This Love (Malec)

5

— Você pode ficar mais um pouco? — Eu pedi, depois que paramos de nos beijar e depois que Magnus tocou os meus cabelos com delicadeza, segurando os fios com seu indicador. — A porta está fechada com a chave e ninguém vai entrar.

— Eu quero — Ele diz, entrelaçando as nossas mãos. Estávamos de pé no meio do quarto e o único lugar disponível para se sentar era a cama e esse lugar iria nos deixar incrivelmente próximos. — Eu quero ficar do seu lado sempre, Alec, eu quero poder te ver acordar ao meu lado e quero poder dizer o quão maravilhoso você é. Mas é tão cedo e eu não sei se seria adequado.

— Você tem tanto caráter, é tão... certo. Eu amo isso sobre você — Eu falei, levantando as nossas mãos no ar e brincando com os seus dedos entre nós. Ele olhou para nossas mãos e sorriu, incrivelmente fofo. Até mesmo Magnus, que era muito mais alto que eu e mais velho, musculoso e sério, até ele, conseguia ser fofo. Ele sempre era fofo quando estava comigo e sério e profissional com outras pessoas. — Não vamos fazer nada, eu também acho que é cedo demais, eu acho que é cedo demais para nos beijamos também, mas foi apenas uma vez, eu juro, não quero corromper seus princípios. Eu só quero... saber como é dormir ao seu lado.

Ele riu suave. Não porque era engraçado mas sim porque eu entendia ele. Ele queria esperar até eu ter 18 anos e eu também queria esperar. Ele tinha caráter e princípios, e isso era as coisas que eu mais amo sobre ele, foi por isso que eu me apaixonei por ele, nunca iria querer fazer ele ir contra o que acreditava. Porque eu acredito no que ele acredita.

— Eu nunca me arrependeria de te beijar, Alec... — Ele sussurrou baixinho, fazendo carinho na minha mão. Tocar as mãos dele sempre pareciam suficiente e agora não era diferente. Tocar sua mão era maravilhoso, a única coisa que eu podia fazer sem ter que me arrepender ou pensar muito sobre. — Eu nunca me arrependeria de nada quando se trata de você, você se tornou tudo pra mim e eu não vejo um mundo onde eu conseguiria viver sem você.

Eu quase tinha lágrimas nos olhos, ele era simplesmente tão perfeito. Um dia eu desejo casar com ele, um dia eu quero viver pra sempre com ele. E saber que ele também quer isso... não há nada melhor para mim.

— Você também se tornou tudo pra mim, Magnus... — Eu sussurrei, olhando em seus olhos para fazê-lo ter certeza de que eu jamais mentiria sobre isso. — Você é tudo pra mim.

Garanti isso, vendo-o abrir aquele sorriso tímido e maravilhoso que eu amava. As sensações de não ter nenhum espaço entre nós agora estava me deixando sem chão. Estava tudo tão perfeito, foi como se o beijo liberou qualquer dúvida que tínhamos de que nós não ficaríamos bem. Nós vamos ficar bem, eu tenho certeza disso agora. E eu ele... somos invencíveis. Somos eternamente fiéis um ao outro.

— Eu vou ficar — Ele disse e eu tenho certeza de que meus olhos brilharam agora. Eu nem precisava pensar em como o meu coração estava acelerado, em como minhas mãos soavam e tremiam e Magnus tentava fazer carinho nelas para que isso diminua mesmo que a razão de elas estarem tremendo era o carinho em si, era ele. Nem precisava pensar em como havia milhões de borboletas em minha barriga ou em como eu estava nervoso demais para responder ele, surpreso demais para dizer qualquer coisa. Feliz demais. — Porque não há nada que eu prefira fazer do que ficar ao seu lado.

Ele era a melhor coisa que eu já amei. Ele é a melhor coisa que já foi minha. Esse amor nosso, é tão bom, é lindo. É ruim, mas é lindo. Esse amor deixou marcas permanentes em mim e eu não via uma possibilidade de futuro sem ele.

