Meu Ex namorado é Filho de um traficante ❤

capítulo 10

Assim que cheguei a sala meu "pai" veio tentar me abraçar, eu coloquei a mão o impedindo de qualquer contato.

- Fala logo oque você veio fazer aqui, minha mãe não precisa de suas lágrimas, e muito menos eu!

- filha temos que conversar eu.... Assim que ouvir ele pronunciar aquela palavra que ele nunca ousou a me ver como uma, eu o interrompi.

- não me chame de filha se você nunca ao menos teve a decência de ser um pai!

- me desculpa por tudo, me perdoa meu amor, eu me arrependo da pior forma por não ter te dado todo amor que você merece, por ter te abandonado, eu sei que isso nunca vai mudar o passado, mas eu quero fazer diferente o futuro, quero cuidar de você, ver você se formando, casando formando uma família, eu quero tudo isso e muito mais, eu quero estar contigo até meu último dia, quero fazer parte e te ajudar daqui pra sempre.

A essas alturas eu já tava chorando horrores e não havia ninguém além de mim e ele. Eu lembrei de cada vez que minha mãe chorou por causa dele, por cada vez que ela ficou triste por mim, por ele não ir me buscar pra passar o final de semana, Dia dos pais ou Natal. Eu sempre a admirei por ser mãe e pai ao mesmo tempo, por dar tão duro para pagar meus estudos e meus caprichos, eu devo a vida a ela por nunca ter me abandonado ou me tratado mal quando esse meu pai nos deixou..
- Sai daqui! Eu te perdoo, do fundo do coração eu não guardo mágoas a muito tempo, eu não sinto mais raiva e muito menos ódio, a única coisa que restou foi pena. Pena por você ter trocado a mulher incrível que era minha mãe, por ter me deixado, por ter perdido inúmeras apresentações de dia dos pais que para mim era mais um dia da minha mãe. Tudo que eu sinto é pena, eu te perdoo sim, não digo que vou esquecer de um dia para o outro, e nem que eu esquecerei pra sempre, mais que eu deixarei de lado essa dor algum dia. Eu não quero que você participe da minha vida, eu não quero nada que venha de você, eu sobrevivi por 12 anos sem um pai, eu consigo o resto da minha vida. Eu não parava de chorar, me passou tudo que eu vivi nos últimos 12 anos, as decepções, as enganações, tudo. Em meio disso tudo eu só precisava do abraço da minha mãe, ela ia saber me acalmar, ia me dar colo, eu só queria ela só isso. Vi o Vitor saindo da cozinha e vindo em minha direção, ele apenas me abraçou e me consolou da melhor forma que ele conseguiu.

- Maria Ísis, você pode até achar que eu sou o vilão da história. Mais o meu lado você nunca ouviu-se dizer, mais um dia apesar de tudo toda verdade vem atona, eu te amo muito apesar de tudo, sua mãe não é a heroína de tudo isso, e muito menos eu. Mais de vilão eu não tenho nada. Meus sentimentos, passar bem.

- Não fale assim dela seu cretino, não ouse a falar mal dela quando o único que me abandonou foi você. O Vitor continuava abraçado a mim. Acabou que o Thiago foi embora sem falar mais nenhuma palavra e eu dei graças a Deus por isso.

- Você é forte meu amor, eu tô com você. Vamos que estamos atrasados.

Apenas o seguir e entrei no carro, não consegui falar nenhuma palavra. Quando percebi que aviamos chegado ao cemitério eu paralisei, não queria acreditar apesar de já ter tido provas o suficientes para cair a minha fixa, eu não queria sair do carro eu não queria ter que deixar minha mãe ir, eu só não queria.. Não queria que nada disso tivesse acontecendo, saber que nunca mais vou ver minha mãe é como se eu tivesse ali junto a ela sendo enterrada, por que parte de mim era ela, sempre foi e sempre será. Vitor apertou minha mãe como se estivesse me transmitindo forças para ir em frente. Sorri meio de lado para ele e destravei a porta para sair. Assim que sai aquele vento gelado me pegou de surpresa que me arrepiei inteira e fiquei ainda mais vulnerável, Vitor veio e me ajudou a caminhar até a sala onde o corpo da minha mãe estava sendo velado.