O palco

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As crianças assistem o espetáculo
Uma silhueta fala com a outra
O titereiro move seus dedos
E, com isso, manipula os fantoches
"Ho,hou", ele diz do lado escuro da cortina
Onde ninguém consegue vê-lo
Muda sua voz
Dança com os dedos
E ri com a arte que faz
Para depois do espetáculo
Chorar escondido em seu quarto
Porque o real para aquelas crianças
Não era mais que fictício para ele
E ele sabia que aquelas aventuras e histórias
Não seriam realidade um dia
"Como queria ser as crianças", ele fala amargamente
Porque tudo era bem mais fácil
Quando ele não enxergava os fios de nylon

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