A nossa Fronteira

Capítulo 17

Narradora on****

Uma semana terráquea havia passado desde a primeira relação de Shiro e Allura.

E após isso os dois estavam mais unidos que nunca.

Shiro ajudava a princesa com o Palácio e treinava com a mesma quando não faziam nada.

O paladino negro estava treinando em seu quarto.

Seu suor pingava de seu rosto e molhava a camisa preta que ficava colada em seu físico perfeito.

Quando um alarme toca, marcando exatas seis horas desde que ele começou seu treinamento.

Começando com o famoso "marinheiro" e depois passando para as abdominais.

Logo depois para o alongamento e por fim o levantamento de peso.

O paladino não demonstrava cansaço embora treinou durante seis horas desde quando acordou.

Shiro apenas se levanta do chão e vai em direção ao banheiro, o japonês retira sua roupa suada e a joga dentro de um funil que suga a mesma para que ela fosse lavada.

O homem adentra o chuveiro e toma uma demorada ducha de água quente.

O vapor preenche o lugar.

As gotas de água passeavam por todas as partes do corpo do humano.

Shiro sente seus músculos tensos relaxarem.

Logo ele se lembra.

Faltava apenas cinco meses para que Allura dominasse todos os poderes do Leão Branco.

E isso faria com que Voltron não precisasse mais ser usado.

Logo um vazio bate em seu peito.

Sua equipe seria desfeita...

Shiro balança sua cabeça, fazendo aqueles pensamentos sumirem de sua mente.

Ele faria esses cinco meses valerem à pena.

E então o paladino se lembra de Allura.

Mas ele já estava decidido.

Seguiria a Alteana por onde quer que ela fosse.

Ele já tinha sido capturado e preso, dentro de seu próprio coração.

Allura havia se tornado sua razão de respirar, e ela era a única que possuía cordas o controlando.

Ela era a única à quem ele respondia.

E continuaria sendo assim durante toda sua vida.

Shiro leva suas mãos até seus cabelos e com seus dedos ele penteia os fios para trás.

O rapaz saí do banheiro e põe uma toalha em seu tronco.

Shiro caminha até seu quarto e se seca, põe uma box e sua calça, seu cinto e suas botas.

O paladino para em frente ao espelho grande e redondo.

Ele vê seu reflexo no espelho.

Peito repleto de cicatrizes, braço amputado e substituído por uma prótese galra.

E em seu rosto, algo que é quase tão amedrontador que seu braço.

Aquela cicatriz, aquela maltida cicatriz em seu nariz.

O lembrando todos os dias da guerra que um dia existiu.

E lembrando dos perigos que espreitam espaço à fora.