500 anos atrás...
Uma mulher de aparência velha e sofrida carregava consigo uma pequenina criança em seus de pele branca feito a neve, além de olhos azulados que nesse momento estavam vermelhos de tanto que chorava, seu rostinho pequeno formava varias caretas em meio ao choro enquanto se esperneava nos braços da velha mulher, porém a senhora de longos cabelos grisalhos apenas continuava o seu caminho a passos rápidos em meio as trilhas da montanha, mas às vezes acabava por olhar para trás com um olhar temoroso e assustado pois o medo de que alguém estivesse a seguindo era maior.
— Calada albina! — Bravejou a senhora com uma certa irritação pois a crianças em momento algum parava de chorar, e isso apenas facilitaria para quem estivesse as seguindo-as pudessem achá-las.
Com uma certa impaciência revirava os olhos e ajeitava a manta que mantinha quente ela e o pequeno bebê albino em seus braços.
— Espero muito que tudo isso me valha a pena, criaturinha. — Falou de maneira meio melancólica, mas em meio a isso havia preocupação, apesar de tudo ela temia pelo futuro do bebê.
A mais velha a cada segundo que se passava temia ainda mais o que poderia acontecer caso não conseguisse chegar a tempo em seu destino, além de que com o passar das horas o risco de pegarem a criança apenas aumentava, ela sentia seus pelos eriçados por conta dos seus sentidos que estava bem alertas, os quatros seres enviados especificamente para atrapalhar os planos da mulher estava quase para alcançá-lá. Ela não podia mais parar, apressava ainda mais seus passos e podia se ouvir os sons de rosnar e risadas ecoar por toda a trilha da montanha, além do som do estalo de um dos chicotes que um dos quatros cães de caça usava como sua arma.
A mulher sabia que acabaria não dando tempo de chegar com a pequena albina até o topo da montanha, mesmo que faltasse bem pouco.
— Que a sua mãe, deusa da lua esteja convosco pequena. — A mulher retirou um amuleto que estava em seu pescoço e entregou a criança.
Ao encontrar uma caverna próxima ao seu caminho, adentrou como uma última alternativa, nela a mulher com suas últimas forças e magia conjurou algumas palavras e então assim que os quatros cães de caça encontraram-na já era tarde de mais para eles, com um pequeno sorriso vitorioso ela os encarava.
— Vocês nunca terão essa criança! — Gritou em plenos pulmões para que ambos escutassem, para eles, ela não tinha mais saída alguma.
— Acabou, traidora. Entrega logo o bebê. — Disse um homem de aparência jovem, mas se fosse saber sua real idade, nunca imaginaria que ele séria tão velho, até mesmo mais velho que a própria mulher com quem tentava intimidar.
— Só por cima do meu cadáver. — E com um brilho intenso que saia do corpo da mulher, foi então que o homem entendeu o que ela iria fazer.
— NÃO! — Não adiantava berrar, a mulher e a criança já não estava mais dentro daquela gruta. — MALDITA MARIAH!
Esbravejou raivoso enquanto os seus demais companheiros apenas se afastava dele, temendo o que ele poderia fazer naquele estado dele de pura fúria, pois mais uma vez ele tinha chegado tão perto do seu trunfo e foi apunhalado pelas costas.
— Senhor Sünder, o que faremos agora? Pois o senhor mesmo sabes o que ela acabou de fazer.... — Comenta uma mulher de aparência bastante atraente, além de seus longos cabelos vermelhos sangue. Naquele momento ela se aproximará com receio do que possivelmente era o líder.
Em um movimento rápido, ele segurava a mulher escarlate pelo pescoço e acabava por levantar ela a centímetros do chão, seus olhos estava bem mais vermelhos que os próprios cabelos dela.
— Todos vocês, chamem todos os malditos vassalos e escravos dos seres da escuridão, eu quero todos atrás dela e de qualquer vestígio que tiver da maldita bruxa e a criança! Entendeu bem? — Apertava um pouco mais o pescoço da mulher, até que simplesmente a jogou no chão.
Ele passava por cima da mulher que tossia ao chão e olhava para os outros com ódio queimando em seu olhar vermelho penetrante.
— Estão esperando o que? Um convite!? — Rapidamente eles saíram correndo, enquanto outra mulher se aproximou apenas para levar sua companheira pra bem longe do seu líder e arrasta-lá para longe de seu líder.
Agora o homem de cabelos tão negros quanto o céu noturno, porte bem atlético mas não tão musculoso, sua pele era morena e podia se notar que carregava bastante tatuagens em seus braços, além de algumas cicatrizes. Seus olhos não estava mais na cor rubi, agora voltou ao seu tom natural ônix. Ele se encontrava agora na entrada daquela caverna na montanha e focava apenas para o horizonte, onde a escuridão da noite era tomada pelo brilho do sol.
— Você tirou tudo de mim, maldita Mariah... então eu irei tirar tudo de você. — Sua voz era carregada de desprezo e rancor, mas bem ao fundo havia uma leve melancolia. — Farei com que veja esmagando e destruindo tudo aquilo que tanto protegeu...
***
Em outra parte daquela terra, a mulher que foi chamada de Mariah segurava firme a criança e abertava ela em seus braços. Ela estava bastante cansada por ter usada tamanha magia para tal ato. Sua aparência velha, dava lugar a uma bela mulher jovem de pele clara e longos cabelos loiros, seus olhos azulados fitava a albina que enfim havia ficado quieta.
— Quase fomos pegas pequeno pedaço da lua... — Ela acaricio suas bochechas rosadinhas e esboçou um pequeno sorriso amarelo.
Levantou do chão com criança e sabia que em breve eles poderiam a encontrá-la, sabia que ele não se cansaria até ter a cabeça de Mariah e a bebê albina em seus braços. Então logo adentrou outra gruta escondida que havia naquela floresta encantada para onde "teletransportou" e foi para a parte mais funda daquele lugar, onde ali havia um ninho ao canto com um belíssimo ovo de alguma criatura mística.
— Quanto nascer, seu trabalho será cuidar e proteger a esse lugar... — Disse a mulher ao tocar o ovo. — Agora...
Olhou para a criança em seu braço que estava em um sono profundo, a passos lentos ela entrou em um pequeno lago quase cristalino, além de parecer que brilhava em tom azulado, tudo ali dentro parecia um paraíso.
— Encantus... — Ao proferir tais palavras, uma camada de gelo começou a cobrir todo o Lago, e congelava tanto a criança, quanto a bruxa. Porém aquilo não as mataria, ela estava se selando. — Ficará tudo bem agora...
Essas foram suas últimas palavras, antes de serem completamente tomada pelo gelo mágico, assim o tempo delas naquele instante parou. Não saberemos o quão longo será o eternos das duas naquele selo...
Não revisado
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A Maldição da "Lua"
FantasyReinos e seres místicos que vivem em um falso véu de harmonia entre às demais raças, véu esse que a qualquer momento pode ser rompido ao ter o mínimo sinal de ameaça entre qualquer criatura ou reino. A mais de mil anos vem sendo arrastado essa falsa...