Capítulo 11

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***Harry só tem uma andorinha tatuada, vocês já vão entender o porquê***

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***Harry só tem uma andorinha tatuada, vocês já vão entender o porquê***

Me debatia furiosamente, mas estava afundando cada vez mais. A água gelada deixava meus movimentos mais lentos, meu peito ardia implorando por ar, minhas lágrimas de desespero se fundiam na água escura e gélida que me cercava.
Eu tentava chegar até superfície, mas não conseguia enxergar nada. Eu não sabia onde estava, a agonia tomava conta de mim, meus gritos desesperados eram abafados, eu iria morrer!
Eu estava me afogando e congelando, morrendo segundo por segundo.

Uma mão alcançou meu pulso e me puxou, senti o ar atingindo meu rosto e eu pude respirar. Fui puxado para algum lugar seco, talvez um barco. Eu puxava o ar com força, o sentindo  entrar nos meus pulmões. Estava jogando ali no chão, molhando tudo a minha volta, voltando a respirar e observando as estrelas brilharem acima de nós.

— Estou aqui, eu sempre vou estar — ele sussurrou me abraçando.

— Obrigado — eu sussurrei com a minha voz falha — Você me salvou!

— Você me salvou antes — ele respondeu na sua voz grave, ainda estávamos agarrados, como se um fosse a salvação — Eu não posso te perder!

— Você não vai! — eu respondi afastando seus cachos do seu rosto, observando as duas esmeraldas que me olhavam de volta — Eu te amo!

— Eu também te amo! — ele sorriu para mim e sorri de volta para ele.

Ele inclinou seu rosto sobre o meu e seus lábios tocaram os meus. . .

Acordei confuso, olhando em volta e tentando lembrar o que tinha acontecido. Aquilo tinha sido um sonho?

Com certeza, aquele foi o sonho mais real da minha vida!

Eu praticamente pude sentir o abraço dele, seus toques, seus lábios nos meus! Meu Zeus, eu ainda consegui sentir seu cheiro!

— Bom dia, Lou — a voz grave veio de trás de mim, me dando um susto tão grande, que pulei na cama e quase caí dela. Se Harry já não estivesse com seu braço na minha cintura, não teria tido tempo de me segurar, o que faria que eu tivesse que voltar para o hospital para imobilizar o outro braço — Lou, tudo bem?

— Hã. . . Sim, eu só me assustei — me virei para ficar de frente para ele.

Estávamos deitados na cama, cobertos pelo edredom bege, rosto com rosto. Só então eu percebi que Harry não usava camiseta, deixando seu peito a mostra, apenas uma calça de moletom.

— Como você está? — ele me perguntou.

— Bem, eu acho — respondi meio perdido na beleza dele — foi bem melhor do que eu esperava.

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