※ Capítulo 3

10 2 2
                                    

— Olha o que temos aqui, meus amigos, a garota que foi rejeitada pelo cabelo de macarrão!

— Ai, que merda! — Sussurrei

— Ah, já esqueceu bebê? Se quiser, eu falo o que aconteceu pra todo mundo.

— Massa fera, quer biscoito? — Falei, tentando parecer um tanto debochada. Só tentando.

Ele se virou pros amigos.

— Então, gente, sexta-feira eu fui no Yoko's e...

Num impulso — ou não — eu peguei ele pela orelha.

— Tu vem comigo AGORA! — E puxei ele pra fora.

— Ei sua retardada, eu tava conversando!

Rolei os olhos e olhei pra aquela pessoa desagradável.

— Nem percebi. Mas aí, porque se meter na vida alheia, ô amigo?

— Sei lá, te achei chat...

— Olha aqui panaca, — O interrompi — se você for atrapalhar mais algum encontro meu, eu juro que eu vou fazer com que você se arrependa! Entendido? — Falei apontando pra cara dele.

— Calma aí estressadinha. Na verdade, a única coisa que eu fiz foi tirar meu amigo de um encontro horrível com uma menina horrível. Só isso. — Ele falou com uma calma que me deu ódio.

— Amigo? Ele é teu amigo?!

— Não sei de nada, dragão. Te vira pra descobrir alguma coisa. — E entrou na sala.

— Aff... Ele vai me pagar. Pode ter certeza. Agora eu tenho que descobrir o que ele tem a ver com o Austin.

"PRIIIIIMM"

— Talvez agora não dê.

Entrei na prisão e fiquei olhando pro relógio, como eu queria que passasse rápido essas aulas!

— Ei, Molly. — Olhei pra dona da voz.

— Fala Kimberlly.

— Tu conhece esse aí, né? — Apontou pro Oliver.

— Infelizmente. Por quê?

Ela fez uma cara de interessada. Kimberlly é do tipo... atirada. Pega e não se apega, entende? É só ver um cara bonitinho que: CRAU! Ataca.

— Hum... Achei ele bonitinho. — Falou isso e voltou a prestar atenção na aula.

Wtf? Ela não queria saber do Oliver?

Uma, duas, três horas. Intervalo.

— Graças ao deus do bolinho recheado, é recreio!

— Ainda fala recreio, Mol? É intervalo, criatura.

Halley, a estraga-prazeres entra em cena.

— É recreio, Ley.

— Intervalo.

— Recreio.

— Recrei... pera, intervalo!

— Viu, Ley? Você pode sair do recreio, mas o recreio não sai de você. — Saí pra pegar meu lanche linda, plena, maravilhosa e vitoriosa.

Corri pra pegar o meu pedaço do meu amado bolo de chocolate. Mas, como todo lugar, tinha uma fila. Mereço.

Depois de uns 5 minutos, chegou a minha vez e... do vocês já sabem quem. Falar esse nome aqui é o mesmo que jogar praga.

— Eu quero bolo de chocolate. — Falamos em um uníssono.

E só tinha um. Um único pedaço daquele bolo maravilhoso.

— Quanto é o bolo? — Ele perguntou.

Enquanto ele perguntava, eu já tava pegando o dinheiro e...

— Próximo! — A tiazinha do lanche falou.

Mas o quê? Cadê ele? Olhei ao redor e vi aquele ser comendo o MEU — iludida — bolo de chocolate.

Tudo bem. Tudo bem. Tentei manter a calma.

— O que tem mais, tia?

— Salada de frutas.

[...]

— Tá, eu sei que ele tá te irritando, mas... procurar um macumbeiro na internet é o mais adequado?

— Cala a boca e me ajuda, Halley.

— Eu não, doida.

— Ei Molly. — Uma figura aparece de repente.

— Ai Jesus! Saiu de onde menina?

— An? Enfim, tem como me ajudar a ficar com o Oliver?

— Ah Kimberlly, nem amiga dele eu sou.

— Por favorzinho...— Fez carinha de cachorrinho sem dono.

Uma luzinha apareceu encima da minha cabeça.

— Tem certeza? Eu soube que ele tem a pele bem oleosa e soa o tempo todo.

— O quê? — Ela ficou com olhos arregalados.

— Eu soube também, por uma menina que ficou com ele, que ele fica tão nervoso quando fica com uma menina, que ele solta pum o tempo todo.

— Não acredito! — Falou com a mão na boca — Eu tenho que avisar pras outras! — E saiu correndo.

— E têm outras? — Perguntei pra Halley.

— Me pergunto como que ela acreditou nisso.

— Você sabe como que é o povo dessa escola, né? Todos bestas, eles acreditam em tudo!

E era verdade. Noventa por cento eram mauricinhos e patricinhas que não tinham um miolo na cabeça. Mentir pra eles era fácil. Seis por cento eram "normais", como eu e a Halley e os quatro restantes eram os nerds.

[...]

— Ah, finalmente acabou, Ley.

— Verdade, não aguentava mais ficar dentro da sala.

Um grupo de três meninas chegou perto da gente.

— Molly, a gente está agradecida! — A primeira falou.

— O quê que eu fiz querida?

— Falou aquelas coisas sobre o Oliver. Cara, Deus me livre de ficar com aquele cara! — A segunda se pronunciou.

— Você é top, Mol! — A terceira falou e saíram.

— Me vinguei! — Ri maleficamente. — Já vou, tchau Ley.

Saindo da escola e virando a rua, uma pessoa me segura pelo braço, me obrigando a virar e olhar quem é.

— Você tá louca, garota?!

— Eu não fiz nada, queridinho. — Olha a atriz, ó.

— Não, só disse maravilhas sobre mim pra esse povo!

— Olha, Ollie está bravinho. — Provoquei.

Ele aparentemente se acalmou e falou:

— Quer saber se ficar comigo é do jeito que você falou? — Aproximou o rosto do meu, rindo de um jeito debochado.

Continua...











Molly & OliverOnde histórias criam vida. Descubra agora