Capítulo 14 - Descobertas

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Eu e o Théo descemos para a sala onde a Dani e o Lucas estavam e, como eu já esperava, o Lucas sabia.

Lucas - Então eu vou ser titio?

Théo - E eu vou ser papai!

Eu - Não vão comemorando muito cedo porque eu que vou ser mamãe tá?

Eu estava tão decepcionada mas mesmo assim uma sensação de alegria percorria meu corpo, principalmente na minha barriga. Tivemos que ir embora mais cedo para podermos contar o quanto antes possível para nossa família.

Dani – Como você está se sentindo amiga?

Eu – Você sabe, agora tenho duas barrigas pra alimentar né?

Dani – Vixi! Vou ter que esconder minha geladeira quando você for lá em casa então!

Eu – Para! Eu nem como tanto assim! É ele! - falei, apontando para a minha barriga que estava praticamente igual.

Dani – Falando nisso, você tá de quanto tempo?

Eu - Não sei, mas acho que só uma semana ou menos, minha barriga está igual.

Deixamos a Dani e o Lucas na casa deles e fomos para a casa dos pais do Théo. Chamamos a minha mãe e ela disse que ia chegar mais tarde.

Mãe do Théo (Cristina) - Théo, seu pai está no trabalho, pode ser comigo?

Théo - Isso é a senhora quem decide!

Cristina – Deve ser coisa séria porque você nunca me chama de senhora!

Eu - Então... Eu conto ou você conta Théo?

Cristina – O quê?

Théo - Eu vou ser pai.

Eu – A senhora me desculpa, não foi por querer, eu sei que...

Cristina – Eu. Vou. Ser. Vovó?

Eu – Si-sim

Ela me abraçou tão forte que eu fiquei com medo do bebê nascer ali mesmo.

Théo - Você não está brava mãe?

Cristina – Claro que estou, que falta de responsabilidade! Mas ter um netinho era o meu sonho!

Eu - Nós chamamos minha mãe aqui para falarmos com ela...

Cristina – Pode deixar que eu ajudo vocês.

Nisso minha mãe chega e senta, com uma cara de preocupação impossível de esconder.

Minha mãe - A que devo a honra?

Eu - Mãe, eu...

Minha mãe - Sim.

Théo - A Amanda está grávida.

Minha mãe - O quê?

Cristina – Calma, calma. Sua filha está grávida, é isso.

Eu – Desculpa mãe!

Minha mãe - Não vou me irritar, não vou... Depois nós conversamos, Théo e Amanda. Hoje eu estou relativamente calma. Vou para casa e amanhã quero vocês lá! - ela fala, saindo da casa.

Eu – Ela nunca vai me desculpar! - me desabo a chorar.

Théo - Claro que vai, vem cá! - ele me abraça.

Cristina - Vão para casa, descansem, e depois nos falamos. E Théo, vou falar com seu pai quando ele chegar, depois te aviso.

Fomos para casa e eu tentei ficar o máximo possível relaxada, o que era difícil. O Théo me entende completamente e não me deixa mais estressada, só mais calma. Acho que, mesmo sendo cedo, meu filho, ou filha, vai ter um bom pai.

Eu - Você acha que vamos cuidar bem dele, seja menina ou menino?

Théo - Acho que vamos ser pais legais... Mas se for menina eu não vou deixar nenhum menino chegar perto, tá ouvindo bebê? - ela diz, fingindo estar falando com a minha barriga.

Eu – Para de ser ciumento, o máximo é de que você espere que ela namore um cara igual você, né?

Théo - Isso foi um elogio?

Eu – Claro que sim, né?

Théo - Bom mesmo. Eu não vou deixar você comer igual a sua mãe pra não ficar gordinho igual ela, tá bom?

Eu – Cala a boca e dorme seu chato! Boa noite.

Théo - Boa noite.

Na manhã seguinte...

Acordamos e o Théo fez café pra mim, falando que grávidas não podem fazer esforço e essas outras coisas. Mas eu estou preocupada mesmo é com a conversa que vamos ter com a minha mãe hoje... O Théo também vai então estou mais calma, mas mesmo assim vou levar uns protetores auditivos, só por precaução... Coloco uma roupa, arrumo meu cabelo e espero o Théo para podermos ir para a casa da minha mãe.

Quando chegamos lá, minha mãe já está nos esperando, sentada no sofá. Sentamos lá e começamos a conversar

Mãe - Vocês têm ideia do que vocês fizeram?

Eu – Mãe, foi sem querer...

Théo - Por favor, não fica brava com a Amanda...

Mãe - Pelo menos eu sei que o bebê vai ter um bom pai...

Théo - Obrigado...

Eu – E os meus estudos, a faculdade?

Mãe - Você vai fazer a faculdade, quando ele nascer, eu cuido dele ou a Cristina, afinal, vamos ser vovós, não é? - ela me abraça.

Mãe - Quanto tempo?

Eu - Não sei, acho que uma semana ou menos mesmo...

Mãe - Daqui um tempo faremos sua primeira consulta, ok?

Eu – Ok... Quanto tempo?

Mãe - Um mês ou dois. Até lá, o Théo cuida de você, não é?

Théo - Claro que sim, já cuidei por 3 anos, e amo esse trabalho.

Mãe - Que bom...

Saímos e fomos para um parque ali perto onde tinham várias crianças. Pedi um sorvete para o Théo e ele comprou.

Eu – Um dia nosso filho vai estar brincando nesse parque, todo feliz da vida...

Théo - Eu já o amo antes dele nascer, não é coisinha fofa? - ele de novo fala com a minha barriga.

Eu – Amo você papai! - eu falo

Fomos para casa e acabamos dormindo porque, como o próprio Théo disse, quando o bebê nascer, não teremos tempo para isso...  

Eu, AmandaOnde histórias criam vida. Descubra agora