i want to kiss you (I)

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Sim, o começo deste capítulo e o próximo são iguais ao capítulo anterior, com o mesmo título. O Wattpad bugou e eu tive que dividir ele em 2. Mas o final é um pouco diferente, então leiam 💕 desculpem por esta falha 🤧

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    Harry não se surpreendeu quando seu pai chegou às vinte para as dez, subindo direto para para o escritório. Era uma quinta-feira e ele não tinha absolutamente nada para fazer, então estava jogado no sofá como um verdadeiro vagabundo, com um pote de sorvete e um filme do Adam Sandler.

    Robin desceu meia hora depois, com um sorriso amarelo cortando o rosto. Harry riu, enquanto o pai se sentou no sofá e puxou um pedaço do cobertor felpudo para cobrir o corpo. Ele passou o braço pelas costas do filho, fazendo Harry se aconchegar no peito do pai.

    — Quem morreu desta vez? — Harry perguntou, procurando o controle perdido no meio dos cobertores.

    — Uma mulher chamada Julie? Não importa o nome da desgraçada — Harry riu, sentindo a bufada de irritação do pai sobre a cabeça. — apareceu do nada alegando confirmar o álibi* do acusado. O que é totalmente suspeito, porque ele nunca citou ela nos depoimentos.

    Harry contorceu a boca, pensando. Aquele era o último caso que o pai tinha pegado, aonde o marido de uma mulher, que era a cliente de Robin, havia sido assasinado em casa a três meses. A suspeita era de tráfico de drogas e rixas entre gangues.

    — O que ela faz?

    — Aparentemente é uma prostituta de algum bordel perto da Downtown.

    — Fica em Miami? — Harry chutou, sentindo seu pai bater de leve em sua cabeça.

    — Alguém andou estudando Harrey.

    — Certo — ele sorriu. — mas ela realmente estava lá?

    — Só Deus sabe, mas eu acho que não. Amanhã vamos para lá ver se achamos aonde ela trabalha e se os horários que ele nos dos depoimentos batem com o que ela realmente estava fazendo. — Harry abriu a boca para falar algo, mas morreu na sua boca quando a decepção de saber que o pai iria para outro estado amanhã lhe bateu. Robin suspirou, sussurrando um "perdoe-me".

    — Christian não pode ir sozinho? — Ele tentou, apelado para o nome do secretário. O pai negou.

    — Ele viajou para o Alaska hoje. Parece que há alguma ligação lá com o caso do Sr. Holmes, aquele que me procurou ainda quando estava em Londres. — Styles assentiu.

    — Você volta quando? — Harry perguntou, mordendo os lábios.

    — Espero estar de volta no domingo à noite. — O filho assentiu, enquanto os dois caiam em silêncio. — Você sabe que eu odeio tudo isto...

    — Está tudo bem, pai. De verdade — Disse, jogando a última frase quando viu o olhar totalmente desconfiado do pai. — Agora que tal pedirmos uma comida mexicana e olharmos Velozes e Furiosos? — Harry propôs, sentindo o pai se animar.

    — Não iríamos sair?

    — Se você quer saber, eu não to nem um pouco afim de sair desse sofá — ele gemeu — meus ossos se fundaram, aí aí. — Robin riu, concordando.

    — Certo, eu também. Então, 5? Não se esqueça que eu escolho o restaurante garoto.

    — Então vá pedir homem, eu vou colocar o filme.

    — Cuidado com a alta dose de realidade Harry. — Os Styles gargalharam e Robin subiu para pegar o celular, enquanto Harry procurava o filme para colocar na televisão.

    E apesar de certa forma, nada ter sido como planejado, a noite foi tão leve quanto Harry esperava a um bom tempo. Eles acabaram por dormir no sofá mesmo, com a televisão ligada e os potes da comida mexicana espalhados pelo chão.

    — Teoricamente, não eram os pais que proibiam os filhos de sair de casa para ir a festas quando enquanto eles viajam? — Harry indignou divertido, enquanto encarava o panfleto impresso em preto e branco, com poucos escritos. Havia uma letra padrão, ocupando quase toda a folha, em negrito dizendo "bem vindo ao inferno — primeira festa do verão". Em baixo, havia o local e o horário, seguido de um nome. Niall Horan, aparentemente o adolescente com as melhores festas milionárias da região.

    Robin riu.

    — Pelo menos eu sei que as drogas do Niall são de qualidade. Só não morra lá, peça um táxi e compre um remédio na farmácia caso você beba e boa sorte com a sua primeira ressaca. — O pai avisou, enquanto no meio da frase começou a atropelar as palavras com a última chamada para seu voo, que soou no aeroporto com a voz enjoativa é automática de sempre. Harry apenas abraçou o pai, como se não ligasse para o que ele acabava de dizer. — Até filhote.

    — Boa viajem pai. — Styles sorriu, enquanto o pai corria apressado com a clássica maleta preta masculina balançando rudemente ao lado do corpo. Harry suspirou quando ele saiu de sua visão, adentrando a sala de embarque. Ele deu uma última olhada no folheto, o dobrando e enfiando no bolso da bermuda.

    Eram quase dez horas e Harry resolveu pegar um café para encarar as ruas ensolaradas de Nova Iorque novamente — e agora, estranhamente, quase abandonado em uma selva de pedras.

    Ir a festas nunca foi o forte de Harry. Era simplesmente um amontoado de pessoas bebadas para caralho, suando e fedendo a maconha e álcool. Mas de certa forma, a música alta e os corpos juntos, peles se tocando, quentes como o inferno era de alguma forma excitante.

    Styles resolveu não pensar sobre isto, pelo menos por agora. O aeroporto era localizado no Queens, e após pegar um café bem forte no Starbucks, Harry decidiu por passear um pouco aos redores do aeroporto. Havia algumas rotas turísticas por ali, e sabia que havia um restaurante de um chef amigo de seu pai perto dali.

    O dia passou bem, com algumas idas ao Duty Free, um óculos de sol novo e vários chocolates. Harry só chamou o táxi para voltar a Manhattan quando o sol já sumia do horizonte, deixando Nova Iorque ainda mais bonita com o degrade do rosa ao roxo, enquanto o sol se escondia, dando a brecha para a vida noturna da cidade se esgueirar novamente, com os bares, cassinos e tudo o que os desejos e pecados de Nova Iorque proporcionavam.

    Eram quase oito horas da noite quando Styles resolveu se erguer do sofá e se arrumar para sair. Pegou o panfleto na mão, sentindo o papel fino sobre os dedos antes de resolver se dar uma grande para sair; talvez conhecer alguém naquela cidade fosse bom para si. E para a sua sanidade.

* Álibi considerado uma "ferramenta" do réu para provar a sua inocência, durante o processo de investigação de um julgamento criminal. Por exemplo, no caso de um crime, quando o acusado (o réu) apresenta um álibi, consegue provar que não estava no local ou hora em que a situação que o incriminou aconteceu, impossibilitando, assim, ser ele o criminoso.

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