(Obs: Perdão, tive que postar o anterior e este novamente, quem comentou o que apaguei...Comentem novamente, por favor. Boa leitura)
Pela fresta da cortina Regina admirava seu menino encostado ao fusca amarelo da mãe loira observando a casa, Correndo seus olhos por cada local na esperança de encontrarem o olhar de uma mãe que silenciosamente deixava as lágrimas caírem. Uma semana, uma semana sem tocar aqueles cabelos castanhos, sem permitir sua entrada na casa protegida com magia de sangue, Sem ouvir o doce som de sua voz dizendo que tudo ficaria bem, mas ela sabia que era melhor assim...Pois nada ficaria bem novamente. Escondeu-se mais depois de ver Mary, David, Belle e até mesmo Gold aparecerem ao lado de fora e ficarem observando a casa, resolveu afastar-se da janela e encarou sua jarra com chá já na metade e consequentemente fria em seu criado mudo, resolveu que não manteria seu "ritual" de tomá-lo em frente a janela e antes de escrever, ao invés disso, Juntou as poucas forças que tinha e colocou uma roupa depois de tirar aquele roupão, ajeitou os cabelos antes perfeitamente alinhados e agora tão mautratados, olhou-se no espelho e realmente não gostou do que viu, Uma morta viva se encarava nos olhos e isso ela jamais pensou que aconteceria. Aumentou um pouco o som, não o suficiente para que os de fora escutassem, preparou sua escrivaninha, Colocou o líquido frio na xícara e agora mais perto da cama, se dirigiu novamente até a escrivaninha, sentou-se e começou relembrar os inúmeros autores que já inscreveram sua história e a curiosidade se seu presente já estava destinado a acontecer pairou em seus pensamentos, pensando nisso é que sua mão magra e já sem forças, começou a escrever agora uma letra nem tão perfeita sobre o papel em uma linha agora nem tão reta pela firmeza de sua mão
Carta.
Por que juntar meus pedaços para quebrá-los de novo? Por que me encherem de esperanças e depois estragarem tudo que eu achava ser verdadeiro? Por que me darem esperanças de um final feliz e fazerem a realidade bater em minha porta e mostrar que eu nunca vou conseguir minha tão almeijada paz? Eu suportaria tudo, Suportaria os olhares de ódios, A descrença do meu futuro, eu suportaria qualquer dor. Mas pra quê me fazerem sofrer com a dor de perder aquele que lutou por mim? Que viu a mulher por trás da rainha má? Engraçado, Todos os dias vejo pessoas se dando bem, pessoas alcançado sua felicidade... Enquanto a minha? Por mais que eu lute, por mais que eu tente, Por mais que eu me machuque com a arma chamada " Esperança"...Ela parece estar cada vez mais distante de mim? Parece escorrer por meus dedos e eu sem ter forças para impedir. Se não me querem ruim, se me querem feliz...Por que tiram de mim a força para ter fé? Qual é o significado de felicidade para vocês? Com certeza não é o mesmo significado que o meu. PAREM DE ME DAR ESPERANÇAS, Parem de reconstruir meu coração para quebrá-lo de novo. Doe, doe muito! Eu não serei forte pra sempre...Eu não sou inquebrável. Ninguém percebe...Não se pode quebrar o que já está quebrado. Eu tentei, eu juro que tentei...Mas quebrou demais, sangrou demais...Machucou demais! Não tem cura!
Era uma vez, Regina Mills...
Sentiu a respiração falhar, Seu corpo amolecer, resolveu fechar o caderno e ir para a cama. Sentou-se, pegou sua xícara já cheia, deu um gole e fechou os olhos para desgustar e marcar na memória aquele sabor, se perguntou se todos continuavam lá fora e o porque estavam ali, Mas resolverá não pensar muito nisso senão poderia trair a sí mesma. Deitou-se, encarou o teto, respirou fundo e colocou a mão em cima do seu peito e em segundos, Segurou um grito de dor! Levantou a mão para ver o coração fraco agora pulsando em sua mão, Imaginou como um dia ele já bateu freneticamente por tantas sensações, emoções, Acontecimentos e hoje ele apenas bate por modo de sobrevivência, uma sobrevivência que a dona dele já não fazia mais questão. Correu os olhos por cada canto do quarto e sorriu em despedida para a foto do filho na escrivaninha, falhou em segurar o choro e sentiu a magia que protegia a casar ceder. Eles conseguiram! Ouviu a porta abrir e passos rápidos começarem no andar debaixo e viu que não tinha muito tempo, e ouvindo os passos cada vez mais rápidos se aproximarem...Regina Mills deixou que eles ouvissem sua última força sair por um grito de dor. Sua mão caiu. Um pó cinza se espalhou pelo chão. seus olhos se fecharam e seu coração, agora em cinzas...Dançou pelo chão guiado por aquele vento teimoso que Regina sentiu antes de ir encontro ao horizonte e com o pingo de esperança que havia em sí...Ao seu verdadeiro amor.
Ela estaria em algum canto cuidando daqueles que um dia se disporam a cuidar dela, Mas ela já desistirá de cuidar de sí mesma e talvez tenha sido sua melhor decisão...Ter paz em seu coração!
FIM!
Não me matem! Eu tinha esses textos/cartas escritas há um bom tempo e tive essa ideia de criar essa fic de três capítulos consequentemente trágicos. Comentem POR FAVOR, Foi uma forma diferente de escrita e gostaria muito de saber o que acharam. Obrigada por lerem " Cartas de Regina Mills", e, para quem não sabe...Tenho uma fic de OutlawQueen que chamasse: " OutlawQueen- não vou desistir de você ". Dêem uma passada no meu perfil caso tenham curiosidade e conheçam minha história para este casal.
Beijoss, obrigada!
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Cartas de Regina Mills
Short StoryTranque-se, Respire, Feche os olhos, deixe as lágrimas caírem. Uma caneta, Um caderno e um coração...Em milhões de pedaços! Três cartas, Um destino! isso que Regina Mills decidiu.