MEET YOU THERE ➶ s. wilk

seven ↹ tinkle

Tinkle Elknit
In the middle of the pacific ocean, Somewhere.
3 months before.

➹quote of the day:
"You say that i'm kinda difficult, but it's always someone's else fault"
— Marina and The Diamonds

— Samuel, eu acho que vou morrer.. — Fechei os olhos, e Sammy logo parou com os movimentos, preocupado. — de tédio.

Ele bufou, extremamente irritado. Estávamos à, pelo menos, seis horas naquela boia, remando com os braços e procurando uma terra firme.

Deitei minha cabeça no braço da mesma e suspirei, sentindo algo me bicar.

— Acho melhor adiantarmos. Podemos ficar até dias ou até meses, e eu garanto que.. Tinkle! — Ele gritou. Olhei para cima, e tinha um pelicano me bicando.

— Sai, animal do demônio! — O empurrei pra longe, e o mesmo grunhiu, levando um pedaço da minha blusa junto. — Arg..

Repeti os atos nervoso de Samuel comecei a socar a boia.

— Pare com isso. Essa boia é a única coisa que nós temos. — Ele segurou meus pulsos. Suas mãos estavam machucadas e imaginei o quanto doloridas estavam pelo sal do mar.

Ele focou seu olhar no meu e deslizou seus dedos ásperos sobre minha pele.

— Samuel?

— Hm..?

— Estou com sede.

Ele revirou os olhos e rapidamente voltou a remar. — Tem duas garrafas d'água na mochila.

Não esperei nem mais um segundo antes de pegar sua mochila e jogar a água na minha cara. Bebi o que restava.

— Só não bebe tudo, porque é a única água que... — Ele virou sua cabeça e eu arregalei os olhos quando as duas garrafas, agora vazias, caíram. — temos.

— Ops..? — Sorri amarelo.

— Tinkle, você bebeu toda a nossa água em menos de vinte e quatro horas?!

— Eu estava com sede!

— Será que você não consegue pensar em algo que não seja você?!

— Não grita comigo! — Por impulso, joguei a garrafa vazia na sua cabeça. — Ai, meu Deus, me desculpa!

— Quer saber? Não fala comigo. — Ele se virou e começou a murmurar algo que eu não entendia.

— Que maduro da sua parte. — Revirei os olhos. — Não me ignora!

— Não estou te ouvindo.

— Está sim, até porque me respondeu.

Ele me ignorou enquanto remava até o nada.

— Arg, Samuel, eu te odeio! — Joguei minha cabeça pra trás.

— E você acha que eu não te odeio? — Ele continuava encarando a imensidão azul. — Eu odeio o jeito que você é egoísta, odeio o jeito como você age como uma criança de sete anos, odeio até mesmo seu sobrenome que é o seu sobrenome ao contrário, Elknit.

— Você disse que nunca mais ia comentar do meu sobrenome, seu babaca!

— E você disse que me amava um dia!

— Eu não menti. — rebati sem pensar.

— O que você falou? — ele fingiu desentendimento.

— Nada.

— Tá vendo isso? Criança de sete anos.

Não fiz questão de respondê-lo e deixei o clima pesado pairar sobre aquela boia. Samuel mantinha seus olhos no mar, e provavelmente nem tinha reparado no que havia no horizonte.

— Samuel?

— O que foi agora?

— Estamos salvos.