Eu caminho pro fim sem saber que o fim demora a acontecer. Dentre tantos pontos e vírgulas, acho que fico com ponto e vírgula; eu exclamo pelo final do meu desespero.
Tantos temores e tremores que desabam minha casa e fico encurralado, um terremoto invadiu meu abrigo e ninguém me estende a mão. E as ruínas da sua casa são meus destroços, tenho que parar de me importar tanto e cuidar mais de mim. Eu tenho olhos pra enxergar as feridas em seus joelhos e carrego curativos. Eu tenho ouvidos pra lhe ouvir e meu abraço pra aquecer seu coração que bate junto ao meu. Eu me perdi no mundo e esqueci de me encontrar, pois não me enxergo e não me ouço.
No meu castelo não tem torre, eu não quero príncipe e tenho medo do dragão. Eu pego minha espada e escudo e vou a luta. O meu castelo acaba de desmoronar, não tem problema, tem madeira que substitui os tijolos. E lá vem o dragão de novo. Não tem problema, minha casa resiste ao calor. Mas o lobo mau aparece e sopra e acaba com a arquitetura.
Debaixo da passarela os carros desfilam. No asfalto escrito com giz está escrito pare.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Pieganismo
Poezie"Um arcenal de clichês" pra quem sabe sentir e queimar no coração.