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Mais um capítulo, espero que gostem, comentem e deixem uma estrelinha. Bjc
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Acordo deitada no chão frio de concreto, não sei que horas são, apenas que já tinha amanhecido pela iluminação do sol que vinha da abertura da porta. Me sento com as pernas juntas ao meu peito e a porta logo é aberta e um homem alto, moreno e que deveria ter uns 30 anos, aparece.

____Vamos levantem, vocês tem muito trabalho ainda no jardim da casa grande, vocês já sabem as regras.

_____Que regras são essas? - Sussurro para a Mary Jane.

_____Ser o mais discreta possível e não falar com ninguém - Sussurrou.

Me levanto junto com as outras meninas e eu caminho no meio delas para fora da cela como em um rebanho, na ponta da fila e no final haviam um homem nos guardando para que ninguém fuja.

Meu estômago ronca de fome e quero loucamente comer alguma coisa. Somos levadas para o lado de fora da cabana e copio o gesto de todas que se sentam na grama lado a lado na enorme clareira. Ao fundo tinha um tronco fincado na terra com duas argolas em suas laterais.

Marcos distribui um pedaço de pão a cada uma das meninas e como eu estava com muita fome, estava aceitando qualquer coisa para forrar o meu estômago.

___Guarde a metade no bolso do vestido para mais tarde, apenas teremos o que comer ao anoitecer - Sussurrou Mary Jane ao meu lado.

Faço o que ela diz e guardo a metade do pão em um dos bolsos do meu vestido.

Fomos para um enorme jardim, com vários tipos de rosas, cada uma mais linda que a outra. Mary me orientava o que eu devia fazer, como retirar todos os brotos de tiriricas que nasciam no meio das flores, me ajoelho na terra e arranco da raiz uma por uma.

O sol esquentava o meu couro cabelo que começara a pinicar, olho ao meu redor e  vejo guardas por todos os lados com armas em suas cinturas. Tento procurar a minha mãe no meio  das meninas, mas não há nenhum sinal dela, apenas as mesmas que estavam presas comigo.

___O que está procurando tanto Anne? - Clara que estava ao meu lado, cutuco o meu ombro.

___Estava procurando minha mãe, vocês sabem onde ela pode estar? - Olho para Mary e depois para Clara.

___As mulheres jovens e mais velhas , homens e crianças, são mantidos em lugares diferentes e fazendo trabalhos diferentes. - Mary me explicou.

Será mais difícil encontrar meus pais juntos, mas não irei desistir tenho que achar um jeito de fugir daqui.

Volto ao meu trabalho, mais sou interrompida quando escuto uma gritaria, olho para trás e vejo um menina ruiva se levantar e começar a correr em direção a floresta, mas não demorou muito e um dos guardas aparece com ela nos braços que se debatia tentando se soltar, ele a leva para a cabana e não a vejo mais.

Ao anoitecer e já trancadas novamente na celas, do nada fomos levadas para o lado de fora. As meninas cochichavam entre si e eu me mantenho ao lado de Mary que está sendo minha única companheira neste inferno.

Não sabia como ainda estava me mantendo em pé, meu estômago grita por comida, meus pés descalços estavam doloridos, sujos e cheios de feridas por ter andado sem sapatos e picadas de formigas.

____Provavelmente vocês sabem o por que de estarem aqui, mas para quem não sabe eu digo, a amiguinha de vocês tentou fugir e isso não é uma coisa muito sabia a ser feito, então vocês estão aqui para verem o que irá acontecer com vocês se tentarem escapar. - Marcos andava de um lado para o outro com as mãos cruzadas nas costas.

A Escrava Anne (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora