Salvando mais uma vida || Tom Holland|| T.H.|| Homem Aranha

La Llama De La Pasión

~Homem Aranha~

-Obrigado pela ajuda mais uma vez Aranha!- dizia o policial Garcia- Sempre bom contar com você

-Por nada! Sempre bom poder ajudar

Dito isso lancei minhas teias pelos prédios, não podia perder tempo, afinal, amanhã é o primeiro dia de aula. Não que eu realmente precise me importar tanto, mas como é o último ano quero me empenhar mais do que nos outros, e tem sido mais difícil depois de começar essa vida dupla. Quem diria que o nerd do terceiro ano seria o herói da cidade não é? A vida pode ser irônica as vezes...

Parei no beco próximo de casa, peguei a mochila escondida entre as caçambas e me troquei.

Chegando em casa Tia May estava aos prantos assistindo novela mexicana

-O que aconteceu dessa vez?- Disse sentando-me ao lado dela e roubando de sua pipoca

- Juan finalmente pediu a Maria Carmén em casamento, mas a maldita da abuelita viu e contou tudo pro Marco Antonio, que contratou capangas pra matar ele- Ela chorou mais

-Se ele morrer me avisa- Peguei minha mochila e fui pro meu quarto

Tomei um banho rápido e coloquei meus pijamas, quando ia me deitar meu celular vibrou, fui até o carregador

"ah qual é"

Foi meu primeiro pensamento ao ver o chamado por mim, Ned tinha feito um aplicativo que conectava o meu celular ao rádio da polícia, ele digitava o chamado e eu, no caso o Homem Aranha, ajudava

-Bom, pelo menos é aqui no Queens

Me troquei rápido e sai pela janela, andei dois quarteirões e lá estava, dois homens grandes e um magricela sem jeito, vestidos de preto, formando uma meia lua em volta da parede

-Para por favor!- Uma voz feminina chorosa soou entre eles

-Você não tem mais nada ai? Tem certeza?- O homem riscava o canivete na parede

-Eu juro, não tenho mais nada!- Ele resmungava

Com minhas teias eu prendi a mão do homem com a faca na parede

-Merda!- Ele gritou, e logo as duas mãos estavam imobilizadas

O magricela começou a correr, mas antes que pudesse dar mais dois passos os pés já estavam grudados no chão, e ele caiu, o outro homem grande veio em minha direção, se preparando para me atacar, mas com um chute não tão forte o coloquei no chão, e logo estavam todos imobilizados pelas teias.

-Acho que isso aqui é seu- Peguei a mochila azul claro da mão do corredor magro e a entreguei

-É sim! Muito obrigada! - Ela pegou rápido e me abraçou

-Só to fazendo o que faço de melhor- Dei de ombros- Ele te machucou?- Perguntei vendo um risco de sangue em suas bochechas

-Ah, isso aqui? Não foi nada- Ela limpou a mancha com a manga do moletom

-Então tudo bem, eu já vou in- Ia terminar de falar mas ouvi um mugido de vaca

-Ah, meu celular- Ela falou correndo em direção ao último ladrão- Tá com você né!? Seu canalha- Ela se preparou para um chute

-Calma! Calma! Não precisa disso não moça! -Ele gritou

Ela olhou pra mim, como se esperasse uma aprovação

-Um chute só não mata ninguém- Ela sorriu e o chutou

-E da próxima vez, não atrapalhe uma dama de chegar em casa quando La Llama De La Pasíon está passando- ela pegou o celular e bufou

-As mulheres estão se contaminando com essa novela- pensei alto

-É incrível! E esses três me fizeram perder!- ela mostrou o dedo pros três

-Hoje Juan e Maria Carmén noivaram, e Marco Antonio mandou matá-lo depois que a avó doida contou pra ele

-O quê?!?! A abuelita fez o que?!?!- Ela arrumou a mochila nas costas- Eu tenho que ir, tchau, e obrigada mais uma vez- Ela deu um beijo na minha bochecha, com a máscara, e saiu correndo

-Quer uma carona? -Perguntei sem pensar

Ela olhou pra trás, sorriu, e acenou que sim com a cabeça.

-Segura!!- Sai correndo, ela entrelaçou o braço em meu pescoço e logo estávamos nos pendurando nos prédios -Pra onde?

-Esquerda, direita, dois quarteirões, direita, chegamos!

Coloquei-a no chão, no prédio vizinho ao meu

-Essa com certeza foi a coisa mais legal da minha semana- Ela sorria

-Andar comigo ou quase ser assaltada?- Perguntei irônico

-Você quase ganhou- Ela disse sorrindo- Tchau, de novo

-Tchau- sussurrei quando ela entrou no prédio

Caminhei até o prédio ao lado, subi até a janela do terceiro andar e entrei no meu quarto, coloquei novamente os pijamas e capotei na cama, afinal, amanhã começaria tudo de novo