- Shawn, bem vindo a minha casa.
Cameron estava me esperando na porta, ele me levou até seu quarto.- Pode espera aqui na cama, eu vou pegar algo pra comermos.
- ok
Seu quarto era de um típico adolescente, alguns postes de banda, algumas roupas jogadas pelo quarto, coisas assim.
A TV do seu quarto está ligada, está passando um filme se não me engano acho que o nome é camp rock.
- Agora só precisamos escolher o filme. - Cameron está com um monte de salgadinhos e besteiras em seus braços.
- Deixa me te ajudar, antes que tudo caía no chão. - Ele concordou com a cabeça.
- Qual filme você quer ver ? - me perguntou colocando a Netflix na tv.
- Que tal Aniquilação ? - Estou a um tempo querendo ver esse filme mas não queria ver sozinho.
Durante o filme só abrimos a boca pra soltar uns comentários como " O que está acontecendo? " e quando terminou os dois estava com uma cara de que viram algo inexplicável. O filme é maravilhoso mas só queria entender o final.
Conversamos muito depois, até dá quase a hora de eu ir embora. Ele me falou do sonho de vira um jogador profissional e de conseguir uma vaga em uma faculdade boa, por isso passa maior parte do tempo estudando.
Ele era engraçado e bem sarcástico, infelizmente chegou a minha hora, a conversa estava tão boa mas tenho que ir.
- Cameron adorei vir aqui mas agora tenho que ir. - me levantei da cama e peguei meu moletom, me previnir pro frio da noite.
- Adorei que você tenha vindo, eu te levo em casa.
- Não precisa e.. eu.. posso ir sozinho.
- Você só sairá dessa casa casa se eu for contigo. - ele trancou a porta do quarto e guardou no bolso, acho que não tenho escolhar.
- Ok ok mas pega algo pra se esquentar essas horas está frio lá fora.
Descemos as escadas, seus pais não estão em casa, ele pegou as chaves e sairmos.
- Você gosta de esportes shawn?
- Gosta até gosto mais não posso, sou proibido.
- Como assim proibido?
- Tenho asma e na última vez que tentei fui para no hospital. - Ele soltou um leve sorriso. - Ei não ria, bobo.
- Desculpa, sei que não é engraçado mas não deu pra segurar.
- Eu te falei do meu sonho, agora é sua vez.
- Não sonho, não mais, apenas tento continuar vivo. - sei que isso soou frio mas é a realidade. Já tive muitos sonhos mas depois de tudo que passei vejo sonhos como uma ilusão já que nunca conseguirei realizar quaisquer um.
Chegamos em minha casa, não era enorme como a de cameron mas confortável, pelo visto minha mãe estava em casa seu carro estava na garagem.
Não sabia como me despedi fiquei com vergonha e abaixei a cabeça. Cameron levou suas mãos até meu rosto e levantou minha cabeça pelo meu queixo, seus olhas brilhavam por causa da noite. Ele levou seu rosto Ao lado do meu e me deu um beijo na bocheca.
- Tchau, tenha uma boa noite. - fiquei sem palavras com o jeitos meu rosto queimava de vergonha.
- Boa noite para você também.
Ele foi pra casa e eu entrei, fui pro meu quarto ignorando completamente minha mãe.
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Sei que existe consequências para as ações que eu faço, Sei que se eu desisti, não só irei afeta a mim como as pessoas entorno de mim. Não me julgue mas não hora não penso nas consequências, infelizmente ninguém entende isso.
Acabei de sair de outra sessão de terapia foi a mesma coisa de sempre, uma conversa de uma hora quê só me faz me sentir mais depressivo.
Hoje minha Mãe não pôde me buscar estou indo a pé para casa, isso é bom e ruim ao mesmo tempo pois é um tempo a mais para eu pensar na minha vida contudo também é um tempo a mais para mim sentir exilado do mundo.
Pelo caminho vou vendo as coisas em minha volta seguindo seu fluxo, uma mãe caminhada com seu filho num carrinho de bebê, um Senhor de idade andando com seu cachorro, acho que é um labrador, alguns garotos na pista de skate da praça. Todos seguindo seu curso e eu a cada passo que dou vou me perdendo cada vez na escuridão que pegou meu cérebro e fez de moradia sem meu consentimento.
As vezes penso " Não será exagero? " , " por que eu simplesmente não passo por cima disso? " , " por que não supero logo? " , a cada pergunta ganho outra de cortesia.
Meus pensamentos são interrompidos por skate que me faz cair no chão. Me sento e vejo que alguém empurrou ele propositalmente, já que proximo de mim a um grupo de garotos sentandos em frente a uma garagem rindo como se estivesse vendo filmes de comédia barata.
Me levanto meio cambaleando e olho novamente para os garotos reconheço um deles, Nick acho que é esse o nome dele mesmo nem lembro direito mais. Poderia fazer alguma coisa, eu poderia sair do meu estado de inércia.
Mas minha única reação é secar lagrima que acaba de germinar dos meu olhos e dá um leve sorriso melancólico para tentar transparência que não me importei saio torcendo para que não façam mais nada, felizmente me deixaram em paz mas vi que nick não gostou de minha atitude já que sua cara mudou depois de meu ato.
Finalmente cheguei em casa, estou indo direito para meu quarto quero evitar qualquer tipo de contato com alguma até mesmo com Dorothy a nossa emprega, qua aliás odeio chama-lá de emprega ela para mim é minha segunda mãe às vezes até a primeira, entro no quarto já vou logo tirando minhas roupas e meu tênis e logo em seguida vou até banheiro e ligo o chuveiro.
O chuveiro se tornou meu amigo mais próximo já que ele é o único que me ver chorar agora, já que debaixo do chuveiro é o melhor lugar para isso.
Saindo visto qualquer roupa que encontro, não tenho motivos para escolher não estou me arrumando para ninguém, levanto meu colchão e pego minha caixinha de M&M onde guardo meus cigarros abro a janela e pego meu isqueiro .
E mais uma vez vou me perder na fumaça saindo dos meus lábios esperando que essa mesma fumaça resolva meus problemas mesmo sabendo que isso não vai acontecer.
Olho para cima e vejo as estrela, são magníficas não acham? Grandes esferes compostas de gases que graças a gravidade se mantém vivas que podem contém varias cores conforme sua temperatura.
O mais lindo é o fato de que mesmos mortas elas deixam uma marca por muito tempo no universo ou ao menos no nosso mundo, já que por causa da distância podemos ainda ver sua luz.
Esse já foi meu sonho, deixar uma marca no mundo inteiro ou pelo menos não ser esquecido por aqueles que amo mas não vejo que isso seja possível mais.
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