Vivendo Imprudentemente

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[Emma pov]

- Então... – digo e minha respiração sai em pequenas lufadas de fumaça no ar, devido a noite fria. – Resumindo, todas as suas ações foram meramente calculadas para que nosso relacionamento não passasse de amizade, pois você achou que eu era comprometida...

No céu já não havia mais nenhum rastro de sol, e agora a noite trazia consigo a sua beleza. Inúmeras estrelas brilhavam e devido ao frio, não havia nenhuma nuvem cobrindo seu brilho. Era o cenário perfeito para escritores e roteiristas, o cenário que tornavam um momento especial e inesquecível. Era clichê, mas por mais que reclamem, ninguém consegue resistir a esses clichês.

Assim como na noite que soube que Zelo era meu vizinho, estávamos sentados na mesa que tinha no terraço, com o vento congelando meu rosto e olhando para cidade na nossa frente. Até mesmo nos meus momentos românticos poderia dizer que aquele poderia ser o nosso lugar, nosso refúgio. A diferença entre as duas noites, era que agora ao invés de estar na fase de acreditar que meu vizinho era Choi Junhong, eu estava na fase de acreditar que o mesmo tinha sentimentos por minha pessoa. Porque, convenhamos, era mais fácil acreditar que era tudo um sonho.

Mas, a leve pressão de sua mão sobre a minha, dizia que era tudo verdade. E que os batimentos acelerados do meu coração e as borboletas no meu estômago (outro clichê) eram reais, e não frutos de um sonho criativo. 

- Humm... sim. Basicamente é isso. – diz Zelo ao meu lado, então um pequeno rastro de sorriso surge em seus lábios. – Mas em algum momento me perdi. Não demorou muito e já não estava mais a vendo como apenas uma amiga, fazendo com que em algumas vezes esquecesse que estava namorando. Quando o que achei que fosse a realidade ficou diante de mim, descobri o que realmente sentia e toda e qualquer determinação que eu tinha reunido foi para o ralo.

- Quando me beijou?

Vejo-o assentir e abro um sorriso ao lembrar da cena. “Acho que isso responde as suas perguntas” ele dissera. Na época não havia entendido, mas agora fazia sentido.

- Então depois me dei conta do que havia feito. Que poderia te deixar desconfortável... Então disse aquelas coisas. – continua.

- Deixa eu lhe informar que mesmo se eu realmente tivesse namorado, você dizer que me beijou porque estava bêbado, não iria me deixar menos desconfortável.

- É, eu me toquei disso depois... e me arrependi novamente.

Rimos e sinto um leve arrepio quando as pontas de seus dedos tocam minha bochecha ao retirar uma mecha de cabelo rebelde. Ele a coloca atrás de minha orelha e solta um suspiro.

- Após me dar conta do meu erro, decidi que, mesmo a rejeição sendo certa, eu iria dizer meus sentimentos a você. Já havia sido egoísta por beijá-la sem seu consentimento, o mínimo que podia fazer era pelo menos explicar da forma correta sobre meus atos. Quando Selly apareceu e disse que era tudo um mal entendido... – Ele ri - ...Hum.. Se os Hyungs me ouvissem agora iriam me zoar a vida inteira, mas, ao ouvir que você não tinha namorado... Bom... Acho que nem quando debutei me senti tão feliz. – diz e foi necessário uma dose de autocontrole para não apertar suas bochechas.

- Ah, o que faço com você? Você é fofo demais! – digo por fim e riu quando ele me lança um olhar irritado.

- Sabe que não muito legal homens serem chamados de fofos, isso atinge nossa masculinidade.

- Ué, então porque vocês usam aquelas coisas fofinhas em fansign? – Não vou negar, estava me divertindo com sua reação.

- Não podemos fazer nada, já que são os fãs que pedem.

The Boy Next Door - Zelo FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora