What Every [QUEEN] Wants

Capítulo 01 - What the...?

    Mais do que uma maquiadora, eu sou louca por essa banda. Meu nome é Marie Antoinette, tenho 23 anos e meu pai me apresentou à este som feito no céu. Eles me chamam de Ant porque minha estatura não passa dos 1.51 metros de altura. De fato, sou uma formiguinha. Trabalhar com eles é uma das coisas mais gratificantes e prazerosas da minha vida. Não me entendam mal, é que eles são muito legais e eu realmente tenho vontade de apertar suas bochechas enrugadas todas as vezes que os vejo. Eu imagino como seria se Freddie estivesse aqui.
      Era uma tarde de sábado, o sol estava brilhante e eu estava super entediada, pois eu só iria trabalhar às 20h justamente preparando os garotos para o show. Sim, eu trabalhava em outras coisas, como em filmes e algo do tipo. Eu pratiquei alongamento, pintei as unhas, ouvi minhas músicas favoritas da Queen e isso me fazia cair em profundos pensamentos. Eu deveria fazer outras coisas, minhas idéias estão apodrecendo em minha cabeça. Levantei-me e baguncei meus cabelos com os dedos dirigindo-me até a minha escrivaninha. Peguei um papel e uma caneta, fechei os olhos, imaginei uma batida e comecei à escrever. Era algo meio lento, meio dançante, com estalares de dedos como base. A letra era uma crítica ao fanatismo religioso e à recriminação de tudo como sendo pecado.

- Sr. Taylor iria amar isso -Pensei. -Nah, esquece essa letra. -

    Fiquei por um tempo cantarolando a música e, ao dar uma passada de olhar pelo o relógio, percebi que já eram 18:30. Levantei-me correndo e fui me arrumar para o trabalho. Tomei um banho, lavei o cabelo, fiz todos os preparativos para que o cabelo ficasse encaracolado e fui ne vestir. Como sempre, a farda preta da equipe de maquiagem. Uma camisa e calça social preta com um crachá. Fiz o restante das coisas que tinha que fazer e fui embora para o local de trabalho. Peguei um trânsito muito leve para o trânsito que pego todos os dias, mas naquela hora, parecia o maior trânsito de todos os tempos da face do universo. Eu estava tão preocupada que nem sequer percebi que o sol ainda estava firme e forte. O rádio desligado só me deixava mais aflita... Mas eu não liguei. Por que? Não sei. Na hora do sufoco, você não pensa em nada, meu bem.
       Finalmente cheguei ao local de trabalho e, o que eu fiz? Corri pro camarim de Taylor porque muito provavelmente May estaria lá. Mas, olha que interessante... A maldita porta não abre. Por que a porta ta trancada? Cheguei muito atrasada? O que é que está acontecendo nessa vida louca, Jesus? Será que Maylor is real? Será que o universo está conspirando contra mim hoje? Sim ou claro?
    Olhei o relógio e, olha o que eu descobri? Eram exatamente 18:30... Eu havia chegado exageradamente antecipadamente. Por que? Porque os deuses não vão com a minha cara, só pode.
     Respirando meio ofegante, sentei-me em uma poltrona do lado de fora do camarim. Peguei meu celular e fones-de-ouvido e comecei à ouvir "Lap of the gods", a versão do falsete do Roggie. Fechei os olhos e sorri boba na parte em que Freddie canta com uma voz bem grave: "I live my life for you
Think all my thoughts with you and only you..."

- "Anything you ask I do... for you..." -

    Abri meus olhos rapidamente e olhei para os quatro cantos para ver se havia alguém por perto. Quando menos espero, aparece um homem e este homem me deixa em choque. Você quer motivos @? Então, aqui vão eles. O camarada usa calças jeans apertadas apertadas típicas dos anos 80 e 90, regata branca, cabelo bem penteado e um bigode característico... "Nam, pera, cê ta falando de um old-fashioned francês bonitão?"  Não, queridos. Eu estou falando do Freddie Fucking Mercury... É, eu finalmente fiquei louca. Meus traumas de infância finalmente deram resultado. Eu estou um pouco louca, levemente louca... Ou não, talvez eu esteja completamente louca! Como assim?!

- Desculpe, onde estou? Você sabe onde John, Roger e Brian estão?

- Ah, merda...