Capítulo 4 - Formatura

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Segunda, 5 de Outubro de 2020

Eu e a Dani falamos muito sobre a formatura dia 9, na sexta, onde vamos ficar até segunda. O namorado dela, Lucas, vai com ela no banco do ônibus, e aí você me pergunta "E você, com quem você vai?". Boa pergunta, eu não sei.

A Sofia e a Manu, neste momento, estão no refeitório com a gente, falando sobre tudo que vão levar para a viagem, inclusive comida, comida, comida e cobertores e travesseiros. A Dani e eu somos LOUCAS por coisinhas fofinhas, e vamos levar nosso ursinho da amizade (é, você leu certo, nós temos um ursinho da amizade)

Depois de lanchar, eu vou para o corredor pegar minhas coisas para a educação física, e coincidentemente, eu encontro a Carol, mexendo na minha bolsa.

Carol – Oi querida! Tudo bem?

Eu – Claro, querida! Agora, o que você fazia mexendo ali? Tá procurando uma maquiagem melhor que a sua?

Carol – Calma, me falaram que você pegou o meu anel que o Rafael me deu, invejosa.

Eu – Quem foi o ser humano que te falou isso? Primeiro que eu não encosto nas suas coisas, e segundo que se eu já tivesse pego, você acharia no lixo. Agora, cai fora.

Vejo ela saindo brava. Eu não peguei o anel dela, muito menos o que o Rafael (o menino que eu gostava) deu pra ela. Não chego a esse ponto.

Sexta, 9 de maio

Já combinei com a Dani que eu chegaria 7:00 na escola, e ela também. Agora são 6:30 e eu estou saindo de casa, mas a garota me manda mensagem falando que vai chegar lá 7:20 porque acordou atrasada, pra você ver a responsabilidade da Daniela né?

Eu entro no carro, ligo o rádio e dirijo. Mentira, minha mãe dirige até a escola onde já tem alguns alunos e me deixa lá.

Mãe - Filha, promete que vai se cuidar e vai ligar pra gente quando chegar.

Eu – Tá bom mãe. Te amo e vem me buscar segunda as 19:00, tá?

Mãe – Te amo, tchau! Venho te buscar, claro!

Assim eu me despeço da minha mãe e vou correndo para dentro da minha sala onde os alunos esperam para ir. Ainda são 7:00 e eu tenho que esperar 20 minutos para a Dani chegar. O Lucas já está aqui, e o menino que eu gosto, Théo, está conversando com ele. O Rafael tem ciúmes de mim com o Théo, mas eu vou fazer o que? Ele não gostava de mim, e agora eu não gosto dele.

A professora chama todo mundo, porque o ônibus chegou, e a Dani não chegou ainda, eu ligo pra ela, mas ela não atende nenhuma vez. Mas, para minha surpresa (e felicidade), ela chega, e eu começo a brigar com ela pela irresponsabilidade de uma garota de 14 anos, que tem quase 15, e que não consegue acordar nem pra viajar. Esqueci de falar que a Sofia e a Manu também chegaram e vieram junto com a Dani, e vão sentar juntas no ônibus. Eu estou solitária de vez agora.

Começamos a entrar no ônibus, e eu vejo um lado bom em sentar sozinha: você não precisa brigar para sentar do lado da janela. Até aí tudo bem, até que eu vejo que o Théo também está sozinho no outro banco. O que eu faço, meu Deus? Vou até lá ou fico aqui no meu canto mesmo? Eu sinceramente não sei o que eu faço.

Eu, AmandaOnde histórias criam vida. Descubra agora