arqueou quando sentiu a língua e dentes de Rage, ele sabia malditamente bem o que fazer, os dedos que ela havia enganchado em seus cabelos foram apertando e puxando os fios mais forte enquanto ela se aproximava do clímax. Estrelas pareceram piscar em sua mente quando ele atingiu o ponto exato e a jogou em um orgasmo intenso ao mesmo tempo em que o nome dele escorregou em um gemido rouco. Rage acariciou seu ventre, dando alguns segundos para que Amy se recuperasse, ele quase gozou com a intensidade do orgasmo dela e se distraiu com a pequena tatuagem da clave de sol abaixo do seio direito, o suficiente para que ela invertesse a posição e colocasse seu membro completamente de dentro dela.

-Céus! - ele rosnou quando sentiu o interior se apertando ao redor dele.

-Não querido, apenas eu - Amy brincou rebolando para provocá-lo.

-É a mesma fodida coisa agora, pequena.

A frase saiu com um gemido rouco, sua mente havia se tornado um turbilhão enevoado de luxúria enquanto ela o cavalgava. Era uma imagem para levar qualquer um a perdição, Amy alternava entre rápido e lento, mas sempre indo ao fundo, aquilo o fez dançar na borda do autocontrole, e ele soube que tinha alcançado o ponto dela quando um gemido soou mais alto. Rage a jogou de costas na cama e acabou com a suavidade, as presas dele coçavam por marcá-la e ele esperou estar perto o suficiente para mordê-la e fazer com que ela se perdesse com ele no orgasmo mais intenso que Rage já teve. Amy deixou-se ser puxada para cima do torso suado e relaxou.

-Eu estava certa - ela falou sonolenta.

-Sobre o quê?

-O sexo, gemidos e orgasmos. Kat me falou sobre a mordida de reivindicação, tenho que lhe avisar, você vai ter que trabalhar para manter o nível de hoje. Sinto que morri várias vezes seguidas.

Rage riu e a aconchegou mais contra si, antes de adormecerem.

Linhagens - RageOnde histórias criam vida. Descubra agora