A sensação de sempre estar sendo observada era horrível, eu olhava pra trás e não via nada, hoje era sexta-feira, estou me sentindo assim desde segunda, tinha algo errado ou só estava ficando paranoica, mas por que? o que havia acontecido? nada que me venha á cabeça agora. Suspiro olhando pro outro lado da rua onde ficava a escola, estava meio sonolenta, bocejo esfregando o rosto, vejo o sinal ficar vermelho e começo a atravessar, nem percebi quando escuto uma buzina e um grito, um carro vinha em minha direção, minhas pernas não me obedeciam naquele momento e não se mexeram, sinto uma mão me agarra me abraçando e acabamos indo parar no chão rolando até a calçada, meus olhos estavam arregalados naquele momento e sinto meu coração bater tão forte que doía dentro do meu peito, olho a pessoa que me salvou e vejo olhos cor de bronze, era estranho, pareciam mais claros que da ultima vez que o vi, me observando preocupado e se senta me ajudando, era ele.
- Você está bem? não se machucou ne? acho que aquele homem era cego, como pode. - ele praticamente rosnou com raiva olhando a direção pra onde o carro ia e logo seu olhar volta pra mim.
- Eu to bem, obrigada. - falo ainda um pouco sem ar pelo susto e olho ao ver vendo a plateia do acontecimento, olho ele e vou em direção ao portão do colégio e entro no mesmo percebendo que ele me seguia, que droga o que ele quer.
- Haquila você tem que tomar mais cuidado, parece estar dormindo, você está bem?? - ele me olhou ainda com o mesmo olhar preocupado.
- Eu ja disse que estou bem.. espera, como você descobriu meu nome?
- Bom você disse pra eu descobri e foi isso que eu fiz. - seu sorriso convencido me fez revirar os olhos.
- Bom pra você. - volto a andar indo em direção ao meu armário com ele ainda me seguindo.
- Você vai a festa da Hanne?
- Não sou muito de festas, você vai?
- Nada que me interesse em uma festa com vários adolescentes bêbados se pegando.
- Como se você não estivesse no meio dessa pegação. - ele rio e negou com a cabeça me olhando, ele pareceu se perder nos próprios pensamentos por alguns segundos depois suspirou.
- Eu até estaria, mas com a pessoa certa. - ele falou finalmente.
- E posso saber onde está essa pessoa?
- Isso é outro segredo, estou esperando ela acordar.
- Acordar??
- Um dia você vai saber, até breve Lila.
- Até.... - eu disse antes dele partir e sumi no meio dos vários alunos que inundavam o corredor.
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Eu procurava a luz, so ela poderia me salvar, me salvar daquela escuridão que me sugava, que me consumia, eu precisava de minha luz, ela estava logo ali, estava na minha frente, mesmo que agora uma parte das trevas fizesse parte dele, ainda era minha luz, meu porto seguro, eu so não conseguia tocar ele, nem ele a mim, algo nos impedia, aquela distância, tão pequena, eu corria, sentia meus pulmões queimar e nunca estava perto o suficiente para alcançá - lo.
- Não me deixe por favor!! Eu preciso de você.
- Eu nunca irei lhe deixar meu amor. Sempre estarei contigo. Nem o próprio tempo ou até a morte impedirá de estarmos juntos.
Sua voz, ela acariciava minha alma, mas não acalmava minha agonia.
- Por favor....
Acordei em um pulo assustada ao ver Mary me olhando confusa e tive até medo de como estava meu rosto naquele momento, não acredito que dormi no meio da aula de novo, já estava virando rotina.
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The Light of My Non-Life
Fiksi PenggemarJa parou pra pensar que podemos ter uma amor de outras vidas? e ele ainda pode esta com a gente, nos procurando, e sempre que nos encontra acaba nos perdendo de novo e de novo e nem sabemos disso. Ou nosso amor pode ser a pessoa mais improvável, aqu...