Capitulo 2

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Acordei com as batidas que pareciam querer derrubar a porta, descemos as escadas correndo e rapidamente peguei o cabo da vassoura e fiquei atrás da porta. _Quem é? _Minha mãe pegunta distante da porta em tão temeroso. _Abre, abre! É o julío! _Você assustou a gente! _ disse ela abrindo a porta e eu me desarmando.

Pela cara do meu tio ele não trazia notícias boas e logo percebi que meu pai não estava junto a ele. Meu tio começa a chorar , um choro carregado de desespero e culpa.

_Por... Por favor me perdoem, e-eu não consegui! _Meu tio começou a falar entre soluços e choros. _Se acalma e nos diz oque está acontecendo e cadê o Edye? Ele saiu de casa pela manhã para saber como vocês estavam... _ Sim, ele foi._Falou interrompendo-a.

 _O nosso pai foi contaminado no trabalho, já veio pra casa muito doente. Quando a energia caiu a mãe estava sozinha no quarto com ele enquanto eu estava buscando a lanterna... _ Ainda entre choros, ele conta detalhadamente.

_Foi quando ouvi gritos, gritos da mãe pedindo que o nosso pai parasse. Quando cheguei ao quarto vi a tal cena: muito sangue e a nossa mãe no chão gritando de dor e quando observei melhor havia mordidas no pescoço dela, em questão de segundos uma coisa, que já não era o nosso pai, avançou em cima de mim com muita força para um velinho que estava doente! _ Deu um sorrisinho forçado antes de dar continuidade. 

_Ele me derrubou no chão e tentou me morder, supliquei ajuda a minha mãe e ela levantou, como se já não sentisse dor alguma, com os olhos amarelados meio cinza e a boca cheia de sangue... E também tentou me morder e por pouco conseguiria se não fosse por Edye que chegou na hora dando um tiro na cabeça de cada um... _Mas oque ? como assim ? _ perguntou minha mãe incrédula. _já não eram os nossos pais, Ana. _meu tio disse tentando conforma-la e assim prosseguir a doloroso relato. 

_Edye me disse que nas ruas as pessoas estavam se matando e essas coisas infectadas estavam comendo as pessoas vivas! Estávamos nos preparando para voltar quando começou um tiroteio, eram muitos mortos-vivos, muitos mesmos! Crianças, adultos, velhos, todos contagiados com essa praga! Militares de um lado atirando e aquelas coisas avançando... Edye disse que tínhamos que atirar na cabeça para matar de vez. Saímos de dentro de casa, ele com uma pistola eu com meu taco de baseball. Estávamos indo bem se não fosse por uma criança infectada que o Edye teve dó de matar. Ela pulou nele e mordeu o braço dele antes dele apertar o gatilho. Eu corri e dei com o taco na cabeça dela e ajudei ele a se levantar.

_Vai para casa elas precisam de ajuda... _Eu não vou te deixar, elas precisam de você e da sua ajuda! _Eu não vou conseguir aguentar por muito tempo... _Aguenta firme cara! _ gritei por ajuda, mas ninguém se quer ouvia em meio a tantos tiros. _Acabe logo com isso! Toma, pegue minha arma por favor! _Não cara, eu não posso fazer isso! _Supliquei. _Não me deixe que eu me transforme, por favor tenha misericórdia... Diga que eu as amo! _Atirei. Eu não queria, mas atirei.  

Oi gente! Obrigada por ler até aqui, espero que estejam gostando! Não esqueça de deixar um like ! Próximo capitulo com personagens novos. ^-^

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