°14- O fim de tudo.°

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Uma semana se passou e estou sendo mandada e obrigada a servi-la. Fugir daqui com o meu pai é oque mais quero, mas é impossível! Funcionarios da empresa do meu pai o ligam e ela sempre diz a mesma coisa.

"Ele estava ficando cada dia pior pela morte de sua esposa, então decidiu passar um tempo em minha casa"

Se passando por sua irmã e tentando enganar a todos.

Como meu pai não é uma pessoa que gosta de falar de sua vida, foi mais facil para acreditarem.

-Oque pensa que está fazendo aí parada? Rápido! Volte a limpar essas janelas! E em seguida, leve a comida no quarto do Adam e não tente nenhuma gracinha! Não quer ficar junto com o Lucius não é?

Eu a odeio tanto! Eu os odeio tanto! Pego o pano para voltar a limpar as porcarias das janelas, mas então ouço o telefone tocar. Rapidamente corro até ele e o atendo.

-Olá, aqui é o Dr.Jones e tenho boas noticias da Mabel!

-Doutor, você tem que me ajudar! Eu lhe imploro! Me ajude por favor! Venha até aqui!

-Vivian Carter? Se acalme, me diga oque está acontecendo.

-Chame a polícia o mais rápido que pud...

Nem terminei de falar e a maldita Coralline puxa o telefone da minha mão. Ela me pega pelo pescoço e me joga para longe.

-Lucius!

-NÂO POR FAVOR! EU TE IMPLORO!

Tarde demais! A aberração do Lucius pega meus braços fortemente e me puxa, me arrastando por cima dos cacos de vidro que a maldita Coralline tinha quebrado minutos antes pelo fato dele estar fora do lugar.

-ME SOLTA! EU VOU TE MATAR LUCIUS!

Ele me põe em seus ombros e começa a rir batendo palmas, seus dentes são gigantes e pontudos e entre todos esses monstros terríveis, o desgraçado do Lucius é o que eu mais odeio. No começo ele começou a me cortar com pequenas lâminas completamentes afiadas, depois ele começou a agir de uma maneira estranha, começou a me lamber com sua lingua grande e nojenta e então começou a me abusar. Eu tentava me defender mas era uma prática inútil, se defender de um monstro que tem uma força gigantesca é impossível! Toda vez que não faço oque ela quer, tento fugir ou a ameaço, ela me coloca junto a ele. Ela sabe o quanto ele me faz mal e por essa razão o chama. Começo a bater em suas costas pedindo para me soltar, mas isso só o faz rir mais ainda. Ele abre a porta do porão e me joga com tudo. Me levanto e corro até o canto da parede, mas sinto algo atrás de mim, percebo que derrubei caixas de madeira, sinto um cheiro totalmente horrível, algo podre, talvez um animal morto, ou uma pessoa morta! Olho dentro da caixa e... Eu consigo reconhecer! Essas são as pernas e os braços do meu pai! Além de tudo estar completamente apodrecido, qualquer pessoa iria conseguir ver que isso são braços e pernas e também aqui tem restos de roupas que provavelmente são do meu pai. Vejo algo brilhante embaixo delas, puxo as roupas e vejo que é uma faca muito afiada. A pego e a coloco dentro de minha calça, na direção das minhas costas, com a parte pontuda para cima. Lucius não viu, pois ele está ocupado demais tirando a roupa do seu maldito corpo gordo.

-Lucios... Ei, porque não vem aqui e deixa que eu tiro isso?

Ele para oque esta fazendo e me olha babando. Que horror.

Ele vem até mim desesperado e então ele para em minha frente.

-Ei, pra que tanta pressa? Se acalme Lucius! Vem, deixa que eu te ajudo. _ Pego em sua blusa toda rasgada e ele não tira os olhos de mim. _ Feche os olhos, vai ser mais divertido assim, concorda? _ Ele acena positivamente e fecha os olhos.

Ponho a mão em sua blusa e ele começa a rir como louco. Acabo de tirar sua blusa, devagar pego a faca atrás de mim e sem esperar nem um minuto a enfio com força na direção do seu coração. Ele começa a gritar e me pega pelo cabelo, me levantando do chão, não largo a faca e estico a minha mão a enfiando com tudo no meio de sua cabeça, ele começa a rugir e me larga. Caio no chão e sinto uma enorme quantidade de sangue me molhando. Lucius tenta tirar a faca de sua cabeça mais só acaba piorando a situação, ele acaba cortando mais ainda a sua cabeça e cai duro no chão. Para me certificar que ele morreu mesmo, tiro a faca de sua cabeça e lhe dou mais facadas ao redor de seu corpo.

