É sábado de manhã, Jisoo veio me acordar para arrumar minha mala já que logo estaríamos embarcando para Osaka. Estou ansiosa, confesso, é o lugar onde cresci, sinto falta de lá.
— Pronta?
E por falar em Jisoo... Olho para trás e a vejo, uma de suas toucas beanie, o enorme casaco preto, seus lábios pintados de vermelho, separados enquanto ela sorria para mim. Sorrio de volta, pego minha mala e a seguro.
— Sim, podemos ir.
Passos no corredor são ouvidos e logo Dae surge no quarto, por debaixo das pernas de Jisoo, ela olha para ele e solta uma gargalhada, o prendendo entre suas pernas.
— Mãe, não. — Ele resmunga e tenta se soltar, posso ver que Jisoo não está o prendendo com força, apenas o segurou. — Mommy, me ajuda.
Implora e olha para mim com os olhos brilhando por ajuda, suspiro e solto a mala no chão.
— Solta ele, Jisoo. — Peço com o máximo de calma possível e em segundos ela o solta, Dae passa por ela e corre em minha direção, agarrando minhas pernas. Me abaixo e o pego no colo. — Pronto, está a salvo.
— Obrigada, mommy.
— Filho, o certo é você dizer obrigado.
Jisoo o corrige e o pequeno olha para ela confuso.
— Por quê?
— Porque quem usa obrigada são as mulheres, os homens usam obrigado.
— Ah sim... — Ele ainda parecia meio confuso, olhou para mim e sorriu daquele jeito fofo dele. — Então, obrigado, mommy.
— De nada, filho. — Beijo sua testa e em seguida Dae deita a cabeça em meu ombro, olho para Jisoo e a vejo com um enorme sorriso no rosto. — Que foi?
— Uh, nada, nada não. Podemos ir então?
— Sim!
Dae grita animado, o que nos causa uma gargalhada em conjunto. Jisoo fica encarregada de descer minha mala já que estou com Dae no colo. Logo estamos entrando no táxi para irmos ao aeroporto. Lá vamos nós, Osaka.
(...)
Eu nunca gostei de aviões, por isso dormi durante todo o vôo. Dae parece estar com a bateria no 100%, e também feliz porque vai ver seus avós.
— Aqui está um pouco quente, se quiser tirar o casaco e o cachecol.
Jisoo comenta antes de desembarcarmos do avião. Apenas concordo com a cabeça e tiro meu casaco e o cachecol, guardo os dois no bolso frontal da mala e estendo a mão para Jisoo, ela sorri parecendo surpresa e logo segura minha mão, depois a de Dae. Saímos os três juntos e em poucos minutos já estávamos dentro do aeroporto, Jisoo disse que seu pai já estava ai fora nos esperando.
— Seus pais sabem sobre minha amnésia?
— Agora eles sabem. — Jisoo respondeu. — Eu não contei antes porque você sabe, meus pais são ocupados demais.
Sua voz era puro sarcasmo, embora eu pudesse identificar um pouco de mágoa também. Optei por ficar na minha e não falar mais nada, Jisoo parecia ter alguns problemas pessoais que envolviam seus pais e eu não me sinto no direito de me meter. Quando chegamos ao lado de fora, Jisoo olhou em volta e quando encontrou seu pai, deu um aperto em minha mão para me avisar. Só então fui me dar conta que estávamos de mãos dadas ainda, mas não desfaço o contato, e surpreendentemente um sorriso surge em meus lábios enquanto caminhamos em direção onde Kim Sung-min está.
— Vovô!
Dae exclama assim que chegamos perto o suficiente para ver ele, Sung-min abre um enorme sorriso ao ver o neto e sem se importar em sujar sua calça social, coloca joelho no chão e abre os braços. Analiso ele, cabelos cortados, penteados da forma mais alinha possível e um pouco grisalho, mas ele continuava com um aspecto jovem, o terno cinza o deixa com um ar ainda mais sério e ele não está usando barba mais, como eu me lembro que ele usava. Dae agarra o pescoço do avô, que sorri e o abraça de volta.
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Stupid Wife (Jensoo version)
Fiksi Penggemar(ADAPTAÇÃO) Você já se imaginou casada com alguém que você nunca suportou na vida? Jennie também nunca havia imaginado isso, muito pelo contrário. Era para ter sido apenas mais uma manhã normal, Jennie acordaria, tomaria seu café com sua família, d...