Aos olhos de Henry Mills

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(Algumas pessoas me pediram para escrever sobre a reação do Henry...então, vamos lá! Espero que gostem.)

Há uma semana Henry passava em frente a casa de sua segunda mãe, esperando ansiosamente enquanto esfregava suas mãos uma na outra na tentativa falha de transmitir calor, na esperança de que ela fosse olhar para ele e que seu amor fosse maior do que toda a dor e luta interna que ela tivesse passando. Ele sentia que poderia ajudá-la e queria mais que tudo fazer isso, mas ela era tão relutante quanto o cavalo que ele e sua mãe Swan acalmaram com abóboras uma vez. Era impossível. Ele olhava para a janela do outro lado da rua e sentia que ela a olhava de volta algumas vezes, conseguia sentir seu calor apesar da distância de seus corpos e o grau abaixo de zero que Storybrooke fazia.

- Mãe...me deixe entrar...

Ele não disse, mas foi o que sua mente proferiu quando fechou seus olhos...ele aguentava o que podia naquele vento para que pudesse ter um o mínimo de paz que seja em saber que ele estava tentando...ele queria trazê-la de volta. Os dias foram se passando e Henry tentava traçar um plano com sua família, Gold tentava de todas as formas através de suas magias saber sobre Regina, mas escondia do menino o que de fato se passava com a prefeita dentro daquele cômodo. Não queria assustá-lo. A verdade é que Gold não sentia mais a magia da Rainha, pelo menos, não a força que a mesma emitia...tudo passou a ser apenas uma pequena corrente de eletricidade que não era capaz de fazê-lo arrepiar os pêlos do corpo e ele mantinha a verdade escondida do menino, enquanto verdadeiramente confessava a Swan que cada dia que passava, por mais que não admitisse,  dormia e acordava pensando no que a morena arrogante estava fazendo dentro da sua torre impenetrável. A verdade é que Emma temia por Henry, o menino já não tinha mais o brilho de antes e sim apenas a determinação de tirar sua mãe daquele lugar e poder ficar ao lado dela, poder senti-la novamente. Cada palavra de Gold a feria de uma forma diferente, afinal, mais uma vez se viu de mãos atadas não sabendo como cessar a agonia do filho e por um fim a tudo isso.
Os dias se passaram até que finalmente desenvolveram uma forma de quebrar a magia de sangue envolta da casa tão bem feita que nem Henry após levar um choque ao tentar girar a maçaneta foi capaz de quebrar. às 16:45 da tarde todos se viram de frente a casa da Regina, observaram milimetricamente cada canto e Henry novamente sentiu que os olhos dela o observava e agradeceu silenciosamente que ela ainda estava viva, ou pelo menos que seu coração ainda batia. Esperaram o restante do pessoal chegar para que começassem o trabalho, Gold se juntou a eles e atravessaram a rua ficando assim no gramado da casa trancada e tão silenciosa que poderiam jurar que ninguém nunca chegou a morar ali dentro, mas os pensamentos de Henry dos momentos felizes que teve atrás daquela porta mostravam o contrário. O menino assim como o grupo se aproximaram da casa, Gold usou sua magia para afetar a de Regina apesar de ser totalmente arriscado já que sabia sobre a situação dela, mas o fez enquanto olhava para Emma que entendeu que aquilo poderia haver consequências. Gold sentiu que com certeza  onde quer que Regina estivesse sentiu sua magia e não conseguiu revidar, em um vacilo do campo de proteção, Henry enfiou a mão na maçaneta e conseguiu abrir a porta. Todos entraram e olharam os cômodos abaixo, Henry foi o único que já se dirigiu ao andar de cima e antes que chegasse finalmente ao quarto de sua mãe e pudesse abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem, sentiu uma pontada em seu coração que o fizera parar. Um grito vindo do quarto foi ouvido pelo garoto que olhou para a porta sentindo seus olhos marejarem, suas pernas perderam a força e não sentia mais a capacidade de movê-las, sentiu uma mão em seu ombro e não fez sequer menção em olhar de quem se tratava, mas virá Swan passar por ele com Gold, Mary, Belle e David até o quarto. Sua mente gritava que ele estava errado sobre o pensamento que se passava por ali, mas seu coração batendo forte denunciava algo comprovado pela voz de sua mãe chamando por Regina. Seu corpo finalmente voltou a obedecê-lo e Henry pode finalmente correr para dentro do quarto e para ao se deparar com a pior cena de sua vida, aquela que o criou, que passou noites em claro o confortando contra seu peito nas noites de dores ou manhas agora deitada sobre a cama pálida, magra e sem vida. Henry deu dois passos e todos que estavam ali presentes se afastaram do corpo da mulher, seu olhar estava paralisado, sua fase incrédula, sentiu que pisará em algo e olhou para o chão vendo as cinzas que o trouxeram a realidade: Regina Mills, sua mãe...estava morta. Um grito poderia ser ouvido talvez por toda cidade enquanto Henry agarrava o corpo gelado de Regina contra o seu, suas mãos passeavam pelos fios mautratados da mulher enquanto gritava para que ela voltasse, que não era justo, que ela o deixará ali. Sua voz se calou e todos respeitaram seu momento, não se aproximaram nem disseram uma palavra e a única coisa que podia ser escutada naquele quarto era o começo do refrão da música que Regina escutava

Cartas de Regina Mills Onde histórias criam vida. Descubra agora