O início de uma nova amizade

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Martha levou Lielf e Hypnos para o reino dos magos, mas ao chegar lá Lielf estava desacordado e Hypnos havia desaparecido. O pequeno aprendiz de mago com as suas energias esgotadas foi levado ao centro de cuidados médicos - popularmente conhecido como hospital - seu estado era controlado, não muito grave, mas talvez demorasse um pouco para acordar de seu coma, definitivamente havia gasto energia além do que deveria.

Damon e Berhael já haviam partido de Eryuell e tinham como destino a "Ilha morta", a ilha foi descoberta a poucos meses e nenhum homem havia se atrevido a ir até lá, isto por que do primeiro grupo de escolta apenas um rapaz voltou com vida, como um aviso para que ninguém mais voltasse ali. Mas, este rapaz, um elfo, foi o suficiente para despertar curiosidade do povo, pois disse que avistou uma lápide guardada por um lobo branco, seu tamanho era equivalente ao de um tigre.

- Estamos quase lá - Disse Berhael e as iris de seus olhos passaram a cintilar.

- Como sabe? - Perguntou Damon que estava deitado no convés da pequena embarcação.

- São oito da matina e o céu está escuro como a madrugada, a água está num tom negro e nem com a minha visão super aguçada eu consigo enxergar vida aquática, é o bastante para você? -

Todos sentiram um solavanco no barco, ele havia batido em absolutamente nada, mas, diante de seus olhos, surgiu uma grande ilha negra, as nuvens se fecharam e trovejaram, uma neblina cobriu toda a ilha, como se estivesse a escondendo dos demais navegadores.

Um frio tomou conta de seus corpos, gritos de desespero podiam ser ouvidos. Ambos focaram em sua missão e exploraram o local, aquele misterioso lote de terra parecia estar tentando os assustar.

A neblina ia abrindo caminho, como se os estivesse guiando a algum lugar e não demorou muito para que chegassem ao seu destino, eles viam uma lápide. Berhael empunhou seu arco e tirou uma flecha de sua aljava a deixando entre os dedos.

- Pode ir na frente, estou bem atrás de você. - Disse o elfo dando um empurrãozinho em Damon.

- Nossa, muito obrigado, você é o melhor parceiro que já tive! - Ironizou o mercenário.
O humano se aproximou do túmulo, estranho, nem sinal da criatura a qual deveriam enfrentar. Damon leu as palavras na lápide.

- Aqui jaz Yyatho, rei da Ilha Morta - O mercenário sentiu calafrios. - Por que será que a palavra "morta" está escrita em sangue? -

Vários olhos cercam os rapazes de todas as direções, o olhar sombrio era seguido de uivos, vários uivos em uníssono como uma grande matilha de lobos.

O som dos uivos estavam cada vez mais próximos, mas os olhos continuavam parados os observando, porém, numa fração de segundos, várias sombras de lobos se uniram em um só corpo entre os dois garotos, ele rosnava encarando o arqueiro e de costas para Damon, seus olhos brilhavam na noite escura e seus pelos continham um luminosidade branca arrepiante.

O arqueiro, num ato de bravura (ou burrice), decide enfrentar a criatura sozinho chamando toda a responsabilidade para si.

- Vá em frente, eu cuido dele! -

Sacou então uma flecha envenenada e atirou na direção do lobo da noite.

O Lobo recebe a flecha venenosa e se enfurece, as nuvens abrem o céu mostrando uma bela Lua cheia, o lobo salta na direção do arqueiro, mas, antes de atingi-lo, ele se divide em várias sombras mais uma vez, todas essas sombras se unem na frente do jovem caçador de recompensas que tentava escavar a lápide. O lobo rosna ferozmente e sua saliva fluorescente pinga de sua boca e vai entrando dentro do solo.

O chão abaixo do caçador de recompensas, começa a brilhar num forte azul turquesa quando algumas mãos de esqueletos começam a emergir do solo tentando o agarrar.

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⏰ Last updated: Jul 08, 2018 ⏰

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Forecast Adventure: Contos de um reino antigoWhere stories live. Discover now