Capítulo 2

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Sinto falta dos meus pais

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Sinto falta dos meus pais. Não saber se ainda estão vivos é o que mais me dói. Fui obrigada a me casar com um dos sócios dele, só para tentar descobrir onde eles possam estar, não acredito na conversa que foram sequestrados e mortos, porque ao menos um pedido de resgate teria sido feito. Quando Jobert veio com o papo de casamento, tentei ser esperta, mas ele havia armado uma teia, eu apenas seria a melhor de todas as suas presas, no entanto consegui convencer o babaca a ser apenas no civil, disse que eu tenho uma namorada e que nunca gostei de homens. Até agora deu certo. Ele acredita que a Monique é minha namorada, minha única amiga que não fugiu quando eu quase fali depois do sumiço dos meus pais e a única pessoa que me ajuda a tentar descobrir qualquer coisa também. Ela mora aqui comigo, dormimos juntas no mesmo quarto como qualquer casal faria, tem noites que ela se masturba e geme tão alto que até os seguranças ficam com ódio de nós duas, ela é uma vaca sem coração, eu nunca me toquei e ela já teve alguns relacionamentos antes de morarmos juntas. Quando ela faz isso, o Jobert sai de casa, e só volta no outro dia todo marcado por alguma puta de quinta, porque é impossível um animal ser tão violento. Acho que ele pensa que me faz inveja, ou raiva, mal ele sabe que a única coisa que ele desperta em mim é ódio.

- Oi meu amor! - Essa é a Monique, todos os dias quando ela chega em casa depois do trabalho, eu faço faculdade de música, queria ser cantora, mas com o sumiço dos meus pais, deixei esse sonho de lado. Ainda faço faculdade, mas meu sonho ficou para depois. - conheci um cara legal no trabalho hoje, dono de um bar aqui perto. Vamos lá? - ela sabe que não podemos sair juntas sem segurança.

- Sabe que vamos levar alguns seguranças por ordem do Jobert certo?

- Eu sei e não ligo. Quero beber, hoje é sexta. Anda mulher, vamos tomar banho juntinhas e depois vamos nos divertir. - Eu sorri, porque nunca aconteceria esse banho juntinhas, mas todos acham que sim. Eu fiquei com o quarto dos meus pais depois que eles sumiram, Jobert não dispensou os empregados e essa é a minha vantagem, meus pais tinham cada um seu próprio banheiro, o que facilita a nossa vida "de casal", acho que não contei ainda que a ideia de eu ter uma namorada foi da própria Monique? Então, ela que bolou todo esse relacionamento. Afinal nós somos amigas desde a maternidade, ela é meu porto seguro e graças a ela, ainda estou viva e tendo como procurar meus pais. Ela estuda Arquitetura, faz estágio em uma construtora, e é ótima no que faz.

Saímos como todo casal, Jobert foi no próprio carro para algum prostíbulo. Nós estamos indo ao tal bar. Porém no caminho vi uma placa que dizia algo sobre um teste para ser atração musical em um outro bar e longe de casa. Acho que vou fazer, segunda quando sair da faculdade, preciso dar um jeito de sair escondida. Vύχτα Yοητεία (1), pode ser meu passaporte para fugir do Jobert. Sinto que é o momento de começar a sair de verdade em busca do paradeiro dos meus pais.

O bar de fato é legalzinho, mas não gostei, fiquei com dor de cabeça com tantas luzes piscando como se fosse Natal. Nem no Natal a minha casa se parece com um lar de verdade. Sem meus pais minha vida passou a ser uma prévia do inferno, e eu tenho morado com o filho do capeta. Jobert pensa que me engana, mal ele sabe que os funcionários também desconfiam que meus pais ainda estejam vivos e por isso, ele não pode administrar o meu patrimônio por completo. Existem restrições, ele não pode gastar nada sem que eu aprove. Idéia do advogado do meu pai, eles estudaram juntos e de acordo com meu pai, ele vai sempre dever a própria felicidade ao melhor amigo.

Eu Canto Para Ele (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora