A Runa da Noite

~O Começo~

Quando eu tinha 10 anos, meu avô começou a me mostrar as descobertas que ele já havia feito sobre a vida. Ele ficava em sua casa o dia todo, estudando religiões e procurando pistas sobre a morte. O resto da família achava que o que ele fazia era perda de tempo, não acreditavam em coisas assim. Já eu, sempre admirei o esforço que meu avô fazia para entender todos aqueles livros grossos e símbolos estranhos que tinha visto durante todos os anos de experiência.

Eu estava andando na grande cidade de Oniro em busca de algum trabalho, porém, tive que ir até o deserto encontrar-me com o meu avô, que já não via há um tempo.

Ele era um homem sábio e também incrivelmente forte, eu com meus 28 anos ficava invejado da força de vontade do meu avô de 98, ele continuava estudando sobre runas e culturas espirituais.

Eu estava naquele ônibus de expedição para o deserto, com a janela aberta, o vento com fragmentos de areia batia no meu rosto e fazia meus olhos arderem, fechei a janela e esfreguei meus olhos vermelhos e irritados.

Quando cheguei a um pequeno vilarejo que ficava a algumas milhas da casa onde meu avô morava, já estava muito tarde para ir visitá-lo (Precisamente 01h39min da manhã).

Montei a minha pequena barraca que tinha pego comigo ao sair de casa, entrei e fiquei lá.

Enquanto deitado, eu olhava pra cima pensativo, já fazia tempo que tinha visitado meu avô. Eu tinha 28 anos dessa vez, talvez ele até me ensinasse algumas coisas sobre novas religiões, eu me interessava bastante por essa área.

Quando amanheceu, eu logo peguei minha mochila junto com a barraca que tinha desmontado e fui tentar alugar um camelo.

Achei um lugar com vários, como se fosse um curral. Um homem encapuzado com um lençol branco estava apoiado na cerca que beirava os animais.

Cheguei perto e perguntei naquele sol escaldante do deserto, quanto custava para alugar um camelo...

Ele tinha me dito que apenas vendia, no começo fiquei com medo de comprar, pois provavelmente só iria desfrutar dele naquela semana, porém o tive que fazer, não se pode confiar no deserto, nunca.