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E lá estava eu, sentada naquele chão frio, me sentindo fraca e  covarde por não conseguir aceitar a realidade.

Brad prometeu não me soltar e eu queria isso, queria que ele não me soltasse nunca, estavamos nós dois a no mínimo trinta minutos ali, eu precisava de coragem e parecia que hoje não seria meu dia de sorte.

- É melhor eu te levar pra casa, você precisa descansar. .. - ele diz ainda me envolvendo em seus braços..

- Não...- sussurro sentindo minha barriga se contorcer de fome, porcaria .

- Você precisa durmi, já são nove da noite, vamos, o Rodrigo vai ficar aqui com ela.. - ele me levanta e tenta me levar mais eu permaneço parada

- Você pode ir, eu vou esperar, disse que o médico dirá pra ela ainda hoje, certo? - no mesmo instante que eu disse isso o médico adentrou o corredor, assim que nos viu acenou com a cabeça desejando uma boa noite.

- Deseja entrar comigo Senhorita Bryana? - o médico pergunta parando em frente a porta.

Tentei juntar minha coragem para aceitar mais não consegui.

- Não senhor, ela entrará depois... - Brad responde por mim e o médico acena novamente entrando.

Suspiro pesadamente afundando a cabeça no peito de Brad, que logo me aperta fortimente em um gesto de proteção.

Ouvimos os passos de alguém cessarem ao nosso lado.

- O médico ja está na sala.. - Brad disse a pessoa, isso deu a entender que era o Rodrigo.

- Seus pais devem estar preocupados com seu sumisso Brad, é melhor ir embora - Brad se afasta um pouco e nega com a cabeça.

- Eu avisei sobre tudo, não se preocupe  Rodrigo.. - ficamos todos em silêncio, eu parecia uma criancinha, não conseguia parar de chorar e me amaldiçoava por isso.

Depois de mais alguns minutos o médico sai da sala com uma expressão triste, algo normal pra ele e péssimo pra nós.

- Ela quer ver a filha... - disse o médico- por favor tentem não a deixar pior do que já está... - saiu andando e eu me afastei do Brad enxugando as lágrimas.

- Ok, eu vou entrar, pode ir embora Brad.. - digo tentando parecer forte, recebo mais um abraço de Brad e vejo ele negar..

- Eu vou ficar sempre aqui Bry, estarei aqui te esperando, vá - beija minha testa e se afasta. Rodrigo não disse nada e eu já esperava isso.

- obrigada... - sussurro colocando a mão na marçaneta e abrindo a porta lentamente. Após entrar, fecho a porta e me aproximo da cama onde minha mãe está, ela me olha com um sorriso, embora esteja tentando enxugar lágrimas teimosas que insistiam em cair.

- Filha.. sente aqui - ela repousa sua mão ao lado da cama indicando o lugar para eu me sentar, ela estava com a aparência fraca e isso me despedaçava por dentro, sentindo uma enorme vontade de chorar, eu me aproximo sentando ao lado da cama.

- Está bem querida? - Sua voz doce ecoou pela sala e eu fechei os olhos sentindo lágrimas caírem.

- estou mamãe... - segurei firmemente sua mão direita, sua mão esquerda estava recebendo sangue.

- querida, não chore - disse com a voz falha pelas lágrimas, eu nunca me imaginei sentindo tanta dor, era como se estivessem enfiando punhais de facas em meu estômago. - mamãe está bem, ok? Você só precisa pensar assim.. - Ela diz acariciando minha mão e a beijando

- você não está bem mãe, você é a pessoa mais forte que conheço, vai ficar ... - digo enxugando as lágrimas com a mão que estava livre.

Eu estava sendo tola de imaginar isso, mas nunca aceitaria de fato que ela estava morrendo, aceitar seria duro demais, e eu não era forte o suficiente.

- filha... eu quero ir pra casa - ela diz sentando cuidadosamente na cama - Eu não quero ficar aqui... quero ficar com  minha família, não me importo se vou durar pouco tempo - ela diz e eu sinto meu coração apertar ainda mais -  quero durar esse pouco tempo junto a minha família, uma hora vai acontecer e não me importa o quando... - Ela acaricia minha bochecha e me abraça ja sentada na cama.

- m-mais...

- está tudo bem...- acaricia meus cabelos - Bryana quero que esqueça tudo, quero que finja que nada está acontecendo, vamos nos divertir e.. - pausa tentando enxugar as lágrimas - e aproveitar o tempo... em família, como mãe, pai e filha, pode fazer isso por mim?

Eu sabia que seria impossível fingir que nada está acontecendo, mas eu tentaria, por ela eu tentaria tudo.

- sim...- suspiro levantando da cama.- Rodrigo quer ver a senhora e... eu devo sair agora...

- Não se preocupe, irei para casa, estarei lá quando você acordar... - É claro que estaria...

Enxuguei as lágrimas e sussurei um até logo pra ela, abri a porta e sai.

- Pode ir pra casa querida ficarei com ela.. - disse abrindo a porta - boa noite...

Eu não iria, não deixaria ela sozinha nunca mais.

- Preciso comer algo... - digo andando pelo corredor em direção ao refeitório do hospital..

- Você realmente não vai pra casa, não é ? - nego com a cabeça e continuo andando.

Assim que chego no refeitório compro uma vitamina e sanduíche, Brad pede apenas um café, sentamos em uma mesa qualquer e ficamos em silêncio até a garçonete trazer os pedidos, comemos em silêncio, até Brad decidir puxar assunto.

- Por que expulsou o Tyler ? - sua pergunta me surpreendi mais não demonstrei.

- Eu não o conheço direito, não gosto que se entrometam na minha vida.. - digo ríspida - Você só está nela porque já não tenho como tirar... - sussurro a última parte.

- Ele gosta de você... - ele diz acabando o seu café.

- Eu não me importo. - reviro os olhos e levanto, já havia acabado.

- tudo bem, tudo bem.. - ele levanta e começa a caminhar junto a mim.

Assim que chegamos na frente do quarto de minha mãe praticamente obriguei Bradley a ir pra casa, ele precisava cuidar um pouco da vida dele.

Entro no quarto e vejo que ela ja se encontra sozinha, ela está dormindo. Sento na poltrona um pouco distante da cama onde ela fica e me acomodo, não era nem perto de confortável, mais eu não precisava durmi, só precisava ficar ao lado dela.

Oi babys💙🌚

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ROTULADA COMO : Uma rebelde sem causa![ PAUSADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora