Abro os meus olhos e a claridade incomoda, então eu volto a fechá-los. Minha boca está seca e algo em meu braço me incomoda, tento me levantar, mas algo ou uma mão me impede e força eu me deitar de volta
— Nada disso docinho, você ainda está muito fraca — escuto a voz do Lucas e faço uma careta — Nem adianta fazer essa cara, você vai ter que me engoli e abri logo esses olhos
— Eu não consigo, a luz os incomoda. Onde estou?
— Pronto. Pode abrir. Eu fechei a cortina e você está no hospital
Fico sem entender por alguns segundos, até que tudo o que aconteceu vem em minha mente e por instinto levo minhas mãos até a barriga
— Eu perdi o bebê? — falo abrindo os meus olhos e o olhando assustada
— Não — Senta ao meu lado e coloca sua mão em cima da minha — mas foi por pouco, e se você perdesse, a culpa seria sua.
— Minha? — pergunto indignada
— Sim — Uma carranca se forma em seu rosto — E tudo por causa de sua criancice, eu já sei de tudo. Eu só não faço uma coisa com você por causa da criança.
— Criancice Lucas? você é um idiota! — tento me levantar, mas ele me impede outra vez — Você sempre me trata como lixo e eu sempre fico calada, mas dessa vez você mexeu com a minha irmã e quando eu mandei você se afastar, você fez o que sempre faz. Agiu como o dono de tudo e você não é, você não é meu dono, você não tem o direito de sair mandando em minha vida e se intrometendo nela, pegando o que bem quiser, minha família, minha irmã, é um território proibido para você e eu queria que você soubesse da única maneira que você entende — solto uma respiração profunda — talvez eu devesse ter perdido essa criança, talvez ainda posso, porque só assim eu viveria livre de você
— Eu juro, se você perder essa criança, eu te mato! — segura o meu pescoço com força — vou te da um aviso, Laura. Não mexa comigo nunca mais, não se atreva fazer outra gracinha daquelas, não se atreva pensar em ousar ficar no meu caminho ou sua família de merda que vai pagar — me solta e eu coloco minha mão onde a dele estava e massageio o lugar — E você vai ficar na minha casa a partir de agora
— Mas e o aparta... — me interrompe
— Eu já falei e pronto — fala saindo do quarto e batendo a porta com força.
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Grávida do Dono Do Morro
Jugendliteratur"- Porra! Eu acho que não escutei direito - fala vindo em minha direção - O que você falou? - segura o meu braço Tento me soltar dele, mas ele aperta o meu braço e me puxa pra perto dele, e com a outra mão segura o meu queixo com força fazendo eu ol...