Dor

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Storybrooke calma, Em ordem, A chuva corria pelo telhados, janelas deixando seu belo e poético som atingirem os ouvidos de uma Regina Mills que desgustava seu chá já gelado em frente a janela do seu quarto enquanto observa as gotas irem de encontro ao chão ou outra qualquer superfície sólida em que pudessem de certa forma repousarem sobre. Regina apenas sabia aproveitar aquele momento, Não conseguia prever qualquer visita indesejada que pudesse acabar com aquele momento, Mas de certa forma sabia que ninguém viria...E de certa forma agradeciaos mentalmente por respeitar seu momento. Pousou a xícara no criado-mudo, respirou profundamente o vento teimoso que ousava atravessar a brecha da janela para competir com a frieza instalada dentro de sí e por um segundo, um sorriso no canto dos lábios pintados poderia ser notado ao compará-lo com a loira Swan que era tão petulante quanto a corrente fria. O coração acelerou quando fechou os olhos e aqueles olhos, aquele rosto veio em seus pensamentos e ela podia jurar senti-lo ao seu lado, podia jurar que ainda o tinha ali, Mas o medo de abrir os olhos vinha junto a realidade de se encontrar mais uma noite sozinha naquele quarto. Regina não reclamava, Desde a morte de seu querido Robin Hood é esses seus dias, suas tardes e noites...Trancada no quarto evitando qualquer alma viva e tendo como compania seu chá, seu caderno e sua caneta. E foi nisso que seu olhar mirou assim que sentiu necessidade de conversar com o tempo daquela maneira silenciosa e escrita, era o que ainda salvava Regina de se engasgar com suas emoções muito bem camufladas...As vezes achava que aquela era sem dúvidas a sua melhor "magia". E foi com esse pensamento que Regina sentou-se em sua escrivaninha, abriu seu velho livro, segurou sua caneta com uma firmeza que a surpreendeu pois quase não se alimentava e apesar de ser firme com sua saúde, Aquilo já não a importava mais depois que seu coração e sua mente adoeceram. Um suspiro, O primeiro risco e deixou seu coração vagar por cada linha

Carta

Você me encontrou com o coração aos pedaços, com a alma ferida e a dor massacrando cada pensamento feliz que em mim habitava. E com sua coragem, Não teve medo de se cortar com os meus pedaços quebrados, os reconstruiu, os juntou novamente...E curou minha alma de uma dor persistente. Você acreditou em mim, Segurou minha mão quando meu coração se encontrava obscuro, Dolorido. Você me mostrou que finais felizes eram possíveis, Que o amor era possível. Mas tiraram você de mim, E outra vez me encontro em pedaços, outra vez me encontro no escuro... Um escuro que só a imensidão dos seus olhos eram capazes de me tirar.

                                             Regina Mills.

Fechou o caderno, guardou a caneta, levantou-se e voltou a mirar a janela novamente com sua xícara que já tornara-se uma mania para que talvez preenchesse algo que ela mentalmente sabia que nem sabia do que se tratava, Mas precisava dela em mãos...Tornou-se uma rotina que de certa forma a mantinha viva, mas isso ela já não certeza e muito menos queria.

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