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Você já parou pra pensar, em como seu coração acelera quando se sente sobre pressão?

Bem, o meu estava prestes a abandonar meu corpo e me largar sozinha.

Não sabia dizer ao certo se eu ainda respirava, pois, eu corria tão rápido que não me dei nem ao menos tempo para respirar. Ja era a quarta esquina que eu passava, mas não me parecia seguro. Depois de despistar todos os caras ou capachos, sei lá o que eles eram, eu consegui sair da casa, ou sei lá o que era aquele lugar. Pois bem, depois de passar por pelo menos mais três esquinas eu resolvo respirar um pouco, afinal, é necessário.

Eu me escosto na parede de um supermercado qualquer, apoio minhas mãos sobre meus joelhos e me ponho a descansar, eu procurava fôlego, ar, estava difícil respirar, tudo culpa da pressão em que se encontrava meu corpo. Eu realmente havia me metido em uma grande merda, nem ao menos sei se dormi apenas por horas quando me pegaram, ou se dormi por dias,  por onde andava minha cabeça? Que insistia em me meter em problemas.

Depois de alguns minutos ali, resolvo continuar, só que dessa vez sem correr. Após algum tempo andando eu finalmente me encontro a frente dos portões de minha casa. Não penso nem duas vezes antes de apertar como louca a campainha, assim que o mordomo, do qual eu não me recordo o nome, abre o portão eu simplesmente me jogo pra dentro, eu nunca fiquei tão feliz em ver a grama verde bem cuidada do quintal, a piscina mais a direita com sua água cristalina, suspirei pesadamente caminhando até a porta de entrada.

- Bryana! Meu Deus, onde você estava minha filha? - Aí está. Minha mãe com sua preocupação exagerada, não que ser sequestrada por um mafioso estrupador seja coisa pequena, mas o modo como ela fala, até parece que adivinhou. Eu é quem devia estar preocupada aqui.

- Na casa do Brad. - resolvo mentir, afinal minha mãe entraria em desespero, não posso deixa-la preocupada por coisas " bobas ".

- Por que está mentindo minha filha? Brad estava aqui agora pouco a sua procura. -ela  caminha até o sofá, logo sentando nele, e eu faço o mesmo, observo bem o rosto dela, e percebo o quão pálida ela está.

- Não estou mentindo mãe, estava na casa de outro Brad. - Podem me levar pro inferno porque essa foi a pior de todas as mentiras que já contei.

- Outro? Você acha que eu nasci ontem Bryana?

- É claro que não, eu estava na casa do Brad, Conner Brad mamãe. - falo como se fosse óbvio.

- Não o conheço. - Ela cruza suas pernas me encarando com seu olhar de dúvida.

- É óbvio que não o conhece, até pq ele...ele é novo na cidade, assim como eu, então decidimos que iríamos conhecer juntos. Depois do nosso passeio ele me chamou pra casa dele. - Retiro o que eu disse, mereço o prêmio de maior mentirosa do Mundo.

- Hum. Você tem sorte de eu estar indo a um jantar com seu pai, é melhor você subir porque ele não vai ser gentil quando te ver.- Ela da um leve sorriso colocando a mão em meu ombro.

- O senhor  Rodrigo nunca foi gentil, não fará diferença. - resmungo me levantando do sofá, depósito um beijo em sua testa e logo me retiro da sala  subindo as escadas deixando ela lá.

Subo as escadas cantarolando uma música qualquer, e depois de alguns minutos atravessando o enorme corredor finalmente chego ao meu quarto, entro no mesmo, logo fechando a porta atrás de mim. Depois de alguns minutos parada de costas para a porta pensando na merda que aconteceu, meu coração erra uma batida e, por algum motivo, eu sinto que preciso correr novamente, e temo em descobrir o por que.

Meus pensamentos estão gritando, e nem mesmo eu consigo entender, foi de repente, como uma necessidade inexplicável. Eu dou a volta, abro novamente a porta e corro,desço as escadas como se minha vida dependesse disso, e foi como nos filmes de drama. Meus pensamentos gritaram novamente, e eu me odiei por só ter entendido agora, minha respiração pesou, me senti obrigada a segurar no corrimão para não cair, meus olhos começam a arder, como se uma chuva, uma chuva de desespero estivesse prestes a cair por eles. Meu coração sufocou, e bate tão rápido que chego a pensar que ele vai parar, eu fecho os olhos e deixo que o mundo caía sobre eles, e então eu grito, grito porque algo me dizia, me dizia o que eu mais temia, o que eu fingia não ser real.

Você perdeu.

- Mãe! - E eu senti, senti que já era tarde, tarde demais para gritar.

Eu perdi.

Oi babys💙💙

Tudo bem com vocês?

O que acharam do capítulo?  Ruim? mais ou menos? Bom?

Me desculpem pela demora.

Voltei!.

ROTULADA COMO : Uma rebelde sem causa![ PAUSADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora