3.

38 4 4
                                    

[...] Ava acorda de seu transe momentâneo e percebe que estava deitada em um espaçoso quarto, com detalhes rústicos de uma cor vinha, contrastando com o piso de madeira e os detalhes florais e antigos. Ao ver seu reflexo naquele lugar estranho, se espanta: Ela se encontrava com seus cabelos antes negros agora esbranquiçados presos sobre assessórios de rosas sobre um tom amadeirado e delicadamente púrpuros, seus olhos negros como o vidro refletiam sobre o espelho. Sua pele estava em um tom pálido, se destacando por um sombreado em seus olhos, sua boca roseada e suas maçãs também levemente avermelhadas.

E não termina por aí. Suas vestes haviam mudado, e estava com um vestido curto floral com um tema mais sóbrio, uma blusa de coloração bordô que havia mangas longas e badados ao final dela, onde encontrava-se seus pulsos. Estava também com uma meia calça rendada em branco e saltos da mesma cor de sua peça de vestuário, com detalhes em dourado. Uma verdadeira boneca.

— Finalmente acordou, bonequinha. Sabe quanto tempo passou? Hump, acho que não. Gostou de suas modificações? Ainda há muito que melhorar, pois é defeituosa. — Perguntou e argumentou
o avermelhado, entrando em seu quarto e se acomodando em sua cama.

— Onde estou? — Questiona a garota. Aquilo literalmente não fazia parte do plano dele.

Me responda primeiro. É uma tremenda falta de educação ignorar perguntas. — Ordenava o estranho.

— É uma tremenda falta de respeito sequestrar uma inofensiva garota, Toymaker, muito menos observá-la durante dez anos em absolutamente tudo. — Já dizia a pálida, virada de costas para ele com um olhar profundamente perdido, como se estivesse sendo controlada. Logo o mestre dos brinquedos levanta um alerta em sua mente, enquanto sua outra parte já desconfia desde o começo.

— Se comporte como uma verdadeira boneca, ou terei que ensiná-la? - Falava com deboche o rapaz, chegando perto da jovem. Logo é segurado fortemente por uma mão, e furado com as longas unhas da mesma. A garota se vira roboticamente a seu encontro.

— Não se preocupe, — A menina falou, com um sorriso reconfortante, mas ainda parecendo controlada. — Irei me comportar bem.

— Assim espero. — Diz o criador se retirando. — Nunca mais me desobedeça, Aya. Não sabe do que sou capaz.

— Claro, mestre. Aliás, posso te fazer uma pergunta? — Pergunta senhorita Chevalier, fazendo o avermelhado parar em frente à sua porta.

— Para uma dama com cortesia e disciplina, farei uma excessão. — Responde-a com uma clássica saudação.

— Eu.. — A jovem moça cora repentinamente por vergonha. — P-Posso te.. tocar?

— Com uma condição em troca: — Diz levantando seu dedo indicador. — Torne-se minha, apenas minha boneca sem pestanejar.

Q-Quer dizer.. de corpo e a-alma? — Questionou envergonhada e surpresa, virando seu rosto para o lado.

— Isso mesmo minha amada. — Falou com um sorriso.

A-Aceito. — Aceitou timidamente. Logo o garoto foi para o encontro de seu colo, colocando-a sentada em um sofá delicadamente e em seguida acomodando sua cabeça no local. Ela começou a passar sua mão pelo seu cabelo, seu rosto, pescoço, braços e pernas, até chegar em seu peito. — E-E-Espere.. — Fala com sua acalmante voz.

Ela então foi a sua gaveta e pegou um pequeno frasco que havia lá. Voltou a sua antiga posição e posicionou suas mãos a seu peito.

O QUE ESTÁ FAZENDO? — Gritou o artesão de bonecos pelo fato da garota enfiar sua mão em seu peito, retirando sua caixa de música azul. Logo foi ouvida uma risada psicótica da menina.

— Você realmente achou que eu era inofensiva? Não me faça rir novamente, odeio piadas. Mas sabe, como gostei de seus olhos e de seu cabelo, irei contar dois segredos: todas as memórias que tivera comigo, são falsas. Nunca frequentei um orfanato, nunca tive amigos. Ah, e sabe o incidente de Jeffrey Woods? Seria irônico se soubesse que fui eu que causei tudo isso. — Dizia alegremente brincando com a caixa azul roubada do garoto. — Últimos desejos?

C-C-Como isso aconteceu?.. — Fracamente falava, vendo sua caixa sendo quebrada por um objeto de metal estranho, e tendo sua alma 'creepy sendo tomada de si e colocada em um frasco de vidro.

— Bons sonhos. Aliás, o seu principal erro foi ter retirado totalmente a sua alma humana, 'tsc. — Dizia indiferente a jovem vendo o outro cair por terra para sempre. Estava prestes a se retirar quando é puxada fortemente por tentáculos negros a parede. — Que feio Slenderman, — Começa a rir. — não imaginei que fosse vir até aqui para ver um de seus creepypastas favoritos falecendo pelas mãos de uma pobre garota. Que clichê.

Não imaginaria que fosse capaz de matar um de meus creepypastas, impressionante. Falou seriamente para ela.

— Estamos quites então, esguio. — Disse se pendurando em um lustre, automaticamente se soltando de seus longos tentáculos.

Nada disso importa mais, Chevalier. O Operador começa um novo diálogo, assim aparecendo para a jovem e chegando mais perto da adolescente. — Apenas enlouqueça, minha criança. Descanse sua mente.

Assim ela viaja em sua imaginação. Sua mente volta quando ela era menor, no entanto é mudada várias cenas, deixando-a louca e acordando repentinamente. Logo percebe que está ofegante, e o homem, tremendo.

— Ah, e tem uma coisa que eu lembrei de fazer agora. Certeza que irá adorar.— Diz a garota indo para uma gaveta de sua cômoda. Um cheiro forte podre domina o ar, e assim ela pega pelos cabelos uma cabeça: a cabeça de Hoodie, seu proxy. — 'Hump, a hora dele já havia passado a muito tempo. — E a joga no chão, sendo rolada até o pé de Slenderman.

Desgraçada. — Ele passa seus tentáculos em sua cabeça, e ela desmaia.

Ele está vivo.

_____________________

Hey! Tudo bem com vocês?
Espero que sim.

Mais um capítulo para vocês. Estou em POA, por isso não estou postando muito. Enfim, até o próximo capítulo. <3

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 20, 2018 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Luar Sangrento - Um Conto Creepy Nunca ContadoOnde histórias criam vida. Descubra agora