Hora de ninar

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É o fim daquela criança chorona?
Que esconde as lágrimas que brotam na fronha

Soluçar? Não chamar atenção? Cobrir o pé do bicho papão?

Dane-se, meu lugar favorito já fora profanado.

De repente o mal iluminado se revela frente a minha face.

Continua a vir em minha mente aquela memória assustadora que sempre se repete
E a criança viva em mim não sabe se chora ou repele.

Ela cria vida e se transforma, em traumas
Gatilhos, ansiedade
E tudo se repete

Pois a vida de "gente grande" é realmente foda, não dá mais pra se esconder.

Os fogos de artifícios não me iluminam mais

Pelúcias não mais confortam, acalmam e distraem a minha alma inquieta da emoção irracional 

Essa criança tinha os dois pés atrás, três ou mais.

A história agora é outra e não mais a de ninar.

Tudo acaba um dia, mas tudo isso tinha que acabar?

Ingenuidade
Meu mundo fantasia ainda persiste e insiste em me cutucar

Um dia... um dia nós chegamos lá.

Sorrisos falhando, lagrimas brotando.

É o fim?
Da criança chorona?

Hora de ninar.

Borbo-LetrasOnde histórias criam vida. Descubra agora