Felicidade líquida, morte lenta, vívida

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As vezes olhar é reconhecer o vazio da própria voz, o grito dói mais que o choro do amor fugaz.

Vício da raiz as pontas
A mão coça, a boca seca e o pensamento não evapora.

Dependente, incessantemente e eternamente no vazio em que ela me deixou perdida

A agitação grita e faz da minha mão leve, rápida e sagaz.
Aliviada, menos tensa
E exitada
Assim continuo extasiada por dias
Nunca o suficiente, sempre quero mais.

A confiança não cabe junto a minha culpa, todo o espaço que deveria está aqui foi consumida, destruída.

Te desejo
E até parece birra
Quanto mais distante mais briga
E quando sacio...
Tudo acaba em neblina, em um único momento, breve, não me sinto uma gritaria

Doce, inibida.

O inverno chega e me congela até os ossos, me dopa e me inebria
Se pudesse de frio morreria, conservada
Morte lenta, vívida

Minha felicidade líquida
Me impulsiona na subida, no mergulho profundo do mar infinito e na caminhada calma na brisa fria.

Sempre impaciente e fora de mim, não, ela não me perdoaria.

Borbo-LetrasOnde histórias criam vida. Descubra agora