O Assassino Da Tesoura

8ª Capítulo.

Na sexta feira acordei um pouco cedo de mais,6:00 para ser exato,pensei em voltar a dormir mas provavelmente iria perder o horário como fiz ontem. Levanto da cama,vou ao banheiro e faço toda aquela rotina matinal. Eu não tinha tempo de preparar algo para o café da manhã,um pouco de cereal já seria suficiente. Minutos depois,enquanto me distraía com a comida,ouço alguém bater na porta.

Ao abrir me deparo com Michael vestido com uma roupa de detetive.

— Você está mesmo levando isso a sério?. — Pergunto.

— Se vamos investigar a casa do Wilson precisamos ir como verdadeiros detetives,o velho sai para trabalhar e volta ao meio dia,tempo suficiente para investigar o lugar. — Responde ele entrando no meu apartamento naturalmente.

— OK,mas acho que não preciso me vestir assim. — Falei ao fechar a porta.

— Você que sabe. — Michael sorri — Vestir isso me faz lembrar os anos de trabalho.

— E por falar em trabalho preciso ligar para a Alanis.

Pego meu celular e rapidamente ligo para ela.

— Eu ainda não acredito que você deixou a garota vir com a gente,ela nem se deu o trabalho de chegar cedo. — Comenta Michael enquanto eu ainda esperava Alanis receber minha ligação.

— Bom,ela não atende. — Digo tentando ligar pela segunda vez.

— Isso,vamos antes que ela apareça.

De repente a porta da frente se abre e Alanis aparece de uma vez com a expressão furiosa.

— Ninguém vai a lugar algum sem mim. — Diz ela cruzando os braços e batendo o pé no chão.

...

Logo após um breve momento de discussão nós três decidimos entrar em ação. Meia hora depois Alanis e eu estávamos parados em frente ao meu apartamento esperando Michael que foi buscar o carro dele no outro lado do quarteirão,acredito que ele tenha estacionado o veículo em outro lugar para evitar ser seguido...coisa de gente paranóica.

— Você tem certeza que ele toma os remédios certos?. — Pergunta Alanis.

— Ele diz que sim. — Respondo.

— E eu digo que não...

Eu não pude segurar o riso quando ela falou aquilo,toda essa situação seria bem engraçada se não fôssemos investigar a casa de um velho rabugento.

Nesse momento Michael para o carro um pouco longe de nós e começa a buzinar freneticamente. Alanis e eu caminhamos em direção a ele.

— Não acha que teria sido mais prático ter estacionado o carro perto?. — Pergunto enquanto abria a porta do veículo e sentava no banco da frente.

— Concordo. — Alanis se acomoda no banco de trás.

— Todo cuidado é pouco. — Diz ele olhando desconfiado para as poucas pessoas que passavam na calçada.

Seguimos em frente...

No caminho tentei me distrair com conversas aleatórias,eu conseguia disfarçar meu nervosismo muito bem...não por muito tempo. O que eu sabia sobre o senhor Wilson era que ele é jardineiro a anos,sua personalidade misteriosa sempre me deu calafrios des do primeiro dia que eu o vi,mas que talvez não fosse o suficiente para incrimina-lo dessa forma.

Logo chegamos em frente a casa do velho. Michael estaciona o carro bem em frente a residência e nós permanecemos dentro do veículo por um bom tempo.

— Lembrando que vamos invadir a casa de um senhor de 60 anos,precisamos fazer isso da maneira mas sigilosa possível. — Falo em um tom baixo.

— E o que eu faço?. — Pergunta Alanis de forma inconveniente.

— Você ficará aqui de vigia,caso o velho volte basta apenas enviar uma mensagem para o Gustavo e assim nós saímos da casa. — Explica Michael.

— Então eu só faço isso?. — Diz ela indignada.

— Vai ser mais seguro para você ficar aqui em segurança. — Respondo de maneira calma.

— Tudo bem. — Sua expressão se torna mais suave com minhas palavras.

Michael e eu saímos do carro e andamos em direção a casa de dois andares que tinha uma estrutura bem antiga. A ação de verdade estava prestes a começar...

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(Continua No Próximo Capítulo)