Capítulo 1

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5 Meses antes:

_ Eu estava em casa assistindo tv quando de repente :

"Interrompemos a sua programação para uma notícia de extrema importância..."

_ Heloá aumente o volume da tv ! _ gritou minha mãe da cozinha.

"'Um projeto que deu errado', é oque eles disseram apos deixar escapar um vírus que pode exterminar toda a população [...]

A febre é o principal sintoma a mostra, seguido dos olhos amarelados e sangramento pelo nariz. As autoridades aconselham que todos fiquem dentro de casa, estoquem alimentos e água e não tenha contado com pessoas que estejam aparentemente contagiadas. Voltaremos mais tarde com mais informações... Obrigado pela atenção, Boa noite!"

Essa foi a primeira notícia que ouvi. Alguns minutos depois faltou luz, minha mãe correu para buscar qualquer coisa que clareasse a sala e meu pai foi buscar o rádio a pilhas que o meu avô deixou pra ele.

Fiquei muito assustada sem entender oque acontecia, abri as redes sociais e só havia mais desespero. As notícias se espalharam rápido! A energia caiu em vários países e nas estações de rádio todas as transmissões diziam não terem muitas informações e que a energia não voltaria tão cedo, nos aconselhando a poupar oque tínhamos. Por volta das 3hr da manhã os celulares, telefones, Gps, etc. já não tinham sinal, ou seja, sem comunicação!

Minha mãe estava muito preocupada com meus avós e o tio julío, que morava junto a eles, pois a última notícia que ela teve era que o vovô estava muito doente, aparentemente foi contaminado. Meu pai não tinha com quem se preocupar além de mim e da mãe. Meu pai resolveu que se amanhecesse e não tivéssemos noticias ele iria até à casa do vovô para ver oque se passava... Longas horas de angústia se passaram até amanhecer, meu pai subiu até o quarto e pegou uma lanterna, algumas pilhas e uma Glock G29, que comprou em um leilão e umas 7 balas no cartucho. Desceu, deu um beijo em minha mãe e em seguida veio até a mim (que já estava chorando horrores) e falou :

_ Não precisa ter medo ! Se eu não voltar cuide das coisas por aqui._ disse em tom confiante._Mas pai... _ Antes que eu pudesse terminar ele me abraça. _Eu confio em você _Disse mais uma vez confiante e logo depositando um beijo em minha testa e retirando-se, deixando apenas eu e minha mãe naquela imensidão de angustia.

_Meu Deus... Tantos caos em apenas uma noite! _ disse minha mãe em um quase sussurro embargado. Eu gostaria poder dizer algo que pudesse acalma-la, mas no momento nada vinha a cabeça.

Passando-se 20 minutos que meu pai saiu de casa ouvimos barulhos muito autos de explosões e tiros para todos os lados, minha mãe e eu corremos para o meu quarto, nos trancamos e apavoradas olhamos para a rua por uma brechinha entre as cortinas da janela.

_Corre, corre! _ O sr.Wilson, Nosso vizinho gritava para sua esposa e os dois filhos que estavam na rua em plena 5hr da manhã fazendo sei lá oque!

Tinham vários tanques do exército e também muitos soldados pelas ruas. De longe vejo um soldado metendo bala numa velhinha _ WHAT ??? por que Diabos ele esta atirando em uma velhinha? _ Exclamei incrédula. E mesmo com tantos tiros a velhinha não morria, foi quando um outro cara que aparentava ser o sargento disse _Atira na cabeça, NA CABEÇA !_ Foi quando um disparo certeiro no meio da testa levou a pobre velhinha ao chão.

Minha mãe e eu deitamos no chão para nos proteger dos tiros, enquanto chorávamos e em meus pensamentos só se passava a cena da velinha. Quando tudo se acalmou, olhamos mais uma vez pela janela e oque eu via era sangue no chão, carros pegando fogo, marcas de tiro nos muros, e corpos pra tudo que é lado. Lentamente voltei e deitei-me na cama , minha mãe faz o mesmo , me abraça e por lá ficamos aguardando meu pai voltar. Durante a espera eu pego no sono.

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