Espero que ele realmente esteje morto! Coisas ruins demoram para morrer!

Pego a faca e a coloco novamente no mesmo lugar, atrás de minhas costas. É agora ou nunca! Fecho a porta do porão devagar e então começo a andar com cautela. Entro no pequeno quarto em baixo da escada e tento ouvir algum barulho. Nada... Nenhum barulho. Tenho medo de sair daqui e tudo acabar dando errado. Mas tenho que tentar salvar o meu pai dessa.

Devagar abro a porta e não vejo nada e nem ninguém, mas subindo as escadas começo a ouvir algo. É como se alguém tivesse chorando, e é claro que é a Coralline.

Termino de subir a escada e ando pelo corredor em direção ao choro. Paro na frente do quarto do meu pai e tento ouvir melhor.

-Porque eu não consigo te trazer de volta Adam! Eu te amo tanto! Volta Adam! Porque?!

Ela começa a chorar novamente e todo esse drama todo está me assustando, estou tão preocupada com o meu pai que acabo encostando na porta sem querer, mas o problema é que a porta não estava fechada e então acabei caindo e abrindo a porta. Coralline para de chorar e me olha, rapidamente me levanto olhando ao redor do quarto procurando pelo o meu pai. Mas estão olho para a cama e vejo as das mais piores cenas da minha vida. A barriga do meu pai aberta e suas tripas em um prato com um garfo e uma faca, pelo fato de não duvidar mas de nada, Coralline estava comendo isso.

Começo a chorar tanto que minha voz mal consegue sair. O meu pai, agora ele está em uma situação pior que antes! Ele está... morto! Da pior maneira possível! Sinto uma raiva imensa, tão imensa que não posso explicar! Coralline começa a entortar o pescoço e suas unhas crescem, mas isso não me assusta!

Pego a faca e vou pra cima dela, de primeira acerto no meio de seu rosto, a fazendo me jogar para longe. Me levanto e começo a correr, olho para trás e ela está me seguindo com muita fúria. Desço a escada com tanta pressa que acabo caindo e rolando até o final. Me levanto e abro a porta, minha sorte é que ela está aberta!

Começo a correr o mais rápido possível e ouço um estrondo, olho para trás e vejo a maior parte da casa completamente destruída. Ao perceber que ela ainda está me seguindo começo a correr mais rápido. As pessoas que estão passando na rua começam a correr, e então chego no apartamento 1203. Sem ligar para o segurança, passo pela portaria e entro no elevador. Aperto em um botão que vai até o último andar e enquanto as portas se fecham, vejo Coralline correndo até mim. As portas do elevador se fecham e então ela começa a bater nas portas. Sem sucesso ela para, pois o elevador começou a subir. Depois de um tempo chego no terraço, e para o meu azar, a maldita Coralline já estava me esperando.

-Quer saber? Eu desisto! Eu desisto de lutar por algo que não faz sentido! _ Ela me olha e seus olhos ficam vermelhos. _ Você já tirou tudo de mim! Tirou os meus pais e com certeza a Mabel ficou daquele jeito por sua causa! Se você queria o meu pai que agora está morto POR SUA CAUSA! Acho melhor desistir! Porque você já o matou! E mesmo se ele estivesse vivo, ele nunca iria te querer. Sabe porque? PORQUE ELE TE ODEIA!

-COMO VOCÊ PODE FALAR ISSO?! O ADAM ME AMA! E É MELHOR VOCÊ DAR ADEUS A SUA VIDA MISERÁVEL! PORQUE EU VOU...

-Não precisa me matar. Porque eu vou poupar o seu trabalho.

Ando até o final do terraço, e subo em cima dele. Olho para o céu e digo:

-Mãe, pai, talvez pelos os meus erros eu não vou estar com vocês, mas pensar que vocês estão em um lugar bom me tranquiliza. E Mabel, ouvi o doutor falar que tem boas notícias suas, isso me deixa feliz! Espero que esteja bem.

Limpo a última lágrima do meu rosto e sem olhar para trás...

Pulo.






 AMOR DOENTIO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora