Prólogo.

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Com quatro anos, perdi meu pai

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Com quatro anos, perdi meu pai. Lembro-me vagamente dos últimos meses antes de sua morte, muita discussão, gritos da minha mãe brigando, querendo dinheiro. Ele chegando todos os dias cada vez mais bêbado. Tudo isso começou após meu pai vender sua parte na transportadora para o seu irmão Pedro Di Salvi, um dos sócios. Até hoje não sei os motivos que o levaram a vender sua parte na empresa. A única coisa que sei é que depois disso ele se entregou à bebida. E foi em uma dessas bebedeiras que acabou sendo atropelado e faleceu. Após a morte do meu pai, minha mãe decidiu alugar nosso apartamento e fomos morar com meus avós maternos, pois, como morávamos em um apartamento de luxo na Zona Sul do Rio de Janeiro, não teríamos dinheiro para pagar o condomínio, então, seu Francisco e dona Tereza receberam sua neta e filha de braços abertos. A casa era simples, no subúrbio do Rio de Janeiro, e no quintal havia mais duas casas, das irmãs da minha avó.

Minha mãe, Laura, não manteve contato com a família do meu pai e eles nunca me procuraram, sei que tenho uma avó, um tio e uma tia. Provavelmente, também alguns primos, porém, se eles nunca me procuraram, não sou eu que vou mexer nesse vespeiro. No meu entender, mesmo que eles tivessem raiva da minha mãe ou do meu pai, eles poderiam ter me contatado, afinal, eu era apenas uma criança. Pelo menos a minha avó poderia ter me procurado.
Tudo que minha mãe conta que ou diz saber, é que meu pai, Carlos Di Salvi, nunca foi ambicioso, ao contrário do meu tio. Dona Laura fala que o Pedro sempre foi um ótimo administrador e meu pai era bom de trabalho e com isso a sociedade fluía muito bem. Um colocava a mão na massa e o outro administrava com mãos de ferro, nem mesmo ela sabe o que ocorreu entre eles.

Hoje estou com vinte e quatro anos, sou formada em educação física, dou aula em várias escolas e tenho como hobby o surf e a dança. Ainda moro com meus avós e o relacionamento com a minha mãe não é dos melhores. É como meu avô fala: "Paola Zabat Di Salvi, a responsável, e Laura, a adolescente".

 É como meu avô fala: "Paola Zabat Di Salvi, a responsável, e Laura, a adolescente"

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Desde pequeno, minha mãe me dita como regra que na vida temos que ter ambição

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Desde pequeno, minha mãe me dita como regra que na vida temos que ter ambição. Este não é meu lema e nem minha regra. Mas, para Julieta Bianchi, é essencial. Ela me teve muito nova e, como muitas jovens, minha mãe foi em busca de seu sonho. A carreira de modelo, porém, não prosperou. Foi enganada e obrigada a trabalhar como empregada doméstica para o italiano que a levou para Roma, usando-a como bem entendia. Quando eu falo usando, é porque minha mãe contou que foi abusada mentalmente, de forma violenta, por aquele carcamano.
Por sorte, numa tarde em que ela estava limpando a prataria do monstro, um jovem a viu, compadeceu-se da sua situação e, tempos depois, ajudou-a a fugir. Deu-lhe dinheiro para se manter por um tempo e arrumou-lhe um emprego de empregada doméstica na casa de Felícia, uma senhora conceituada no ramo da moda em Roma. Nesse período, Julieta se apaixonou por um rapaz e engravidou, Vitorio era seu nome, mas ele, quando soube que ela estava grávida de um filho seu, sumiu. Deixou-a grávida aos 19 anos de idade em um país que mal conhecia. Julieta sempre conta que Felícia adorava crianças e acolheu mãe e filho. Ela fazia tudo para me agradar. Certa ocasião, uma das modelos passou mal em um dos ensaios e o fotógrafo, que possuía um olhar clínico, convidou minha mãe para substituí-la. Foi assim que a Julieta, com seus cabelos negros e olhos azuis, entrou no mundo da moda, pois sua beleza e seu porte esguio fizeram-na se destacar e participar de grandes campanhas publicitárias.
Em um dos eventos em Roma, minha mãe conheceu meu padrasto, eu já estava com 8 anos de idade e viemos morar no Brasil. Eles se casaram e meu padrasto sempre me tratou como filho. Julieta não teve filhos com ele. Pedro Di Salvi tinha problemas e não a engravidou. Meu padrasto era dono de uma transportadora, uma das mais importantes no país. Para a minha alegria e felicidade, ele vivia no Rio de Janeiro, uma cidade com lindas praias e mulheres, é claro.
Por insistência dele, eu acabei cursando administração. Na verdade, eu queria jornalismo, mas não fui capaz de negar seu pedido. Afinal, Pedro sempre me deu de tudo, não me negava nada, dava-me uma vida mais que confortável.

Não sou o tipo de cara que se aproveita da situação, mas considerei que era uma oportunidade irrecusável aquela que meu padrasto me oferecia. Quando eu terminei o ensino médio, fui morar em Londres e cursei a faculdade em uma das melhores do país. Hoje, com 28 anos, 1,83 de altura, olhos azuis, um corpo definido e um bom papo, estou voltando para o Brasil porque meu padrasto nos deixou.

Depois de anos na luta contra problemas renais, Pedro Di Salvi vira história em minha vida. Não consigo mensurar a gratidão por ter sido tratado como seu filho. É aquela velha constatação: pai é quem cria. Eu ainda não sei o que o futuro me espera, mas dentro do carro, com o motorista me levando para a casa, eu avisto o mar e observo outras pessoas fazendo uma das coisas que mais gosto de fazer nesta vida: surfar. Sim, esse amor vem junto com o amor às mulheres.

 Sim, esse amor vem junto com o amor às mulheres

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