Capítulo 2

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Então vamos de segunda capítulo, espero que gostem!

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— Você está muito mau humorado João, está precisando de férias

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— Você está muito mau humorado João, está precisando de férias.

Já perdi as contas de quantas vezes já tinha ouvido essa frase nesses últimos anos. Às vezes penso realmente em pegar minhas coisas e sumir por uns tempos, mas eu sei que não irei conseguir, pra falar a verdade, nunca mais. Vivo exclusivamente para trabalho, respiro trabalho, como trabalho, durmo trabalho, tudo é trabalho, o trabalho que me motiva a viver, apenas o trabalho.

Término de revisar o livro de Raile, e mando para o e-mail de minha irmã.

— Já enviei o livro para o seu e-mail, mande a capa para Raile aprovar para fazermos tudo de uma vez. — falo antes de fazer uma ligação para a minha secretária que atende no primeiro toque.

— Preciso de um café Kiara. —

Já levo em sua sala senhor. — desligo.

— Você me ouviu João Thomás? — pergunta ela, apoiando as duas mãos em minha mesa, de frente para mim.

— Não só ouvi, como não irei fazer nada disso, não preciso de férias, preciso trabalhar, apenas trabalhar, e se você não se importar em sair dessa sala agora. — e no momento seguindo estou sozinho novamente em minha sala.

Estou cansada de todos enchendo o meu saco, falando que preciso disso, que preciso daquilo. O único que sabe o que é melhor para mim, sou eu, sei que meus irmãos, meus pais, só querem o melhor para mim, mas eles devem entender, que isso, essa empresa é o melhor para mim.

Assim que Kiara deixa o café em minha mesa, tomo um grande gole do mesmo.

Estou a uma semana sem dormi direito, estou tendo uns pesadelos horríveis, depois de tanto tempo essas pragas estão voltando com força total, logo agora que a Editora está em auge, vários escritores estão nos procurando, não posso deixar isso voltar logo agora, não posso.

***

Benício e Hanna invadiram minha sala, coisa que não era novidade para mim.

— Vocês só vão parar de entrar em minha sala assim, quando me pegaram trepando aqui, aí sim vão parar com essa mania horrível. — os dois comecaram a rir.

— Como se você trepasse com alguém né Thomás. — falou Benício.

Idiota!

Diz logo, o que vieram fazer aqui? — pergunto em tom de poucos amigos.

— Viemos buscar você para almoçar com a gente. — responde Benício.

— Isso, queremos muito almoçar com nosso querido irmão mais velho. — termina Hanna. Olho para os dois sem entender muito. Isso não está me cheirando bem.

O que vocês estão aprontando? — eles se olham antes de virar para mim com olhar indignados, como se eu já não os conhecesse.

— Assim você nos ofende, não é Beni? — Hanna diz e olha para Benício.

— Sim, assim você nos ofende. — reviro meus olhos e acabo por ceder, estou com fome mesmo.

— Ok, vamos almoçar. —  Hanna só falta da pulos de alegria.

Deixamos minha sala e caminhamos até o elevador.

— Kiara, estou indo almoçar com meus irmãos, caso alguém ligue pede para ligar na parte da tarde. — deixo minha secretária avisada e sigo meus irmãos.

***

Assim que nós acomodamos em uma mesa perto da janela, o garçom veio até nós anotar nossos pedidos e se foi em seguida.

— Agora vocês já podem falar o que estão aprontando. — Benício e Hanna sentaram de frente para mim, e se entreolharam assim que falei.

— Não estamos aprontando nada meu irmão. — Benício tratou de falar.

— Só estamos com umas ideias e gostaríamos de compartilhar com você. — agora foi a vez de Hanna.

— E que ideias são essas? — perguntei.

— Não me corte, me deixa falar até o final. — pediu Hanna e eu apenas acenti. — Sabemos que você está precisando de férias, um tempo para você meu irmão, estamos ficando preocupados com você, você só quer saber de trabalho, e mais trabalho, isso não está te fazendo bem, estamos vendo isso em seus olhos, a mamãe últimamente está tão triste em te ver assim. Ninguém está suportando essas suas ignorâncias do nada, seu mau humor, o seu jeito. Sabemos que o que aconteceu, marcou você, marcou a gente também, mais já se passaram tantos anos, está na hora de você seguir em frente, viver, ser feliz. Infelizmente nada vai trazê-la de volta, você está vivo, pense nisso meu irmão. — e as palavras de Hanna foram como um soco em meu estômago. Sei que virei um ser humano insuportável depois de tudo o que aconteceu, mas saber que minha mãe está mal, é o pior de tudo.

— Hanna e eu estávamos pesquisando algumas pessoas que pudessem te substituir por algum tempo, e achamos a pessoa ideal, mas claro que a palavra final é sua. — terminou Benício. — Então, o nome dela é Romana Allen, formada em letras e produção editorial, trabalha em uma grande editora também em Nova Iorque, é disputada por muitas editoras, mas ela não deixa a que trabalha atualmente por nada, nenhuma editora aqui do Brasil tentaram a sorte de trazê-la para cá, porém nós podemos tentar.

Como eles querem trazer uma pessoa desconhecida para dentro da editora, que conhecem por internet? Tenho certeza que a mulher nem deve ser tão boa assim.

— Caso eu aceite isso, porque um de vocês dois não fica em meu lugar? Não é melhor do que uma pessoa desconhecida. — falei tendo a atenção dos dois para mim.

— Então você vai aceitar? — perguntou Hanna radiante.

— Não, só quero saber porque vocês preferem por alguém que não conhecemos.

— Porque nós não temos experiência igual a você, tem que ser alguém a sua altura, e sabemos que Romana Allen é a pessoas certa.

— E como vocês sabem que ela é a pessoa certa se nem a conhecem.

— Porque ela é D-I-S-P-U-T-A-D-A. —  Hanna soletrou. — Você acha que se ela não fosse boa, seria disputada? Já ofereceram milhões a ela para deixar sua editora de trabalho atual, e ela não aceito. Parece que ela é muito amiga do dono da Editora.

— E você acha que ela irá aceitar vir trabalhar no Brasil, já que teve proposta de milhões de reais por lá? — pergunto por fim.

— Não custa nada tentar. — respondeu Benício.

***

Assim que chegamos do almoço, me encaminhei direto para a minha sala.

Meus irmãos as vezes passam dos limites. Como acham que vou confiar minha editora na mão de uma desconhecida só porque ela é disputada? Só podem estar loucos mesmo.

Liguei meu computador e fui ao Google para pesquisar sobre essa mulher tão disputada entre as editoras lá de fora. Ao digitar Romana Allen e vê finalmente quem era, não estava preparado para o que estaria por vir.

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