Capitulo 60- talvez um adeus?

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Júlia,
4 dias depois

É uma manhã de sábado bastante nublada, bem provável que caia uma tempestade daquelas.

Levanto da cama e resolvo tomar um banho. Pedro ainda dormia feito um anjinho.

Nesses dias eu só tive tempo pra ir na delegacia depor, pelo visto não acontecerá nada tão grave com o Guilherme em relação a policia. O delegado disse que ele estava fora de sí e que no máximo ele será internado em alguma clínica para se recompor.
Eu até aceito isso, o Guilherme que eu conheço jamais faria algo assim, ele se deixou levar pelo ciúmes idiota e quase se matou. Mas quase me matou também, so espero que ele realmente se recupere.

-- Ei amor... vai demorar muito? eu quero mijar -- fala com certa "dor" na voz imagino que ele esteja se contorcendo todo--

-- Pode entrar a porta está aberta

Ele abre a porta desesperado e vai direto fazer xixi, saio do box com uma toalha enrolada no corpo e outra no cabelo.

-- Eu vou tomar banho, assim que a gente se arrumar a gente vai ok? --ele fala e me da um selinho--

Ele está se referindo a psicóloga que a Gi indicou pra ele, hoje será a minha 2 consulta e até que eu estou gostando de conversar com ela, desabafar é sempre bom e melhor ainda com uma profissional.

Meus amigos estão bem mais presentes, sempre preocupados, eu acho até bonito da parte deles, mas espero que isso não se torne chato e sufocante nem pra mim e nem para eles, afinal todos tem coisas diferentes para se preocupar.

-- Pronto, vamos?

-- Sim

Pego minha bolsa que tem tudo o que eu preciso e seguimos até a garagem, entramos no carro e ele iniciou uma conversa.

-- Júlia, eu sei que é recente mais eu preciso falar logo antes que alguém te conte.  -- fala apreensivo--

-- Ai meu Deus, o que foi agora?

-- Olha, o hospital que o Guilherme está ligou pra casa do Noah, já que foi o amigo dele que levou o Guilherme pra lá. --faz uma pausa e me olha abatido-- ele me disse que o Guilherme não está em uma situação muito boa...

-- Como assim Pedro, quando foi isso? Guilherme está na UTI?

-- Não, parece que ele se feriu em mais de um lugar e foram ferimentos profundos, ta bem feia a coisa. Pra melhorar ele está se recusando a tomar os remédios.

-- Ai meu Deus! --passo as mãos no cabelo e me encolho no banco-- era só oque me faltava! eu preciso ir lá pedro, hoje! Agora!

- O que? --me olha assustado-- tem certeza disso Júlia? Ele acabou de fazer você pasaar por situações horríveis, nao sei ee vai ser bom pra você.

-- Ok, ainda estou assustada com tudo, mas por favor eu preciso ir e você vai comigo, não precisa se preocupar.

Ele fica calado, provavelmente pensando.

-- Ok júlia, esta bem, nós vamos, mas eu nao vou sair do seu lado.

-- Obrigada

Hospital

Chego toda molhada no hospital já que começou a chover forte assim que saímos do carro.

Falei com a recepcionista e após explicar tudo ela nos deu um adesivo de visita.

Fomos em direção ao quarto, antes de eu bater na porta o Pedro segura minha mão.

-- Eu acho melhor vocês dois conversarem sozinhos... mas qualquer coisa me grita. Eu to aqui sentado bem na frente do quarto --ele aponta para as cadeiras--

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