Adolescentes do novo Mundo

Capítulo 4

Depois de alguns minutos os dois se reaproximam de mim, eu me recomponho e me apresento.

_Me chamo Heloá... _Antes que eu perguntasse o garoto me reponde: _Sou o Gustavo e essa é a minha irmã valentina.
_A moça ao lado nada diz, apenas da um sorriso tímido e acena.
_Para onde você estava indo? _Gustavo me pegunta enquanto estende a mão para um cumprimento. _Para a central da cidade, eu ouvi dizer que...
_È tudo mentira! Eles até tentaram, mas a única coisa que resta lá são os zumbis. _ Valentina me interrompe com a informação. _Eu e Gustavo estamos vindo de lá! _ Acrescenta ela.
_Zumbis? _Pergunto confusa. _Sim, é assim que os chamamos! _Ela me explica. _E para onde vocês estão indo agora?_Pergunto curiosa, mas com medo da resposta.
_Estamos atrás de comida e abrigo_Gustavo me responde._Você pode se ajuntar a nós, se quiser_Acrescenta ele.

Eu estou com medo e assutada, eu realmente não sei oque fazer; perdi as pessoas mais importantes da minha vida, estou completamente sozinha e não sei se posso confiar neles, porém não vejo  escolhas e não sei se vou aguentar por muito tempo nesse caos sozinha. Eu preciso deles. Concluo mentalmente, e dou um passo a frente em resposta de sim. Foi apenas oque consegui fazer; Meu coração estava em pedaços e eu só queria chorar, mas não iria pagar de chorona na frente deles.                                                                       
Em silêncio começamos a caminhar rapidamente, pois os carros estavam todos fudidos por causa dos acidentes. Andávamos sem rumo em busca de abrigo ou comida, o sol na região só ficava mais quente, oque nos causava mais cansaço e fome, e para piorar o sol deixava o cheiro de carne podre mais forte ainda. 

Finalmente Valentina resolve quebrar o silêncio perguntando minha idade e assim dando inicio a uma conversa.
_17, e vocês? _Pergunto.
_Tenho 16. _diz a Ruiva simpática. _21. você não é daqui né? _Gustavo me pergunta.
_Na verdade não, meu pai é... Era militar _corrijo. _E por conta disso nunca morei em algum lugar por muito tempo, embora aqui no Brasil seja o país que moramos por mais tempo. _Saquei!

A conversa foi interronpida por um barulho que chamou a nossa atenção para trás; era uma caminhonéte que mesmo de longe denunciava sua chegada por causa do barulho e de sua cor branca, e como se já não fosse notável sua presença, as pessoas que haviam no interior do veículo estavam com os seus fuzils enormes pra caralho, expostos nas janelas. Se a intenção daquelas pessoas eram assurtar, eles estavam de parabéns!

Apressamos os passos, porém nada adiantou, a caminhonéte nos ultrapassou e parou em nossa frente, bloqueando a estrada. Sairam da caminhonete três homens com a cara nada amigável e altamente armados.
Bom, já eu, o gustavo e sua irmã, apenas paramos e observamos a cena sem entender direito oque estava acontecendo, mas eu podia sentir facilmente que boa coisa, não era.