q u a t r o

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Helena narrando

A gente foi andando para o carro dele, não estava longe então chegamos rapidinho.

Entrei no carro e nossa, que carro. 

Helena: qual é o seu nome? Afinal eu não sei o seu nome! O meu é Helena, satisfação! - disse sorridente, o inferno tinha acabado.

WL: O meu nome é Wellingtom mas o meu vulgo é WL, satisfação Helena. - ele disse e sorriu, nossa eu vou me perder nesse sorriso. 

Conversamos o caminho todo porém não havia contado pra ele sobre minha história, apenas conversamos sobre o Alemão.
Nós havíamos chegado, como a comunidade estava linda, eram 00:30 mas dava pra ver como a comunidade melhorou bastante. 

Helena: Olha WL, eu vou aceitar a sua ajuda mas não vai passar de amanhã, não quero ser um peso e vou me mandar logo cedo. - disse, afinal não queria ser um peso pra ele!

WL: Lena, posso te chamar assim? - ele perguntou e eu assenti, ele continuou.. - Relaxa, você não vai ser um incômodo, você não é um peso.. Relaxa! - ele disse e eu sorri. 

Helena: Você não sabe como eu estou sendo grata por você estar me ajudando! - eu disse sorrindo ainda.

WL: Bom chegamos. É essa casa aí! - ele apontou para uma casa linda e enorme!

Saímos do carro e então comprimentamos os vapores que estavam ali, a casa era muito linda.
Tudo muito grande, e nossa a televisão era maior que eu. Por mais que o Meu padrasto tenha me vendido, o Guilherme nunca teve uma casa assim, ele sempre preferiu um apartamento, ele tinha medo de eu fugir.

Helena: sua casa é linda, parabéns! - eu disse ainda admirada com tudo o que via. 
WL: minha irmã que decorou tudo. - ele disse e foi interrompido pelo rádio dele que apitou. 

Xx: chefe, tem um cara aqui gritando que quer uma tal de Lena de qual quer jeito! - ele disse e eu só fiz começar a chorar. 

Eu tinha esquecido que o bosta do Guilherme sabia que eu já morei aqui e que o primeiro lugar que ele iria procurar iria ser aqui! Droga!!!!  Como eu sou burra!
WL: já vou descer, aguarda! - ele disse pelo radinho. 

Helena: WL por favor, não deixa! Não deixa por favor! - eu disse indo em direção aos braços dele e o abraçando.

WL: Helena calma! Me conta tudo desde o começo.  - ele pediu e eu tinha que contar se eu quisesse ser protegida por ele. 

Helena: tudo começou quando a minha mãe morreu e como ela era casada a única pessoa que me sobrou foi o meu padastro ja que eu nunca tive pai .. - eu disse já chorando demais, respirei fundo e continuei.. - ele me criou até os 16 anos, ele nunca foi santo, me batia e tinha vezes que deixava eu passar fome, eu só comia na escola e quando o Matheus me dava comida ou a Daiane vinha escondido me trazer comida, até que um dia aconteceu a pior coisa da minha vida, eu fui vendida pra esse cara que se diz meu marido. Eu cheguei na casa dele sabendo que ia ser empregada, pois bem, eu fui empregada porém ele me violentou... - e foi aí que eu desatei.

WL: NÃO! Não continua, por favor. - ele pediu porém eu precisava falar.

Helena: Me deixa continuar, é a primeira vez que desabafo com alguém. Ele me violentou e me bateu tanto que perdi a consciência nos primeiro dias, a mídia descobriu e então a gente se casou. Não no Civil, ele tinha dinheiro, ele fazia o que ele quisesse, então a gente não se casou no Civil, ele fez um jantar e me apresentou como esposa dele! E a cada dia que passava era uma surra diferente, ele me violentada todo dia. Ele chegava bêbado e drogado, dava pra sentir o cheiro à uns 10 km de distância. Foi no dia que você me socorreu que ele me disse que ia me vender, e então eu fugi! Wellingtom, eu te peço com todas as forças que me restam, não deixa ele me levar! Por favor!!  Eu te suplico, eu me humilho se quiser, não deixa. - eu já não tinha mais lágrimas para chorar e então cai no chão de joelhos, eu não estava sendo humilhada por ele, mas eu estava cansada da situação que eu vivia, eu não queria mais viver desse jeito e ele era a minha única solução! 

WL: desce comigo, eu vou te ajudar! Mas você vai ter que descer comigo e confiar em mim ok? - ele disse e me abraçou. 

Helena: Eu confio em você desde o primeiro momento em que eu te vi! - eu disse me apertando mais naquele abraço.

Eu não me apaixonaria por ele, eu não iria querer ele na minha cama. Não, ao contrário, ele tava sendo o meu ponto de refúgio, eu senti que além da Dai e do MT eu poderia confiar em alguém!

E então eu percebi, seria ali nos braços dele a minha calmaria! 

Meu Recomeço No Morro. CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora