Muralhas ao chão

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Olhar de diamante

Mais translúcido e reluzente não há

Lábios tão doces como favo de mel

Pele tão macia como as nuvens do céu

Por fora forte como um dragão

Ninguém imagina quão puro é o coração

Suave no seu jeito de andar

Com firmeza em seu modo de falar

Para uns é um ice-barg em pessoa

Ninguém imagina que ela sorri a toa

O embalo do seu corpo em frente ao espelho

Esconde os motivos de seus devaneios

Com simplicidade mostra o que quer

Com humildade quem ela é

Dentro dessa armadura esconde alguém

Que por voltas do destino já amou além

Se machucou e se feriu tão profundamente

Que nem mesmo consegue achar a maneira

De destrancar o cadeado de seu coração

Um certo dia conhece alguém

Que em meio a tantas dúvidas que a cercam

Consegue fazer com que ela veja além

As armaduras foram caindo

O cadeado se abrindo

Sua voz foi ficando mansa

Os olhares envolvidos em uma dança

Os sorrisos como de crianças

Quem diria que a tão fria mulher

Iria se aquecer nos braços desse estranho

Que em tão pouco tempo

Seria um amor sem tamanho

Ah! Que doce sonho

Ela nao vê a hora de concretizar

Quem sabe talvez o sobrenome levar

As muralhas foram ao chão

Foi tirado o cadeado de seu coração

A paz está vivendo ao longo dos dias

Ele lhe devolveu a harmonia.

Em PensamentosOnde histórias criam vida. Descubra agora