- Como foi?
Passando a mão pelo cabelo brilhante depois de remover o gorro, Ichigo soltou um suspiro frustrado.
- Poderia ter sido melhor; eu completamente apaguei no final.
- Você quase não dormiu no mês passado, isso não ajudou em nada - observou Rukia com simpatia, limpando a mesa que ele escolheu para sentar sob o disfarce de fazer o trabalho real e não hesitando em conversar com os clientes. - Você não deveria ser muito duro consigo mesmo.
Ele suspirou novamente, parecendo menos irritado.
- Eu acho. - Dando uma olhada rápida ao redor do estabelecimento, ele perguntou: - Quando você vai sair daqui?
- Em duas horas - ela respondeu. Com os exames terminando aa faculdade, o lugar estava praticamente vazio da horda de estudantes que compunham a maioria dos clientes da lanchonete local, mas as chances de seu chefe deixá-la ir embora mais cedo eram quase nulas.
Com um encolher de ombros, ele pegou o telefone, a tela de bloqueio piscando a hora e uma notificação de mensagem não lida.
- Eu vou esperar aqui então.
- Serão duas horas - ela repetiu, sobrancelhas levantadas.
- Sim, por quê?
- Você não quer terminar as malas? Precisamos estar na estrada em algumas horas.
- Não resta muito - ele lembrou - apenas os laptops, eu acho. E será mais trabalho se eu for para casa e voltar para pegar você e depois voltar para casa.
Ela revirou os olhos.
- Eu posso encontrar você em casa; sou perfeitamente capaz de andar.
- Serão quatro horas até então - ele argumentou, e com os lábios se separando para responder que o tempo não é importante, não importa o quão escuro fique, ele acrescentou: - Podemos continuar brigando sobre isso se você quiser, mas eu não vou sair sem você.
Exatamente duas horas depois, ele manteve sua palavra. Com um pedido de um grande mocha branco com caramelo e um muffin de chocolate, Ichigo se contentou em navegar na internet em seu telefone - tendo tempo para ser malvado com ela, distraindo-a algumas vezes com adoráveis vídeos Chappy ("Isso não é justo, eu fui gentil com você!").
Quando seu turno terminou, ela vestiu o casaco com o muffin de baunilha francês de Ichigo (que ela planejava roubar) na mão, e escutou o toque do sino quando ele abriu e fechou a porta do café atrás deles.
- Anã - ele exalou, sua respiração condensada - está congelando, onde está seu cachecol?
- Esqueci - sua resposta foi descuidada enquanto o observava esfregar as mãos nuas em uma débil tentativa de reter um pouco do calor do mocha duplo que estivera segurando enquanto esperava por ela.
Com um longo suspiro de sofrimento, ele tirou o gorro de novo e enterrou a cabeça dela nele, acariciando afetuosamente o material sobre as orelhas com segurança e sorrindo para ela.
Petulantemente, Rukia lembrou: - Eu estaria bem sem isso; não vivemos tão longe daqui.
- Você vai ficar doente; estou dizendo isso como um futuro médico.
- Eu posso cuidar de mim mesma.
Foi a vez dele de dar de ombros.
- Eu sei, mas você também me tem, então agora você não precisará.
Com isso, ela se viu entre uma carranca e um sorriso. Rukia sempre foi independente, afinal.
Ela aprendeu a sobreviver por conta própria antes de Renji e seguindo sua vida de solidão depois de entrar no Seiretei e perdê-lo no processo, Rukia aprendeu a gostar de sua própria companhia por necessidade.
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Riscos
Romance[Tradução] Original de Withered Ichigo e Rukia; melhores amigos, colegas de quarto, estudantes universitários. A vida fica mais fácil depois de salvar o mundo algumas vezes, mas também fica mais difícil. Havia riscos em ter todo o seu mundo alterado...