※ Capítulo 2

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Sexta-feira
Ai meu Deus! Cadê ele? — Falei, olhando pra casa dele pela janela do quarto.

(Ding Dong)

Corri bem rapidão pra porta. Ele tava cheiroso, ó.

— Vamos logo, não quero perder a novela das 21. — Ele falou.

— E tu assiste novela?

— Não, é só uma desculpa pra ver se acaba cedo essa palhaçada.

— É por essa palhaça aqui, meu bom senhor — Apontei pra mim — que tu vai se apaixonar.

— Cara, mas tu é iludida.

Andamos uns 7 minutos — porque ele tem a cara dura de não comprar um carro — até o Yoko's. Chegamos lá bem bonitões, sabe? Aquele casal de parar o trânsito. Aquele casal que o povo para, olha e diz:

"Nossa, mas que casal bonito."

Tava me sentido nas nuvens olhando aquele deus grego, até que um "coisinha" esbarrou em mim.

— Ei, desastrada, sai da frente que tem gente querendo entrar.

Me virei pra olhar a cara do infeliz. Não vou mencionar essa coisa, porque ele não é bonito e cheiroso como o meu boy.

— Hum. — Dei uma de nariz empinado e fui pra uma mesa.

— Quer o quê, Molly?

— Voc... — Austin olhou pra mim com uma orelha arqueada — Hã... macarrão, qualquer um.

— Tá. Ô garçom.

Enquanto ele fazia o pedido, eu olhei pro povo e vi aquele menino.

— Metidinho. — sussurrei.

Um, sete, quinze minutos depois, o pedido chega. Amém! E era espaguete... Tá bom então.

Tava lá bem de boas, comendo o macarrão e aproveitando a vista. Quando...

— Uou, olha se não é a troglodita que tava ocupando todo o espaço na porta. — Falou, debochado, e olhou pro Austin — Encontrinho, huh?

— Me respeita que eu nem te conheço e deixa de se intrometer nas minhas coisas. — Olhei pro Austin — Vai falar nada pra esse desaforunado não?

— Eu não, tô nem aí.

— Pffft... hahahaha — O debochado começou a rir — Sair com um dragão desse deve ser complicado, né cara?

Eu. Não. Tô. Crendo. No. Que. Ouvi.

— Pra quê isso, Oliver? Vamos embora. — Falou o amigo desse Oliver que eu nem tinha percebido que tava ali.

Quer saber? Vou meter a louca aqui! Peguei um garfo e apontei pra ele.

— Olha aqui, fala mais uma coisa, UMA MÍSERA COISA, e eu enfio esse garfo no teu olho!

— Vai em frente, more.

Claro que eu não sou radical, né bebês? Peguei minha tigela, pronta pra jogar naquele poste. Na hora que joguei, ele pegou da minha e a massa foi pra onde?

PRO CABELO DO AUSTIN.

Eu me lasquei. Muito.

— Tá okay. Agora já chega. — Disse Oliver — Minha noite está completa! — E saiu rindo acompanhado do amigo, que estava envergonhado.

— Austin... Desc... — Interrompida.

— Não, esquece isso. Eu tô indo também. Vai pra casa com cuidado. — E saiu.

— Putz. — Falei, abaixando a minha cabeça em sinal de frustração.

Segunda-feira
— Ainda tá triste, Molly? — Halley perguntou enquanto me abraçava e andávamos até a sala.

— Frustrada, revoltada, triste e abalada. — Fiz uma voz de choro. — Oliver? Oliver Flynn? O que tá na nossa sala?

— Sei de negócio de Flynn não.

— Vem cá. — Ela me puxou até a classe. — Ó, aquele ali.

— Ah não, eu mereço. — Aquela praga tava ali. Droga. E pra piorar, minha mesa era na frente da dele.

Tentei dar uma de ninja e colocar minha bolsa na cadeira, mas quem disse que alguma coisa que eu faço dá certo?

— Olha o que temos aqui, meus amigos, a garota que foi rejeitada pelo cabelo de macarrão!

Continua...

Molly & OliverOnde histórias criam vida. Descubra agora