Aquele da ordem da chefe

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Los Angeles, Califórnia. — 7:55pm.

Você precisa de uma matéria boa ou então pode dizer adeus ao seu emprego. — a ruiva falou em alto e bom som para até quem estivesse fora da pequena sala ou até mesmo fora do andar do site de fofocas pudesse ouvir — Eu mandei uma lista de nomes em seu e-mail e eu exijo que me traga uma história sobre um deles. Agora suma da minha frente.

E essa é Eveline Young — também conhecida como Eve Young pelos íntimos e Capeta para os funcionários. Criadora do grande site de fofocas "The LA Spectator" e, infelizmente, minha patroa.

E quem sou eu? Ah. Desculpe a falta de educação! Olívia Castro — Liv para os íntimos e "uma zero a esquerda" para o resto do mundo e minha chefe. Formada em jornalismo na UFF — Universidade Federal Fluminense — e burra o suficiente para vir tentar a vida dos sonhos na Califórnia ao ganhar uma vaga no The LA Spectator em um concurso. Mais nada que você precise saber.

Vamos voltar para o momento em que a coisa que eu mais queria era atear fogo naquele prédio e deixar a megera presa lá dentro.

— Tudo bem. — a vontade de não ser demitida falou por mim — Mais alguma coisa? — "mais alguma humilhação?".

— Nada. Pode se retirar. — disse antes de por seus óculos e prender seus fios ruivos em um coque.

Saí da sala ouvindo o barulho dos meus próprios saltos no chão e me perguntando aonde foi que o meu plano de ser uma grande jornalista aos vinte e poucos foi parar?

Respirei fundo enquanto pegava o elevador para descer até o estacionamento. Sempre tive medo de elevadores por causa da sensação estranha que eu tinha nos ombros toda vez que o elevador subia ou descia, porém meu sedentarismo me mantinha refém de elevadores. Melhor do que subir alguns vários lances de escada de salto, não é mesmo? Mesmo que estivesse descalça eu iria de elevador, na verdade. Sedentarismo sucks.

Alívio foi a sensação que tive assim que cheguei no estacionamento. Retirei os saltos e caminhei com os pés descalços até Charlotte, meu carro, um Kia Sephia 1.5 que era de segunda mão mas pelo menos andava.

E sim, seu nome era mesmo Charlotte, ou Lottie como eu gostava de chamar quando conseguia fazer uma viagem inteira sem deixar o carro morrer e ser xingada na estrada. O cheiro de menta era reconfortante dentro do carro. Dei partida no carro me retirando do estacionamento do prédio para dirigir até Carson, bairro no subúrbio sul de Los Angeles, onde eu dividia apartamento com uma americana maluca — e também minha melhor amiga — Alissa Robbin, que trabalhava como garçonete em uma franquia do Burger King nos dias de semana e era vendedora de artigos de sex shop nas horas vagas, para pagar a faculdade de moda e a metade do aluguel da pequena casa em que vivíamos. Eu a admirava.

O verão californiano me dava de presente um belo por do sol em plena oito da noite, o que deixava o trajeto do centro até o subúrbio um pouco mais bonito e menos longo, isso se acompanhado de uma boa música tocando no rádio. São esses pequenos momentos que me fazem não perder a cabeça e jogar tudo para o alto.

Chego em minha casa em pouco mais de meia hora e não encontro Alissa que, á essa hora provavelmente está em uma das salas de aula da instituição onde estudava. Nada que já não fizesse parte do meu dia-a-dia ou me deixasse preocupada.
Tomei uma ducha rápida e me sentei em frente ao notebook para ler o fatídico e-mail e pude ver a lista com pelo menos 5 nomes.

Ashton Kutcher;
Posso dizer que o acho sem graça? Me interessaria mais se fosse sua esposa, Mila Kunis.

Kylie Jenner;
Essa mulher não nota que todo e qualquer site já tem notas e mais notas sobre a jovem e que ninguém aguenta mais sequer ouvir o nome Kardashian-Jenner?

Halsey;
Não.

Justin Bieber;
Oh god. Não.

Tom Holland;

Tom who? — me perguntei e fui direto até a ferramenta de pesquisa procurando saber quem era o jovem na lista. Seu nome não me era estranho porém não deveria estar em tanta evidência para eu não reconhecer.

Logo pude ver que se tratava de um ator contratado da Marvel Studios. Interessante.
Pus-me a fuçar a vida do jovem e me pus a rir com alguns vídeos do mesmo dando spoilers de seus filmes sem querer ou dançando. Ele era muito bonito e sotaque inglês era realmente um atrativo a mais. Só tinha um problema: nenhum podre. Nem uma derrapada sequer. Nenhuma mancha na reputação do garoto.

— Ora, ora, um jovem ator de Hollywood que não se rebelou? — ri.

Tive um pressentimento bom. Talvez um feeling jornalística de quando se vai encontrar uma boa história? Talvez sim. Soube que ele era o escolhido.

"Pode conseguir os horários e locais que o novo homem aranha da Marvel frequenta pra mim?" enviei para Nicholas Holdie, um dos paparazzis do site e que provavelmente saberia me dar tais informações.

"Me de algumas horas." ele respondeu e eu sorri enquanto prendia meus cachos em um coque-abacaxi

— Espero que você me de uma ótima fofoca, Holland. — sussurrei enquanto olhava para a tela onde rodava um vídeo do jovem repetindo alguns passos de balé.

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Beijos, Ana C.

Manual Da Fofoca | Tom HollandOnde histórias criam vida. Descubra agora