— Olha o que temos aqui, meus amigos, a garota que foi rejeitada pelo cabelo de macarrão!
— Ai, que merda! — Sussurrei
— Ah, já esqueceu bebê? Se quiser, eu falo o que aconteceu pra todo mundo.
— Massa fera, quer biscoito? — Falei, tentando parecer um tanto debochada. Só tentando.
Ele se virou pros amigos.
— Então, gente, sexta-feira eu fui no Yoko's e...
Num impulso — ou não — eu peguei ele pela orelha.
— Tu vem comigo AGORA! — E puxei ele pra fora.
— Ei sua retardada, eu tava conversando!
Rolei os olhos e olhei pra aquela pessoa desagradável.
— Nem percebi. Mas aí, porque se meter na vida alheia, ô amigo?
— Sei lá, te achei chat...
— Olha aqui panaca, — O interrompi — se você for atrapalhar mais algum encontro meu, eu juro que eu vou fazer com que você se arrependa! Entendido? — Falei apontando pra cara dele.
— Calma aí estressadinha. Na verdade, a única coisa que eu fiz foi tirar meu amigo de um encontro horrível com uma menina horrível. Só isso. — Ele falou com uma calma que me deu ódio.
— Amigo? Ele é teu amigo?!
— Não sei de nada, dragão. Te vira pra descobrir alguma coisa. — E entrou na sala.
— Aff... Ele vai me pagar. Pode ter certeza. Agora eu tenho que descobrir o que ele tem a ver com o Austin.
"PRIIIIIMM"
— Talvez agora não dê.
Entrei na prisão e fiquei olhando pro relógio, como eu queria que passasse rápido essas aulas!
— Ei, Molly. — Olhei pra dona da voz.
— Fala Kimberlly.
— Tu conhece esse aí, né? — Apontou pro Oliver.
— Infelizmente. Por quê?
Ela fez uma cara de interessada. Kimberlly é do tipo... atirada. Pega e não se apega, entende? É só ver um cara bonitinho que: CRAU! Ataca.
— Hum... Achei ele bonitinho. — Falou isso e voltou a prestar atenção na aula.
Wtf? Ela não queria saber do Oliver?
Uma, duas, três horas. Intervalo.
— Graças ao deus do bolinho recheado, é recreio!
— Ainda fala recreio, Mol? É intervalo, criatura.
Halley, a estraga-prazeres entra em cena.
— É recreio, Ley.
— Intervalo.
— Recreio.
— Recrei... pera, intervalo!
— Viu, Ley? Você pode sair do recreio, mas o recreio não sai de você. — Saí pra pegar meu lanche linda, plena, maravilhosa e vitoriosa.
Corri pra pegar o meu pedaço do meu amado bolo de chocolate. Mas, como todo lugar, tinha uma fila. Mereço.
Depois de uns 5 minutos, chegou a minha vez e... do vocês já sabem quem. Falar esse nome aqui é o mesmo que jogar praga.
— Eu quero bolo de chocolate. — Falamos em um uníssono.
E só tinha um. Um único pedaço daquele bolo maravilhoso.
— Quanto é o bolo? — Ele perguntou.
Enquanto ele perguntava, eu já tava pegando o dinheiro e...
— Próximo! — A tiazinha do lanche falou.
Mas o quê? Cadê ele? Olhei ao redor e vi aquele ser comendo o MEU — iludida — bolo de chocolate.
Tudo bem. Tudo bem. Tentei manter a calma.
— O que tem mais, tia?
— Salada de frutas.
[...]
— Tá, eu sei que ele tá te irritando, mas... procurar um macumbeiro na internet é o mais adequado?
— Cala a boca e me ajuda, Halley.
— Eu não, doida.
— Ei Molly. — Uma figura aparece de repente.
— Ai Jesus! Saiu de onde menina?
— An? Enfim, tem como me ajudar a ficar com o Oliver?
— Ah Kimberlly, nem amiga dele eu sou.
— Por favorzinho...— Fez carinha de cachorrinho sem dono.
Uma luzinha apareceu encima da minha cabeça.
— Tem certeza? Eu soube que ele tem a pele bem oleosa e soa o tempo todo.
— O quê? — Ela ficou com olhos arregalados.
— Eu soube também, por uma menina que ficou com ele, que ele fica tão nervoso quando fica com uma menina, que ele solta pum o tempo todo.
— Não acredito! — Falou com a mão na boca — Eu tenho que avisar pras outras! — E saiu correndo.
— E têm outras? — Perguntei pra Halley.
— Me pergunto como que ela acreditou nisso.
— Você sabe como que é o povo dessa escola, né? Todos bestas, eles acreditam em tudo!
E era verdade. Noventa por cento eram mauricinhos e patricinhas que não tinham um miolo na cabeça. Mentir pra eles era fácil. Seis por cento eram "normais", como eu e a Halley e os quatro restantes eram os nerds.
[...]
— Ah, finalmente acabou, Ley.
— Verdade, não aguentava mais ficar dentro da sala.
Um grupo de três meninas chegou perto da gente.
— Molly, a gente está agradecida! — A primeira falou.
— O quê que eu fiz querida?
— Falou aquelas coisas sobre o Oliver. Cara, Deus me livre de ficar com aquele cara! — A segunda se pronunciou.
— Você é top, Mol! — A terceira falou e saíram.
— Me vinguei! — Ri maleficamente. — Já vou, tchau Ley.
Saindo da escola e virando a rua, uma pessoa me segura pelo braço, me obrigando a virar e olhar quem é.
— Você tá louca, garota?!
— Eu não fiz nada, queridinho. — Olha a atriz, ó.
— Não, só disse maravilhas sobre mim pra esse povo!
— Olha, Ollie está bravinho. — Provoquei.
Ele aparentemente se acalmou e falou:
— Quer saber se ficar comigo é do jeito que você falou? — Aproximou o rosto do meu, rindo de um jeito debochado.
Continua...
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Molly & Oliver
Fiksi RemajaMolly é uma garota estranha que gosta do vizinho, Austin. Oliver é um garoto que viu a menina pagar mico na frente do crush e por isso, fica tirando sarro dela na escola. Mas será que isso vai dar certo? Será que pode ter algo no meio dessa maré de...