[...] Ava acorda de seu transe momentâneo e percebe que estava deitada em um espaçoso quarto, com detalhes rústicos de uma cor vinha, contrastando com o piso de madeira e os detalhes florais e antigos. Ao ver seu reflexo naquele lugar estranho, se espanta: Ela se encontrava com seus cabelos antes negros agora esbranquiçados presos sobre assessórios de rosas sobre um tom amadeirado e delicadamente púrpuros, seus olhos negros como o vidro refletiam sobre o espelho. Sua pele estava em um tom pálido, se destacando por um sombreado em seus olhos, sua boca roseada e suas maçãs também levemente avermelhadas.
E não termina por aí. Suas vestes haviam mudado, e estava com um vestido curto floral com um tema mais sóbrio, uma blusa de coloração bordô que havia mangas longas e badados ao final dela, onde encontrava-se seus pulsos. Estava também com uma meia calça rendada em branco e saltos da mesma cor de sua peça de vestuário, com detalhes em dourado. Uma verdadeira boneca.
— Finalmente acordou, bonequinha. Sabe quanto tempo passou? Hump, acho que não. Gostou de suas modificações? Ainda há muito que melhorar, pois é defeituosa. — Perguntou e argumentou
o avermelhado, entrando em seu quarto e se acomodando em sua cama.— Onde estou? — Questiona a garota. Aquilo literalmente não fazia parte do plano dele.
— Me responda primeiro. É uma tremenda falta de educação ignorar perguntas. — Ordenava o estranho.
— É uma tremenda falta de respeito sequestrar uma inofensiva garota, Toymaker, muito menos observá-la durante dez anos em absolutamente tudo. — Já dizia a pálida, virada de costas para ele com um olhar profundamente perdido, como se estivesse sendo controlada. Logo o mestre dos brinquedos levanta um alerta em sua mente, enquanto sua outra parte já desconfia desde o começo.
— Se comporte como uma verdadeira boneca, ou terei que ensiná-la? - Falava com deboche o rapaz, chegando perto da jovem. Logo é segurado fortemente por uma mão, e furado com as longas unhas da mesma. A garota se vira roboticamente a seu encontro.
— Não se preocupe, — A menina falou, com um sorriso reconfortante, mas ainda parecendo controlada. — Irei me comportar bem.
— Assim espero. — Diz o criador se retirando. — Nunca mais me desobedeça, Aya. Não sabe do que sou capaz.
— Claro, mestre. Aliás, posso te fazer uma pergunta? — Pergunta senhorita Chevalier, fazendo o avermelhado parar em frente à sua porta.
— Para uma dama com cortesia e disciplina, farei uma excessão. — Responde-a com uma clássica saudação.
— Eu.. — A jovem moça cora repentinamente por vergonha. — P-Posso te.. tocar?
— Com uma condição em troca: — Diz levantando seu dedo indicador. — Torne-se minha, apenas minha boneca sem pestanejar.
— Q-Quer dizer.. de corpo e a-alma? — Questionou envergonhada e surpresa, virando seu rosto para o lado.
— Isso mesmo minha amada. — Falou com um sorriso.
— A-Aceito. — Aceitou timidamente. Logo o garoto foi para o encontro de seu colo, colocando-a sentada em um sofá delicadamente e em seguida acomodando sua cabeça no local. Ela começou a passar sua mão pelo seu cabelo, seu rosto, pescoço, braços e pernas, até chegar em seu peito. — E-E-Espere.. — Fala com sua acalmante voz.
Ela então foi a sua gaveta e pegou um pequeno frasco que havia lá. Voltou a sua antiga posição e posicionou suas mãos a seu peito.
— O QUE ESTÁ FAZENDO? — Gritou o artesão de bonecos pelo fato da garota enfiar sua mão em seu peito, retirando sua caixa de música azul. Logo foi ouvida uma risada psicótica da menina.
— Você realmente achou que eu era inofensiva? Não me faça rir novamente, odeio piadas. Mas sabe, como gostei de seus olhos e de seu cabelo, irei contar dois segredos: todas as memórias que tivera comigo, são falsas. Nunca frequentei um orfanato, nunca tive amigos. Ah, e sabe o incidente de Jeffrey Woods? Seria irônico se soubesse que fui eu que causei tudo isso. — Dizia alegremente brincando com a caixa azul roubada do garoto. — Últimos desejos?
— C-C-Como isso aconteceu?.. — Fracamente falava, vendo sua caixa sendo quebrada por um objeto de metal estranho, e tendo sua alma 'creepy sendo tomada de si e colocada em um frasco de vidro.
— Bons sonhos. Aliás, o seu principal erro foi ter retirado totalmente a sua alma humana, 'tsc. — Dizia indiferente a jovem vendo o outro cair por terra para sempre. Estava prestes a se retirar quando é puxada fortemente por tentáculos negros a parede. — Que feio Slenderman, — Começa a rir. — não imaginei que fosse vir até aqui para ver um de seus creepypastas favoritos falecendo pelas mãos de uma pobre garota. Que clichê.
— Não imaginaria que fosse capaz de matar um de meus creepypastas, impressionante. — Falou seriamente para ela.
— Estamos quites então, esguio. — Disse se pendurando em um lustre, automaticamente se soltando de seus longos tentáculos.
— Nada disso importa mais, Chevalier.— O Operador começa um novo diálogo, assim aparecendo para a jovem e chegando mais perto da adolescente. — Apenas enlouqueça, minha criança. Descanse sua mente.
Assim ela viaja em sua imaginação. Sua mente volta quando ela era menor, no entanto é mudada várias cenas, deixando-a louca e acordando repentinamente. Logo percebe que está ofegante, e o homem, tremendo.
— Ah, e tem uma coisa que eu lembrei de fazer agora. Certeza que irá adorar.— Diz a garota indo para uma gaveta de sua cômoda. Um cheiro forte podre domina o ar, e assim ela pega pelos cabelos uma cabeça: a cabeça de Hoodie, seu proxy. — 'Hump, a hora dele já havia passado a muito tempo. — E a joga no chão, sendo rolada até o pé de Slenderman.
— Desgraçada. — Ele passa seus tentáculos em sua cabeça, e ela desmaia.
— Ele está vivo.
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Hey! Tudo bem com vocês?
Espero que sim.Mais um capítulo para vocês. Estou em POA, por isso não estou postando muito. Enfim, até o próximo capítulo. <3
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Luar Sangrento - Um Conto Creepy Nunca Contado
Mystery / ThrillerNaquele lugar nada era comum, inclusive Aya Chevalier, uma jovem de apenas dezessete anos. A drama começa com uma simples garota, que devido a um desconhecido e instigante motivo, chega a misteriosa mansão da floresta de Outland. O que ela não esper...