— Você jura? — Eu perguntei inseguro. Ele sabia que eu tinha inseguranças, ele sabia o quanto eu tinha medo de perder as coisas que eu amava. E eu amava ele. Eu amava muito ele.

— Eu juro — Ele disse, beijando a minha testa. Fechei os meus olhos e deixei que a maré chamada Magnus Bane me levasse para longe. Deixei que a tempestade me levasse para longe, deixei que ele soubesse eu eu amava ele enquanto eu o abraçava, enquanto eu colocava meus braços a sua volta e sentia o seu perfume, seu perfume perfeito. Deixei que ele soubesse que não há mais nada no mundo que eu queria mais do que ele. Que eu ame mais do que ele. Deixei que ele soubesse que não importa o que acontecesse, ele nunca iria me perder. E ele também deixou, deixou que eu soubesse o quanto o seu coração ficava acelerado comigo, o quanto ele tremia quando eu estava por perto, com sua respiração, ele deixou que eu soubesse que ele também não conseguia respirar quando estava assim, tão perto de mim. Com o aperto firme dele em volta de mim, ele deixou eu saber o quanto ele me amava. O quanto nosso amor era invencível.

Eu deixei que ele deitasse ao meu lado na cama, deixei que ele me abraçasse e deixei que meus olhos se fechassem. Sim, era isso que eu queria. Era melhor do que eu imaginei. Eu deitei minha cabeça em seu peito e deixei que ele nos cobrisse, deixei que ele me abraçasse com força e deixei que ele me segurasse em meus braços como se aquele fosse o último dia, deixei que ele me segurasse como se fosse me perder. Deixei que meu consciente dormisse, deixei meus olhos se fechassem. Ele demorou mais para dormir, eu tenho certeza disso mesmo que eu não tenha ficado acordado para saber.

Quando eu acordei, ele estava dormindo, me abraçando com força e respirando calmamente. O sol batia em seu rosto fazendo sua pele dourada brilhar, deixando ele brilhando. Eu estava em seus braços e ele ainda me abraçava, como se tivesse medo que eu fugisse dele durante a noite. Eu me virei para o lado, apenas para poder olha-lo. Ele continuou dormindo quando eu levantei a minha mão e toquei o seu rosto, sentindo meu corpo todo tremer ao tocá-lo e fazendo um sorriso se abrir em meu rosto involuntariamente. Ele acordou quando eu tirei um cabelo que estava na frente de seus olhos do caminho, seus olhos verdes se abriram e ele me olhou. Ele brilhava. Ele sorriu delicadamente enquanto eu ainda estava fazendo carinho em seu rosto, ele deixou um jato de respiração descompassada sair de seus lábios e deixou que eu me aproximasse mais, perto o suficiente para poder lhe dar um beijo na testa, vendo-o fechar os olhos e sorrir como se tivesse ganhado na loteria. Ele me puxou pela cintura e embora o ato não tenha nada de malícia eu senti todas — todas mesmo — as partes do meu corpo reagirem a aquele toque. Mas não deixei ele perceber, sorri e deitei em seu peito. Ouvindo o quanto o seu coração estava acelerado. Não havia mais nada além dele. Tudo virava nada quando eu o olhava. E eu sabia que eu faço todos os mesmos erros, todas as vezes, e eu nunca aprendo. Mas ao menos eu fiz uma coisa certa. Ele. Eu confiava em ele mais que tudo, amava ele mais que tudo. E eu tenho certeza de que uma coisa eu fiz certa.

— Isso é o tipo de coisa que eu quero ter pelo resto da minha vida — Ele disse baixinho, ainda me abraçando. Eu sorri.

Tudo estava maravilhoso.

— Eu também. — Falei, olhando para ele como se mais nada no mundo existisse e era exatamente assim que eu me sentia. Como se não houvesse nada além dele. — Você é tão lindo...

Ele sorriu e eu pude ver suas bochechas corarem, aquilo encheu meu coração de alegria.

— Você também — Ele disse sorrindo. — Você é a coisa mais linda que eu já vi.

Eu sorri, porque estava tão feliz. Magnus me segurava em seus braços e não havia nada no mundo que fosse melhor que isso.

Eu quero ter isso pra sempre.