•{Capítulo 4}•

690 21 1
                                    

Clara on:

-Eu estava sentindo muitos enjoos e estava atrasada, fui ao posto e..._Levantei à cabeça e encarei meus pais, que me olhavam atentamente.

-E?_Meus pais falram juntos, e eu pude ver aflições em seus olhos.

-Estou grávida!_Na hora meu pai deu um pulo da cadeira e começou andar de um lado para o outro, ele aparentava estar muito nervoso. Minha mãe chorava muito e eu o acompanhava. Escutava apenas os meus soluços e os da minha mãe, quando meu pai resolve quebrar o silêncio.

-Podemos reverter isso, te levo em uma clínica e está tudo resolvido._Quando ele falou isso parei de chorar na hora, levantei a cabeça e olhei dentro de seus olhos.

-A criança não tem culpa do que aconteceu e da forma que aconteceu. EU NÃO VOU ABORTAR, VOCÊ QUERENDO OU NÃO EU VOU TER ESSA CRIANÇA!_Gritei e o mesmo veio em minha direção despejando um tapa em meu rosto, fazendo virar de acordo com o movimento da mão e ardar na hora. Bom eu entendo ele, foi no calor das emoções, mas eu não aceito, sei que é pai e nenhum pai gosta de ser repreendido dessa forma ainda mais gritando, porém um tapa não justifica.

-Ou você tira essa criança, ou você pode sair da minha casa e esquecer que tem pai. Imagina como nossa família vai ficar mal falando, quando descobrirem que minha filha carrega um filho, um fruto de um estrupo._Olhei para ele incrédula, e minha mãe foi logo repreendendo o mesmo.

-Tá louco Luiz, nem ela e nem à criança tem culpa disso tudo. Se ela for, eu vou junto!_Disse firme.

-Não precisa mãe, fica tranquila. Se é isso que ele quer, é isso que eu vou fazer, mas eu não vou abortar!_Falei e logo me retirei antes que eles falassem algo, fui ao meu quarto arrumei todas minhas coisas, pois eu iria embora ainda hoje.

Depois de arrumar tudo mandei mensagem pra Rafa, para ela me acolher pelo menos essa noite, à mesma disse que iria vir me ajudar com às malas...

Escutei o barulho da buzina, à safada estava com o Vn, esses dois se amam mas não se assumem. Desci encontrando em pé proximo à porta, e minha mãe sentada no sofá chorando horrores, me aproximei e abracei à mesma.

-Vai ficar tudo bem, prometo manter contato. Te amo!_Sussurei em seu ouvido.

-Também te amo minha filha, me mantem informada. Quero estar presente em sua jornada de mamãe._Sorri de lado e assenti, beijei sua testa e abracei novamente à mesma apertado. Fui em direção ao meu falei, olhei dentro dos olhos dele e disse...

-Pode ter certeza quê você vai se arrepender muito por isso._Terminei de me despedir da minha mãe e sai com às malas em direção ao carro que logo foi em direção à casa da Rafa.

Chegando lá tomei um banho, deitei e fiquei pesquisando hotéis em São Paulo; era para lá que eu iria fazer o recomeço de minha nova jornada. Comprei minha passagem e reservei um quarto em um hotel; eu iria ficar lá até eu conseguir uma casa, ou um apartamento. Eu tenho uma boa quantia na poupança que da para eu me estabilizar um pouco na minha chegada.

Acordei cedo, já que minha nova vida começava às 9:00am. Me arrumei e a Rafa não estava em casa para eu me despedir, então fui para à rodoviária, não poderia me atrasar. Chegando na rodoviária encontrei minha mãe e a Rafa, me despedi das meninas em meio ao choro e entrei no ônibus.

Quando o ônibus finalizou à viagem, desci, peguei minhas mala e alisei minha pequena barriga. Daqui para frente sera eu e meu bebê, que acima de tudo já-o amo...

Contínua...

■□Fruto de um estrupo□■(PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora